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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Obama pede que eleitores de Biden ignorem pesquisas e votem em massa

 


O ex-presidente americano Barack Obama convocou nesta quarta-feira os apoiadores do candidato presidencial democrata, Joe Biden, a participar das eleições de 3 de novembro e não se acomodar com as pesquisas favoráveis, durante um discurso em que também criticou seu sucessor, Donald Trump.

"Não podemos ficar confiantes. Não me importo com as pesquisas", disse Obama durante um comício na Filadélfia, estado da Pensilvânia. Biden supera Trump em nove pontos percentuais em nível nacional, segundo a média de pesquisas da RealClearPolitics.

Em sua primeira aparição na campanha para apoiar Biden, Obama lembrou que, em 2016, "houve um monte de pesquisas" favoráveis à candidata democrata, Hillary Clinton, "e não funcionou, porque muita gente ficou em casa, ficou com preguiça e confiante. Desta vez, não. Não nesta eleição."

Obama criticou o desempenho do governo Trump e seu estilo provocativo, que contrasta com o de Biden, vice-presidente durante seus oito anos na Casa Branca. "Isto não é um reality show, é a realidade. E o restante de nós teve que viver com as consequências de ele ter se mostrado incapaz de levar o trabalho a sério."

"Nossa democracia não irá funcionar se as pessoas que deveriam ser nossos líderes mentem todos os dias e simplesmente inventam coisas. E nos tornamos insensíveis a isso", lamentou o ex-presidente.

Mais cedo, Obama participou de uma mesa-redonda com líderes da comunidade negra da Filadélfia e criticou o desempenho de Trump na pandemia. "Teria sido difícil para qualquer presidente, nunca vimos algo assim em 100 anos. Mas o grau de incompetência e desinformação, o número de pessoas que poderiam ter se salvado se tivéssemos feito o básico... Não podemos permitir mais quatro anos disso. Estamos em um abismo profundo", lamentou o ex-presidente, 59.

Estilos diferentes de campanha 

Pelo terceiro dia consecutivo, Biden, 77, não tinha atividades públicas programadas, enquanto o presidente Trump, 74, continuava a viajar pelos Estados Unidos, na véspera do segundo e último debate presidencial.

Mais de 40 milhões de cidadãos já votaram pelo correio ou pessoalmente, o que representa cerca de 30% da participação total em 2016. Naquele ano, Trump venceu com muita força na Pensilvânia, um estado potencialmente crucial ao qual ele voltou na noite de terça-feira após dois comícios no Arizona.

"Tudo o que ele (Biden) faz é ficar em casa", disse Trump na cidade de Erie. Ele está em um hiato de "cinco dias", exagerou para seus apoiadores.

Depois de visitar a Carolina do Norte no domingo, Biden voltou a seu reduto, em Wilmington, Delaware. Ele cumprimentou apoiadores e deu uma entrevista, mas depois se distanciou dos jornalistas, exceto para fazer declarações à imprensa local de estados-chave.

Sua companheira de chapa, a senadora Kamala Harris, de 56 anos, foi à Carolina do Norte nesta quarta-feira para mobilizar eleitores.

Último debate 

Biden e Trump ficarão cara a cara novamente nesta quinta-feira no segundo e último debate em Nashville, Tennessee. O primeiro, realizado no final de setembro, foi uma batalha estridente. E nada indica que o amanhã será diferente. Pelo contrário.

Recusando-se a ser considerado presidente de um único mandato, Trump tem se dedicado nos últimos dias a atacar a integridade de seu adversário. Sem fornecer fatos concretos, ele diz reiteradamente que os Biden são "uma família do crime". Trump fala sobre os negócios de Hunter Biden na Ucrânia e na China quando seu pai era vice-presidente de Obama (2009-2017).

Altamente sensível a ataques à família, e às vezes perdendo a paciência, Biden deve estar preparado para suportar os golpes.

Para evitar o caos do primeiro debate, quando um candidato estiver falando, o microfone de seu oponente será silenciado. Essa regra foi considerada "injusta" por Trump.

Assim como em 2016, Trump busca se mostrar como um candidato que não foge da luta e que faz isso pelos americanos.

Questionado sobre várias pesquisas que o mostram atrás de Biden, Trump diz que está confiante em sua capacidade de mobilizar multidões. "Nunca vimos comícios com tanto amor e tantas pessoas", disse.


AFP e Correio do Povo

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