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domingo, 30 de abril de 2023

Ex-Globo, Jorge Vinícius se diz favorável à inclusão, mas faz alerta: “Talento é o 4º plano”

 Narrador trabalhava no SporTV e foi demitido da emissora em 2018


O jornalista e narrador, Jorge Vinícius, trabalhou no Grupo Globo entre 2010 e 2018, atuando em jogos pelo SporTV e Premiere. Agora, trabalhando no interior de São Paulo, o profissional concedeu uma entrevista ao podcast “Parlando de Palmeiras”, na última quinta (27).

Em um trecho do bate-papo, Jorge Vinícius falou sobre as mudanças recentes na emissora. Ele comentou sobre algumas demissões e mudança de perfil dos profissionais.

O narrador entende que a emissora está deixando o talento de lado para priorizar pautas sociais que são importantes, mas não deveriam estar em primeiro lugar.

“Muita coisa mudou no nosso meio. Hoje, você tem diretores de emissoras “paraquedistas”, que nunca trabalharam, nunca souberam o que é rádio, televisão… nada”.

“Hoje a Globo contrata preto, mulher e homossexual. O talento é o quarto plano. Perderam a mão. Sou favorável a inclusão. Não sou preconceituoso. Ao contrário! Tenho amigo gay, preto, amigas mulheres”, disse.

Narrador é a favor da inclusão, mas com talento

Em seguida, o ex-Globo falou que há como fazer essa inclusão, priorizando o talento.

“O trabalho de inclusão é importante? É. Tínhamos pouco? Tínhamos, concordo. Mas não vamos perder o foco. Em qualquer atividade, primeiro, o talento.”

Então, Jorge Vinícius usou dois exemplos para se justificar.

“Quantos pretos não tivemos com histórias lindas e maravilhosas? Vou citar um homem e uma mulher. Glória Maria. O que representou essa mulher para o jornalismo? Preta, mas acima de mulher e acima de ser preta, ela tinha talento.”

“Heraldo Pereira, esse cara é um monstro, é um jornalista acima da média. Sou fãzaço dele. Quantas vezes ele esteve na bancada do principal produto da Globo em termos de jornalismo que é o Jornal Nacional?”, relembrou.

Globo pratica outro tipo de preconceito

Em outro momento, Jorge Vinícius entende que a Globo pratica o “etarismo”, que é o preconceito por conta da idade.

“A Globo perdeu tanto a mão nesse aspecto de inclusão que agora existe o etarismo. Será que eles não estão enxergando? Uma coisa que não é legal é mandar embora pessoas que completam 50 anos, 55 anos, 60 anos… a Globo tá mandando embora gente de qualidade ainda que tem muito para dar.”

O narrador, então, citou Jota Júnior como exemplo, que foi demitido recentemente pela emissora.

“O Jota Júnior é um cara extraordinário, com currículo e bagagem… como narrador, tá em fim de carreira? Não está! Ele tem mais a doar. Mas por que foi mandado embora? Por causa da idade. A Globo hoje pratica o etarismo. Isso é feio”, finalizou.



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