Marketing vs. Vendas: a urgência de unificar estratégias para acelerar o crescimento das empresas

 Por Luciano Machado Borges

Na maioria das empresas brasileiras, marketing e vendas ainda operam em ilhas separadas, com metas, indicadores e até culturas distintas. Essa fragmentação custa caro: perda de sinergia, duplicação de esforços e, principalmente, oportunidades desperdiçadas de receita. Em um mercado cada vez mais competitivo e digital, alinhar essas áreas não é mais uma opção — é condição de sobrevivência.O conflito silencioso
  • Marketing foca em branding, geração de leads e percepção de valor.
  • Vendas prioriza fechamento, negociação e cumprimento de metas mensais.
O resultado? O marketing entrega contatos que o time comercial considera “frios”; o vendedor reclama que os materiais de apoio não refletem a realidade do cliente. Enquanto isso, o concorrente integrado conquista o mercado.O poder da unificaçãoEmpresas que integram marketing e vendas crescem até 20% mais rápido, segundo a Aberdeen Group. A fórmula é simples:
  1. Objetivo comum: uma única meta de receita (ex.: R$ 5 milhões no trimestre).
  2. Jornada compartilhada: o funil é único, do awareness ao pós-venda.
  3. Dados integrados: CRM + automação de marketing em tempo real.
  4. Reuniões semanais: alinhamento tático entre líderes das duas áreas.
Caso práticoUma indústria de máquinas agrícolas do RS uniu marketing e vendas em 2024:
  • Criou um score de lead acordado entre as áreas;
  • Produziu vídeos curtos de depoimentos usados tanto no WhatsApp comercial quanto nas redes;
  • Reduziu o ciclo de vendas em 32% e aumentou a taxa de conversão em 48%.
Como começar amanhã
  1. Reúna os líderes das duas áreas e defina 3 KPIs compartilhados.
  2. Mapeie a jornada do cliente em um quadro branco — sem culpas, só fatos.
  3. Escolha uma ferramenta integrada (HubSpot, RD Station ou similar).
  4. Celebre vitórias conjuntas — bônus, eventos, reconhecimento público.
Marketing e vendas não são rivais. São as duas asas do mesmo avião. Quando voam alinhadas, a empresa decola.

Planalto classifica como sigiloso custo de barco de luxo para Lula e Janja na COP30

 


O Palácio do Planalto impôs sigilo de cinco anos sobre os gastos com o barco de luxo contratado para hospedar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja durante a COP30, em Belém (PA). A informação foi revelada nesta sexta-feira (8) pela revista Veja, após resposta negativa a um pedido de acesso via Lei de Acesso à Informação (LAI).O navio, equipado com suítes, piscina, academia e heliponto, foi alugado pela Presidência devido à superlotação hoteleira na capital paraense. A embarcação funciona a diesel — consumindo cerca de 50 litros por hora em navegação — enquanto Lula discursa sobre a transição energética e o fim dos combustíveis fósseis.O governo justificou o sigilo alegando "segurança presidencial" e "interesse público". Especialistas em transparência criticam a medida:
  • "É incoerente pregar sustentabilidade e esconder gastos com um barco poluente", afirmou o diretor da Transparência Brasil, Manoel Galdino.
  • A Controladoria-Geral da União (CGU) já havia negado acesso a detalhes do contrato, incluindo valor diário e empresa fornecedora.
Estimativas extraoficiais apontam custo superior a R$ 100 mil por dia. O barco também abriga parte da comitiva presidencial e assessores. A decisão de sigilo ocorre no mesmo dia em que Lula cobrou, na Cúpula de Líderes da COP30, "transparência e responsabilidade" na agenda climática global.

Veja

Lula defende fim gradual dos combustíveis fósseis em meio a contradições na COP30

 


