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domingo, 28 de junho de 2015

Um êxito da medicina brasileira

Pesquisadores ligados à Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, vinculada à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, obtiveram, nos Estados Unidos, a patente do fator VIII recombinasse, uma proteína responsável pela coagulação do sangue usada no tratamento da hemofilia. O grupo, que já havia patenteado a descoberta no Brasil, agora tem o reconhecimento internacional dos seus esforços, bem como a propriedade intelectual, além de poder oferecer um tratamento mais eficaz aos pacientes.
De acordo com a pesquisadora Virginia Picanço Castro, uma grande inovação diz respeito ao fato de que a proteína brasileira é desenvolvida com base em células humanas, o que deve levar à superação de efeitos colaterais até agora registrados. Com uso de substâncias nativas, a rejeição e a produção de anticorpos devem ser problemas equacionados. A hemofilia tem como causa uma deficiência das proteínas encarregadas da coagulação do sangue.
Esse trabalho é uma vitória da medicina nacional, pois representa uma nova esperança para os doentes, além de implicar economia para os cofres nacionais de recursos que poderão financiar novas pesquisas. Entre janeiro de 2011 e março de 2013, o governo federal despendeu R$ 522 milhões para importação do medicamento. Isso mostra o potencial do país para inovar, bastando somar esforços para que se possa chegar a patamares adequados em todas as áreas, como ora se vê nesta conquista da saúde pública.



Fonte: Correio do Povo, editorial da edição de 23 de junho de 2015, página 2.  

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