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terça-feira, 20 de outubro de 2020

Candidatos apresentam propostas para o comércio de Porto Alegre

 Sete postulantes à prefeitura participaram de painel e discutiram desafios para a retomada da economia



As ações e propostas para o comércio de Porto Alegre após o ano mais desafiador das últimas décadas para o setor. Com esta temática central, sete dos candidatos à prefeitura estiveram reunidos em um painel on-line promovido pela CDL POA e pelo Sindilojas Porto Alegre na noite desta segunda-feira. Durante o encontro, os postulantes ao Paço Municipal falaram, por exemplo, sobre como garantir a abertura de estabelecimentos comerciais e a maior circulação do transporte coletivo diante do período conturbado de pandemia do coronavírus, além de questões como os desafios para coibir o comércio ilegal em um cenário de crise financeira que tem afetado a todos. Também abordaram temas como a necessidade de desburocratização, aumento na transparência e investimentos na área do turismo. 

O presidente da CDL POA, Írio Piva, e o presidente do Sindilojas, Paulo Kruse, disseram que as questões que envolvem a atividade comercial estarão entre os principais desafios do próximo prefeito e lembraram que o setor movimenta aproximadamente 500 mil pessoas e 100 mil empregos diretos em Porto Alegre. Ainda afirmaram que comércio e serviços representam cerca de 70% do PIB e mais de 12 mil empresas.

Gustavo Paim (PP) criticou decisões tomadas durante a pandemia, como o fechamento do comércio, e que acabaram gerando instabilidade. Disse que a cidade é muito burocrática, o que dificulta os empreendedores e facilita o comércio irregular. “Porto Alegre precisa realmente respeitar quem empreende, gera emprego e renda e, por isso, precisamos impedir uma concorrência absolutamente desleal.”

José Fortunati (PTB) acredita que não se deve olhar de forma negacionista e nem fundamentalista para a pandemia, afirmando que não há contradição entre saúde e economia. Citou o Funcovid, que terá por objetivo colocar rapidamente a vacina à disposição, sem permitir retrocessos na economia. “Vou retomar o diálogo que sempre tivemos para que continuemos construindo em conjunto as soluções adequadas.” Sobre o comércio irregular, acha necessário tratar de forma distinta fiscalização e combate ao crime organizado.

Juliana Brizola (PDT) disse que tem como compromisso o diálogo permanente com o setor comercial. Citou que tem como proposta a integração de câmeras de segurança como forma de combate ao crime e que pretende alavancar a economia local com um grande plano de obras públicas aliado a um programa para o setor da construção civil. Através do crescimento econômico acredita que possa combater o comércio irregular. “Todas as medidas de fiscalização serão sempre paliativas se não investirmos pesado no desenvolvimento.”

Manuela D’Ávila (PCdoB) comprometeu-se a ter um diálogo permanente com o setor comercial para pactuar soluções para a crise e a ter estabilidade na tomada de decisões através de duas ações centrais: a gestão própria da vacina contra a Covid-19 na Capital e uma política de testagem. Acredita que políticas de microcrédito e de compras públicas podem alavancar a economia local, o que, aliado ao combate ao crime, pode diminuir r o comércio irregular. “Queremos diferenciá-los, dar trabalho e renda para quem precisa e, de outro lado, enfrentar os verdadeiros criminosos que constituem o crime organizado.”

Nelson Marchezan Júnior (PSDB) afirmou que manteve o diálogo com o setor comercial ao longo da pandemia e disse que, antes dos fechamentos do comércio, a Capital tinha o segundo menor índice de desemprego de todas as capitais brasileiras. “Somos exemplo em testagem, que é uma forma para voltarmos a abrir rapidamente de forma organizada.” Sobre o comércio irregular, citou que as ferramentas são a geração de empregos, a ampliação da fiscalização e a integração das polícias e das câmeras de monitoramento.

Sebastião Melo (MDB) disse que é dever da prefeitura oferecer os serviços para que o comércio funcione, como o transporte coletivo. “Vou repactuar essa licitação que foi feita em 2015 para poder fazer mudanças profundas, inclusive atendendo a questão do transporte noturno”. Também afirmou que nenhuma atividade econômica ficará fechada e disse que um governo que oferece oportunidades para os trabalhadores informais tem mais oportunidades para regularizá-los. Disse que é necessário reforçar a fiscalização e integrar as polícias, mantendo o humanismo. 

Valter Nagelstein (PSD) disse que durante a pandemia defendeu um equilíbrio entre a preservação de vidas e a manutenção da economia, citando que mais de cinco mil empresas fecharam, gerando um passivo de quase R$ 40 milhões. Criticou também decisões como a redução do número de ônibus, o que acabou fazendo com que mais pessoas se aglomerassem nos coletivos. “É preciso manter as empresas funcionando sempre e manter uma estrutura hospitalar que possa, no caso de um retorno de uma doença, albergar e ajudar as pessoas que precisem do atendimento.” Também falou que é necessário preservar e respeitar o comércio legalizado, coibindo atividades irregulares.


Correio do Povo

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