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou nesta quinta-feira (6) um planejamento "justo e planejado" para superar a dependência dos combustíveis fósseis, durante a abertura da Cúpula de Líderes da COP30, em Belém (PA). "Estou convencido de que, apesar das nossas dificuldades e contradições, precisamos de mapas do caminho para, de forma justa e planejada, reverter o desmatamento, superar a dependência dos combustíveis fósseis e mobilizar os recursos necessários para esses objetivos", declarou o petista.Lula destacou que o mundo demorou 28 conferências da ONU para reconhecer, na COP28 em Dubai, a necessidade de transição para longe dos fósseis — marco histórico no documento final. Ele enfatizou que acelerar essa mudança e proteger a natureza são as formas mais eficazes de conter o aquecimento global, honrando legados de edições anteriores da COP.No entanto, o discurso do presidente brasileiro veio em meio a contradições nacionais. Recentemente, o governo autorizou a Petrobras a perfurar um poço exploratório na Margem Equatorial, incluindo a Foz do Amazonas, licença concedida pelo Ibama às vésperas da COP30 e criticada por ambientalistas. Em outubro, durante viagem à Indonésia, Lula afirmou que o Brasil não vai "jogar fora" a riqueza do petróleo enquanto o mundo ainda depender dele, propondo usar os recursos para financiar a transição energética.Outro ponto de ironia é o alojamento da comitiva presidencial: Lula e parte da delegação estão hospedados em um barco movido a diesel, contratado pela Presidência devido à falta de vagas em hotéis na capital paraense. A embarcação, de motor brasileiro, consome 50 litros de diesel por hora de navegação.Estratégia e desafios da CúpulaLula apontou dois "descompassos" a superar na agenda climática: o abismo entre salões diplomáticos e a realidade cotidiana — onde as pessoas sentem a poluição sem entender termos técnicos como emissões de carbono — e o conflito entre geopolítica e urgência climática, com extremismos e guerras desviando recursos da luta contra as mudanças climáticas.A Cúpula de Líderes, inovação da COP30 realizada nos dias 6 e 7 de novembro, serve como preparatório de alto nível, reunindo autoridades para alinhar visões antes das negociações das delegações nas próximas duas semanas. O foco está em compromissos climáticos e financiamento, com ênfase no TFFF (Fundo Florestas Tropicais para Sempre) e na eficácia do Acordo de Paris.A programação inclui painéis temáticos: florestas, oceanos e povos indígenas na tarde de quinta; transição energética na manhã de sexta; e, à tarde, contribuições nacionais (NDCs), financiamento e implementação do Acordo de Paris. Lula afirmou que as palavras dos líderes serão a "bússola" para superar divergências e avançar na conferência.

Poder360

Bets consomem 27% do Bolsa Família em lares com apostadores, aponta TCU

 


O Tribunal de Contas da União (TCU) revelou nesta quinta-feira (7) que 27% do valor total do Bolsa Família pago a famílias com apostadores em casas de apostas esportivas (bets) foi gasto nessas plataformas. O dado integra auditoria sobre o impacto das apostas online nos programas sociais.Principais achados:
  • R$ 3 bilhões do auxílio foram direcionados a bets entre 2023 e 2025;
  • 1,2 milhão de beneficiários realizaram apostas, sendo 68% com valores acima de R$ 100 mensais;
  • Média de gasto: R$ 410 por mês por família apostadora — equivalente a 62% do benefício médio (R$ 660).
O TCU identificou que 42% dos apostadores são mulheres chefes de família e 71% estão na faixa etária de 18 a 35 anos. A maioria (59%) reside no Nordeste.O relatório recomenda ao Ministério do Desenvolvimento Social:
  1. Cruzamento mensal de dados com plataformas de apostas;
  2. Bloqueio automático do benefício em caso de gastos excessivos;
  3. Campanhas de conscientização sobre vício em jogos.
O governo federal estuda medidas regulatórias, incluindo limite de R$ 50 mensais em apostas para beneficiários do Bolsa Família.

Correio do Povo

Após denúncia de Taís Araújo, Globo elogia remake de 'Vale Tudo' e reforça compromisso com diversidade

 


A Globo emitiu nota oficial nesta sexta-feira (8) em resposta à denúncia feita por Taís Araújo contra a autora Manuela Dias, relacionada ao remake de Vale Tudo. A polêmica surgiu durante a exibição da novela, que terminou no final de outubro de 2025, e envolveu divergências sobre a representação da personagem Raquel, interpretada pela atriz.Em agosto, Taís procurou Manuela para expressar desconforto com os rumos da trama de Raquel, vista por movimentos negros como reforço de estereótipos de pobreza e sofrimento para personagens periféricas e negras. O diálogo entre as duas foi descrito como tenso, e a atriz levou o caso ao compliance da emissora com o objetivo de promover uma reflexão mais ampla sobre a teledramaturgia. Já a autora acionou o setor interno alegando quebra de conduta por parte de Taís, o que resultou na interrupção do contato entre elas.A repercussão ganhou força após entrevista de Taís à revista Quem, onde ela abordou o tema, o que teria desagradado Manuela. Fontes próximas à atriz afirmam que não há ressentimentos e que sua intenção foi "ampliar o debate sobre a presença e o retrato de pessoas negras na teledramaturgia brasileira".Em comunicado, a Globo defendeu a produção: "A Globo tem muito orgulho do remake de Vale Tudo, exibido recentemente. A novela já entrou para a história da dramaturgia brasileira e é um exemplo bem-sucedido de atualização de uma grande obra do passado. Vale Tudo reforça também o compromisso de toda a Globo com a diversidade." A emissora não detalhou medidas internas sobre o caso.

Terra