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domingo, 28 de junho de 2015

Solidariedade para vencer a crise, por Daiçon Maciel da Silva

Muito tem se falado sobre a “crise do Rio Grande” e muitos não querem reconhecer que o governo estadual sofre com isso. Em 44 anos, somente sete governantes apresentaram receita superior à despesa. Não é para menos. Para cada servidor ativo, 1,3 são aposentados, o que torna a situação ainda mais difícil.
Enquanto isso, oposicionistas torcem pelo fundo do poço, pregando o voto contrário, para que o governo se enterre. Não há visão de cidadania nem regime de colaboração com o seu estado para tirá-lo do atoleiro de suas finanças públicas.
A nossa crise não é única. Ela está nos diversos estados do país. Muita corrupção, pouco salário para a maioria do povo brasileiro e tudo é muito caro. Não há dúvida de que a presença da inflação, os juros altos e os impostos exorbitantes afastam o país do crescimento.
Planos econômicos não nos faltam: Pacto pelo Rio Grande, RS 2015, Agenda 2020 são proposições advindas de muitas discussões para identificar os gargalos que travam o Rio Grande. Os diagnósticos são claros, porém as ações concretas carecem de iniciativas e de propostas corajosas para o nosso estado supere sua crise e volte a crescer.
Assim, a união da sociedade civil, do setor privado, da academia e do setor público deve ser uma parceria autêntica e obrigatória. Ignorar a crise é tolice e fazer dela uma guerra política é burrice. A falta de dinheiro para os investimentos na economia do Rio Grande não deve ser do setor público e sim do setor privado. A busca de investidores internacionais, com o mesmo regramento dos países europeus, ou as parcerias público-privadas também são fundamentais. No entanto, só haverá investimentos no país se ocorrer a estabilização da moeda, as taxas cambiais alinharem-se e existir uma segurança pública coletiva.
Inspiração não nos falta, mas o que se precisa neste momento é transpiração. Acredito na fala do governador Sartori, o qual prega “que ninguém seja dono de nada e que as ações sejam coletivas, que haja mais agilidade nas ações e resultados e que o pouco que se pode fazer seja bem-feito e eficiente”.

Presidente da Cientec

Fonte: Correio do Povo, edição de 25 de junho de 2015, página 2.


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