Instabilidade avança e quinta-feira será de chuva no RS; veja a previsão

 Frio deve marcar o amanhecer, mas temperatura será amena durante a tarde

A instabilidade será consequência do avanço de uma frente fria associada a uma massa de ar frio de trajetória oceânica | Foto: Pedro Piegas

A instabilidade e a chuva voltam a marcar o tempo no Rio Grande do Sul nesta quinta-feira, 24, após um curto período de tempo firme em boa parte do Estado. Conforme a MetSul Meteorologia, o tempo já mudou nesta quarta-feira, 23, nas regiões Oeste e Noroeste e deve alcançar outras regiões na quinta, com desaque para o Centro e a Metade Norte gaúcha. Pontos da Metade Sul também podem ser afetadas.

Segundo a MetSul, os volumes tendem a ser baixos na maioria das localidades. Na sexta, 25, ainda pode ter chuva no começo do dia em pontos do Nordeste gaúcho e ao longo da sexta de forma isolada no Norte do estado, na divisa com Santa Catarina.

Mesmo assim, há chance de aberturas em parte desta quinta em diferentes locais.

A madrugada e o começo da manhã são frios. Já a tarde será amena ou fria conforme a localidade com marcas mais baixas na Serra e nos Campos de Cima da Serra.


Frente fria

A instabilidade será consequência do avanço de uma frente fria associada a uma massa de ar frio de trajetória oceânica que se desloca pela costa do Sul do Brasil com temperatura baixa principalmente no Sul e no Leste gaúcho.

Soma-se a isso ainda a atuação de áreas de menor pressão atmosférica pelo contraste entre o ar mais frio na costa e o ar mais aquecido no interior do continente.

Período de instabilidade

A chuva desta segunda metade da semana vai marcar o começo de um período com maior instabilidade na Região Sul que trará chuva mais frequente para os três estados da região nesta última semana de julho e no começo de agosto.

É uma ruptura em relação ao padrão que vinha se observando, já que desde o episódio de chuva volumosa do fim de junho – que trouxe repique de cheias– o tempo esteve predominantemente seco com precipitação abaixo da média no Sul do Brasil.

Chuva com maiores acumulados e mais generalizada é esperada no fim de semana e no começo da semana que vem. Novas áreas de instabilidade vão chegar com chuva até o final do sábado em várias regiões gaúchas.

No domingo, chove em quase todo o Rio Grande do Sul e com mais altos volumes.

Na segunda, ainda haverá chuva em diversos pontos, com os maiores acumulados nas Metades Sul e Leste do estado, acompanhando uma área de baixa pressão.

MetSul Meteorologia e Correio do Povo

Dólar cai a R$ 5,52, menor nível desde o anúncio do tarifaço dos EUA ao Brasil

 A desvalorização da moeda norte-americana ante o real ganhou ainda mais força com o enfraquecimento da moeda ante pares fortes

Em 9 de julho de 2025 Trump anunciou que pretende tarifar produtos brasileiros em 50% a partir de 1º de agosto. | Foto: Valter Campanato / Agência Brasil


dólar firmou queda ante o real na tarde desta quarta, 23, com maior apetite a risco global pela expectativa de que os Estados Unidos fechem mais acordos comerciais, após anúncio de entendimento com o Japão e noticiário sobre conversas com a União Europeia (UE). O fechamento de R$ 5,52 e a mínima intradia, a R$ 5,5161, são os menores níveis vistos para os segmentos desde que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou em taxar o Brasil.

Após máxima R$ 5,5782 pela manhã, o dólar à vista renovou sucessivas mínimas no início da tarde e encerrou em baixa de 0,79%, a R$ 5,5230, menor fechamento desde 9 de julho de 2025, no dia em que Trump anunciou - após o fechamento dos mercados - que pretende tarifar produtos brasileiros em 50% a partir de 1º de agosto.

O acordo comercial de Washington com a nação asiática “coloca um ânimo para o mercado no sentido de que: se conseguiu negociar com o Japão - que era uma 'casca grossa' por conta da indústria automobilística -, os EUA podem vir a negociar com outros países”, avalia o economista Gustavo Rostelato, da Armor Capital.

A desvalorização do dólar ante o real ganhou ainda mais força com o enfraquecimento da moeda ante pares fortes, vide o índice DXY nas mínimas no período da tarde, em decorrência de notícias, como a do Financial Times, de que os EUA e a UE se aproximam de acordo para tarifa de 15% sobre produtos europeus - menor do que o porcentual de 30% informado ao bloco. A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que, após as resoluções com Japão, Indonésia e Filipinas, os EUA ainda têm "muitos acordos comerciais para anunciar”.

“Vemos um aumento no apetite por risco dos investidores estrangeiros, favorecendo o fluxo para moedas emergentes, com o real se beneficiando desse movimento na sessão de hoje, a despeito da incerteza sobre a nossa tarifa ainda prevalecer”, afirma o economista sênior do Inter, André Valério.

