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domingo, 25 de outubro de 2020

Comércio investe na decoração de Halloween para elevar as vendas em Porto Alegre

 Além do setor lojista, Mercado Público também quer atrair público para as compras



O comércio de Porto Alegre investe na decoração de Halloween para alavancar as vendas afetadas pela pandemia do novo coronavírus. A movimentação para o Dia das Bruxas, comemorado no próximo sábado, dia 31, já anima os lojistas em busca de recuperação dos prejuízos. Até alguns estabelecimentos do Mercado Público entraram no espírito das “gostosuras ou travessuras”. A reportagem do Correio do Povo percorreu algumas áreas comerciais da cidade na manhã deste sábado para verificar a situação.

No Mercado Público, várias lojas prepararam as vitrines para atrair o público, sendo mantidas todas as medidas seguras de prevenção à Covid-19. O vice-presidente da Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), Sérgio Lourenço, lembrou que existem opções variadas com bons preços para a data. “Temos todos os produtos para isso...Tem até moranga cabotiá para fazer as caretas”, brincou. “É uma data muito importante para nós e que vinha crescendo”, recordou. “Está todo mundo meio deprimido e tem de achar motivo para fazer alguma coisa mais alegre”, observou. Entre os exemplos citados estão festinhas para as crianças e almoço temático em família bem como distribuição de guloseimas no condomínio.

Sobre o movimento em geral no Mercado Público, Sérgio Lourenço constatou que está “bem complicado” devido às quedas das vendas. “O Centro está despovoado, apagado, vazio….”, apontou como causa da redução de público. Ele referiu-se sobretudo ao fato de que a maioria das empresas e escritórios estão em home office e os profissionais não circulam mais na área central da cidade. “O nosso público principal – que é quem trabalha no Centro – caiu fortemente”, diagnosticou. “A oportunidade é que gera o negócio. Como não tem possibilidade de vir e não é prioridade ir ao Centro, acontece isso…”, lamentou. Além dos efeitos da pandemia, Sérgio Lourenço entende que a área central da cidade está “completamente decaída pelo descaso”.


Lojistas

O presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, adiantou que as compras alusivas ao Dia das Bruxas “não serão tão fortes como nos últimos anos pois temos muitas escolas que ainda não voltaram e cujas festas eram fundamentais”. O dirigente assegurou que todo o comércio está preparado para isto inclusive com a decoração. “Tudo é motivo para fazer promoção. O comércio vive de ações para motivar o consumidor a comprar”, explicou. Mesmo com a chegada do próximo feriadão, Paulo Kruse espera um bom movimento de compras naquele período. Ele espera que a população mantenha os cuidados com a Covid-19 pois um novo fechamento total do comércio será “terrível”.

Sobre a situação do setor com a pandemia, Paulo Kruse revelou que os lojistas estão “animados por estarem abertos, mas sentindo a crise”. Ele defende o próximo passo para melhorar as vendas na cidade. “Nós precisamos urgentemente ampliar o horário das lojas de rua e de shoppings. Hoje estamos abrindo na rua só até as 17h, mas é muito pouco. Não estamos conseguindo obter os resultados mínimos necessários para empatar. Nos shoppings é até as 20h”, declarou. O dirigente defendeu respectivamente o funcionamento até as 19h e as 22h. “Esperamos que a prefeitura flexibilize nesta semana. É nossa expectativa. Precisamos ser otimistas”, considerou.

Já o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Irio Piva, concordou também que o Dia das Bruxas ajuda na retomada. Ele percebeu uma melhora significativa do movimento em geral, mas ressalvou que alguns segmentos estão melhores do que outros. “Vestuário e calçados ainda são os mais afetados”, apontou. De acordo com ele, o comércio é aquecido quando as pessoas estão nas ruas e socializando-se. “À medida que as atividades acontecem, as pessoas têm motivo para sair e se vestir bem”, assinalou. Irio Piva alertou que a pandemia ainda não passou e por isso “precisamos de muito cuidado para que não tenhamos uma segunda onda”.


Correio do Povo

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