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domingo, 30 de abril de 2023

Palmeiras vence clássico em casa e amplia a crise no Corinthians

 Sem treinador desde a saída de Cuca, Timão foi comandado interinamente por Danilo


Com um primeiro tempo intenso e um gol no início do jogo, o Palmeiras venceu o Corinthians por 2 a 1 neste sábado, 29, pelo Campeonato Brasileiro. O time alviverde amplia sua invencibilidade em casa, já está entre os líderes do torneio e, ao mesmo tempo, aprofunda a crise do rival, que soma duas derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro.

O placar espelha a diferença entre os rivais neste momento. De um lado, um tempo em transformação, sem técnico, abalado emocionalmente e taticamente perdido. Nenhum outro canto; um dos principais candidatos ao título brasileiro jogando em casa, com o apoio da torcida. A partida marcou o novo recorde de público na arena palmeirense.

Em casa, o Palmeiras vem se mostrando quase imbatível. Já são 25 jogos sem perder no Allianz Parque. É a segunda maior série de invencibilidade do clube em casa, atrás apenas dos 28 jogos, entre agosto de 2016 e julho de 2017.

O destaque do jogo foi Raphael Veiga, autor de um gol e uma assistência. A meia mostrou reafirmou o faro de gols para jogos grandes ao completar seu quinto gol em dérbis desde 2020. Já está entre os maiores artilheiros dos confrontos desde 2000. O ídolo de hoje homenageou um ídolo de ontem: o meia Jorge Valdivia, que teve duas passagens marcantes pelo clube alviverde. Ao celebrar seu gol, Veiga fez o gesto de choro, manifestação característica do chileno.

O Corinthians foi dirigido interinamente por Danilo Andrade, ex-jogador do clube e técnico do time sub-20, após o pedido de demissão de Cuca, que só ficou sete dias por conta da pressão de parte da torcida pela violação sexual de uma jovem de 13 anos na Suíça em 1989. O momento confuso do Corinthians se traduz em uma cena no banco de reservas. Fernando Lázaro, técnico efetivo que voltou a ser auxiliar após resultados ruins, dava instruções para os atletas. Na beira do campo, Danilo optou por uma formação mais jovem e descansada, com a estreia do zagueiro Murilo, de 20 anos. Era uma clara preocupação com a velocidade do rival pelas pontas.

Pouco adiantou. O Palmeiras é um tempo com vários ases na manga. Um deles é a bola aérea, jogou que abriu o placar aos 15 minutos em uma cabeçada bem colocada de Murilo. O gol foi o símbolo da superioridade do tempo da casa no início do jogo.

A escalação do Corinthians, com Romero e Adson, não funcionou. O tempo ficou com um vazio no meio, espaço para o Palmeiras trabalhar a bola sem grande pressão. O time visitante tentou equilibrar o jogo com cadência, toque de bola e o recuo de Róger Guedes para armar o jogo. Foi quase um meia. Ele foi bem na armação, mas não conseguiu ajudar na marcação.

E o Palmeiras continua desfilando sua variedade ofensiva. O segundo jogo nasceu da transição ofensiva, a saída rápida da defesa ao ataque, com aquela velocidade que Danilo tentou - em vão - neutralizar. Em três toques, a bola sobrou para a finalização rasteira de Raphael Veiga aos 35.

Embora o clássico pareça definido, com toque de bola mais cadenciado do Palmeiras no segundo tempo, o Corinthians reagiu com a entrada de Paulinho e Giuliano. O meio ficou mais incorporado. Chegando mais, o tempo sentado o placar após escanteio cobrado por Róger Guedes com grande desvio de Piquerez aos 29.

Com o jogo mais aberto, as chances se alternaram: Cássio fez milagre no chute de Jhon Jhon e Paulinho teve a chance do empate em seguida. Prevaleceu, mais uma vez, a consistência palmeirense.

Agência Estado e Correio do Povo

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