A busca por risco é vista pela queda da divisa americana ante moedas emergentes e de exportadoras de commodities, mesmo em dia de baixa do minério de ferro e volatilidade do petróleo.

Já o economista-chefe da Ativa, Étore Sanchez, destaca que a semana tem sido de baixa liquidez nos ativos domésticos, com Brasília de férias. Assim, ele considera que a performance do câmbio nesta quarta está mais atrelada a um “processo de acomodação da piora que teve recentemente”, com tarifas.

Alguns operadores também afirmam que o real se beneficia do carry trade, com expectativa de que o Comitê de Política Monetária (Copom) manterá a taxa Selic em 15% por período “bastante prolongado”.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Cartão corporativo e motociatas de Jair Bolsonaro

 


A covardia tem que persistir, claro. A destruição de reputação que fazem diariamente com Jair Bolsonaro — há décadas — é algo que Lula, ou qualquer subproduto das suas cópulas políticas, não suportaria nem por 10 minutos. Infelizmente, com as instituições devidamente aparelhadas, o Brasil segue o caminho que o “isentão” sempre pediu com tanto afinco: uma mandioca tamanho GG.

Post de Carlos Bolsonaro

Fonte: https://www.youtube.com/post/UgkxD0poFs5Nda3Cx8Ho20sFD-VMxWNmzeu_

Grêmio luta, mas esbarra em limitações e é eliminado pelo Alianza Lima

 Empate por 1 a 1 tira o Tricolor da Copa Sul-Americana

Grêmio luta, mas esbarra em limitações e é eliminado pelo Alianza Lima | Foto: Fabiano do Amaral


Grêmio lutou, fez gol, colocou bola na trave, mas está fora da Copa Sul-Americana. Na noite desta quarta-feira, na Arena, o Tricolor empatou com o Alianza Lima por 1 a 1, pelo duelo de volta dos playoffs. Como perdeu na ida por 2 a 0, no Peru, os gaúchos deram adeus ao torneio continental. Gustavo Martins fez o tento gremista, Barcos anotou na lei do ex para os peruanos. Sobrou o Brasileirão. No sábado, em São Paulo, o adversário é o Palmeiras.

Como indicou após o empate com o Vasco, Mano Menezes colocou uma equipe mais ofensiva em campo. Surpresa da escalação, Riquelme começou buscando o jogo, tentando levar a equipe ao ataque. Com mais de 46 mil torcedores, o Grêmio foi para frente e pressionou nos minutos iniciais. Porém, não chegou nem perto de levar perigo ao goleiro Viscarra, que foi um mero espectador dentro de campo na etapa inicial.

Aos poucos, a pressão inicial foi controlada pelo Alianza Lima, que passou a trocar passes e controlar a partida. Com boa posse no meio-campo, os peruanos se assanharam e passaram e rondar a área tricolor. Aos 24, Castillo recebeu pela ponta esquerda e cruzou para Guerrero finalizar de primeira, obrigando ótima defesa de Volpi. A arbitragem, entretanto, marcou saída de bola antes do cruzamento.

Com muitas ligações diretas para os pontas, o Grêmio seguiu com dificuldade de trabalhar a bola pelo chão. Sendo assim, a bola aérea passou a ser uma alternativa. Aos 38, após levantamento de Marlon, Braithwaite finalizou mascado, e o goleiro peruano ficou com a bola. Sempre perigoso, o Alianza escapou em velocidade pela meia esquerda com Quevedo, que chutou por cima da meta de Volpi.

Precisando de pelo menos dois gols, Mano voltou do intervalo com André Henrique no lugar de Cristian Olivera. O Tricolor pressionou nos primeiros minutos. Aos 2, Riquelme pedalou contra a marcação, mas pecou na hora da finalização. Aos 10, Marlon cobrou escanteio da esquerda e Gustavo Martins desviou para o fundo das redes: 1 a 0. Explosão na Arena, e o ambiente passou a ser de maior pressão.

Apoiado pela torcida, o Grêmio se lançou ao ataque. Braithwaite recebeu pela esquerda dentro da área e cruzou direto no gol. Viscarra se esticou todo e colocou pela linha de fundo. Com o time mais exposto, sobravam espaços na defesa. Aos 21, Quevedo recebeu em profundidade e bateu cruzado para grande defesa de Volpi.

Aos 29, André Henrique recebeu passe de Alysson e chutou na trave direita de Viscarra. Marlon também tentou, mas a finalização passou por cima da meta. Em escapadas, os peruanos seguiam sendo perigosos, mas sem o mesmo ímpeto de outrora. Braithwaite perdeu chance incrível, parando em defesaça de Viscarra. André Henrique também desperdiçou grande chance.

