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sexta-feira, 25 de novembro de 2022

Com tensão e nervosismo, uruguaios acompanham empate frustrante da Celeste em bar de Porto Alegre

 Resultado com coreanos pode ser começo do drama da classificação no grupo H

Felipe Uhr

O placar não foi o esperado pelos uruguaios e simpatizantes que compareceram, na manhã desta quinta-feira, a um tradicional bar uruguaio, o Tango Sabores de Uruguay, no bairro Cidade Baixa em Porto Alegre. Ali, eles viram a Celeste Olímpica empatar em 0 a 0 com a Coreia do Sul no primeiro jogo do Grupo H. Por cerca de duas horas, sofreram, se empolgaram e, por vezes, se irritaram com a equipe uruguaia.

A seleção de Suarez e Cavani gosta de causar ares de angústia ao seu torcedor. “Vai ser 1 a 0”, opinou ainda antes da partida o uruguaio Pablo Caitano enquanto ainda saboreava um mate uruguaio. Desconfiado, ele preferia ter pego uma equipe mais forte. “Contra os melhores, jogamos melhor. Vai ser difícil”, previa o torcedor do Nacional, de 37 anos. “Vai ser gol do Valverde”, apostava.

O primeiro tempo truncado e de poucas chances deu lugar a frustrações e aos pedidos. “Como Arrascaeta não é titular?” e “Tem que botar o De la Cruz para melhorar”, foram algumas das frases que se ouviu no meio da partida. Se nos primeiros minutos a Coreia foi melhor, o final da primeira etapa foi do time uruguaio que, por pouco, não abriu o placar. O zagueiro Godín acertou a trave, aos 43 minutos. “UHHH”, gritou a torcida.

 

No segundo tempo, o mate deu lugar a cerveja. Ainda que o jogo fosse duro, a confiança prevalecia. “Com o Uruguai sempre é sofrido. É sofrimento pleno”, comentava o proprietário do bar Tango, Robert Loyarte. Há 12 anos no Brasil, esta é a quarta Copa que acompanha em terras tupiniquins. A primeira, a de 2010, ainda estava em transição. Ele viu a primeira fase do Mundial aqui e depois voltou para o Uruguai.

“Foi a melhor da Copas”, relembra. Naquela ocasião, Robert viu o time ir até a semifinal, melhor classificação em décadas. Em 2013, inaugurou o bar e sempre abriu o estabelecimento para acompanhar a Celeste. De volta a 2022, ele confiava no “golzinho salvador” que daria os três pontos à equipe celeste. “Tivemo uma bola na trave. No segundo tempo, Darwin Núñez vai fazer o gol”, confiava.

Apesar das expectativas, o Uruguai frustrou a torcida na estreia. Assim como no primeiro tempo, o melhor lance foi uma bola na trave, desta vez de Valverde, também na reta final da etapa. “Dependemos dele, é o melhor jogador da equipe”, opina Loyarte que também acredita que De la Cruz deva ser titular da equipe.

Mesmo com o 0 a 0 ao final do confronto, Pablo também se mostrava positivo para o seguimento da competição. “Vamos melhor contra time melhores. Contra Portugal iremos bem”, afirmou. Quanto a possibilidade de pegar o Brasil já nas oitavas de final, Loyarte é taxativo: "Que vença o melhor".

Foto: Guilherme Almeida


Correio do Povo

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