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quarta-feira, 30 de novembro de 2022

TSE contrata empresa para monitorar redes sociais

 O acordo, firmado em setembro deste ano, é avaliado em R$ 250 mil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, durante coletiva de imprensa no Centro de Divulgação das Eleições. | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contratou a empresa Partners Comunicação Integrada para monitorar as redes sociais. O acordo, firmado em setembro deste ano, é avaliado em R$ 250 mil.


Em comunicado no Diário Oficial da União, o TSE esclarece que a contratação dos serviços ocorreu em 13 de setembro. Os trabalhos incluem o “monitoramento on-line e em tempo real da presença digital do TSE e de temas de interesse da Justiça Eleitoral em redes sociais”. A empresa também entrega “alertas em tempo real, por app, e-mail, SMS ou WhatsApp, e relatórios analíticos sobre a ação estratégica para a atuação nas redes sociais”.


Segundo o vereador Eder Borges (PP-PR), contratar uma empresa para monitorar as redes sociais faz o país “caminhar a passos largos para uma cleptocracia e para um Estado de rigoroso controle social, a exemplo do que vemos em qualquer ditadura do mundo”.


O parlamentar ainda fez uma alusão ao livro 1984, de George Orwell, para denunciar a tentativa de monitoramento das redes sociais. “A democracia brasileira agoniza, suplantada por uma distopia que remete a 1984, em que essa Partners [em inglês, parceiros] cumpre a função do ‘Grande Irmão'”, disse Borges, em entrevista a Oeste.


Propinas

Em 2013, o jornal Correio Braziliense informou que Marcelo Estrela Fiche e seu adjunto, Humberto Alencar, que ocupavam a chefia da Assessoria Técnica e Administrativa do Ministério da Fazenda na época do governo de Dilma Rousseff (PT), teriam recebido propina da empresa Partnersnet Comunicação Empresarial. Segundo as denúncias, a empresa teria posto funcionários fantasmas na folha de pagamentos do ministério.


Alencar e Fiche, ex-chefe de gabinete do ex-ministro Guido Mantega, foram exonerados de seus cargos em dezembro de 2013, sob a acusação de receberem propina no valor de R$ 60 mil.


A Partners, que já recebeu ao menos R$ 40 milhões em contratos com o governo federal desde 2012, tem sede em Belo Horizonte (MG) e escritório em Brasília (DF).

Revista Oeste 

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