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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Apuração de 90% dos votos confirma vitória contundente de Arce na Bolívia

 Eleição de sucessor de Evo Morales foi considerada transparente pela OEA


A apuração oficial de 90,1% dos votos das eleições presidenciais na Bolívia, celebradas no domingo, confirmou nesta quarta-feira (21) a vitória esmagadora no primeiro turno do esquerdista Luis Arce, afilhado político de Evo Morales, em eleições consideradas transparentes pela OEA.

Com 90,1% das atas das seções eleitorais contabilizadas até as 21h de Brasília, Arce tem 54,51% dos votos, seguido do ex-presidente de centro, Carlos Mesa, com 29,21%, segundo a apuração. Em terceiro lugar ficou o candidato da direita, Luis Fernando Camacho, com 14,19%.

A Constituição boliviana declara vencedor no primeiro turno o candidato que tiver maioria absoluta ou 40% dos votos com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado. Caso contrário, um segundo turno deve ser celebrado.

Arce, um economista de 57 anos, vence em seis dos nove departamentos do país, em três deles com mais de 60% dos votos: Cochabamba, reduto do Movimento ao Socialismo (MAS), La Paz e Oruro, onde Morales nasceu.

Enquanto isso, Mesa tem maioria em Beni e Tarija, e Camacho em Santa Cruz, reduto da ultradireita e departamento mais rico da Bolívia.

Estes resultados ratificam as projeções feitas na noite de domingo a emissora de TV Unitel e a fundação católica Jubileo, que davam a Arce uma votação em torno de 53% e a Mesa, de 31%.

As duas projeções privadas puseram fim à incerteza que imperava na Bolívia sete horas após o fim da votação, sem que as autoridades eleitorais divulgassem resultados preliminares.

A vitória de Luis Arce marca o retorno ao poder do MAS de Morales (2006-2019) um ano depois de sua renúncia em meio a uma convulsão social e a acusações de fraude eleitoral.

Segundo o chefe da missão de observadores da Organização de Estados Americanos (OEA), Manuel González, o processo eleitoral foi "transparente". A mesma entidade havia denunciado no ano passado como fraudulenta a reeleição de Evo Morales em 2019.

"O povo votou em liberdade e o resultado foi claro e contundente, o que outorga grande legitimidade ao governo eleito, às instituições bolivianas e ao processo eleitoral", afirmou González, ao divulgar o relatório preliminar da missão da OEA sobre as eleições de domingo.


AFP e Correio do Povo

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