Aos 45, Zambrano cometeu falta em Braithwaite e foi expulso após receber o segundo cartão amarelo. No último lance da partida, Barcos foi acionado nas costas da zaga. Com categoria, ele encobriu Volpi e correu para o abraço com o 1 a 1. Foi a pá de cal para confirmar a eliminação gremista na Sul-Americana.

Copa Sul-Americana – Playoffs (Volta)

Grêmio 1
Tiago Volpi; Gustavo Martins (Pavon), Wagner Leonardo, Kannemann e Marlon; Villasanti (Edenilson), Dodi e Riquelme; Alysson (Amuzu), Cristian Olivera (André Henrique) e Braithwaite. Técnico: Mano Menezes.

Alianza Lima 1
Guillermo Viscarra; Guillermo Enrique, Carlos Zambrano, Renzo Garcés e Miguel Trauco; Erick Noriega, Fernando Gaibor, Eryc Castillo, Kevin Quevedo (Archimbaud) e Sergio Peña (Jesús Castillo); Paolo Guerrero (Barcos). Técnico: Néstor Gorosito

Gols: Gustavo Martins (G); Barcos (AL)
Cartão vermelho: Zambrano (AL)
Árbitro: Dário Herrera (ARG-Fifa)
Assistentes: José Savorani (ARG-Fifa) e Sebastián Rainieri (ARG-Fifa)
VAR: Jorge Baliño (ARG-Fifa)
Data e hora: 23 de julho, quarta-feira, às 21h30min
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)

Correio do Povo

Tumelero fecha 11 lojas no RS

 Entre as unidades com operações encerradas a partir de 30 de agosto, estão as dos bairros Centro e Cristal, em Porto Alegre

Empresa foi fundada em 1967 e adquirida pelo Grupo Saint-Gobain, em 2017 | Foto: Camila Cunha / CP Memória


A rede de materiais de construção Tumelero fechará 11 lojas no Rio Grande do Sul, a partir de 30 de agosto. Em nota, a empresa justificou que a decisão trata-se de um “alinhamento ao plano de reorganização corporativa”. As unidades a serem encerradas estão em Pelotas, Rio Grande, Bagé, Viamão, Santo Ângelo, Passo Fundo, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Cachoerinha e Porto Alegre, nos bairros Centro e Cristal.

A rede deve seguir operando no Estado com outras unidades. Ainda segundo a nota, informou que está “comprometida em fortalecer sua presença nestes mercados, sempre priorizando a experiência de seus clientes”. Ainda reafirmou “compromisso em relação aos colaboradores, oferecendo, sempre que possível, oportunidades em outras unidades que continuam operando normalmente”. A empresa não informou o número de demissões, nem se serão fechadas outras lojas.

A Tumelero foi fundada em 1967 e adquirida pelo Grupo Saint-Gobain, em 2017. Segundo o site, atualmente, tem 29 lojas no Rio Grande do Sul e site de compras.

Correio do Povo

BC comunica acesso indevido de chaves Pix via sistema do CNJ

 Não foram expostos dados confidenciais, como senhas ou saldos

Não foram expostos dados confidenciais, como senhas ou saldos | Foto: Bruno Peres/Agência Brasil/CP


Dados cadastrais vinculados a chaves Pix foram acessados via um sistema de comunicação entre juízes e o Banco Central (BC). O incidente afetou o Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), operado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O BC comunicou o incidente nesta quarta-feira (23) à noite, mas não informou o número de chaves Pix afetadas nem detalhou os tipos de dados acessados.

Segundo o BC, não foram expostos dados sensíveis, como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais, ou quaisquer outras informações sob sigilo bancário. A autarquia informou que as informações obtidas são de natureza cadastral, que não permitem movimentação de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras.

O Sisbajud é uma ferramenta eletrônica que permite aos juízes pedir informações financeiras e bloquear ativos de devedores. O sistema substitui o antigo BacenJud e facilita a comunicação entre o Judiciário e o sistema financeiro para o cumprimento de ordens judiciais.

De acordo com o órgão, os detalhes serão fornecidos exclusivamente pelo CNJ, que publicará um canal para consulta, por parte dos cidadãos, de eventual dado exposto.

O BC informa ter adotado as ações necessárias para a apuração detalhada do caso. O órgão ressaltou que o incidente tem baixo impacto potencial para os usuários e que a comunicação não é exigida pela legislação. A autarquia, no entanto, decidiu divulgar a ocorrência por causa do princípio de transparência.

Tradicionalmente, o BC informa, numa página específica em seu site, todas as exposições e vazamentos de dados do Pix. No entanto, a autarquia informou que, desta vez, o CNJ divulgará o incidente numa página especial e que o BC atualizará a ocorrência “oportunamente” em seu site.

Agência Brasil e Correio do Povo

Parlamentares buscam consenso para licença paternidade de 60 dias

 Projeto pode ir a plenário já no segundo semestre, dizem deputadas

O PL que passou pelo Senado Federal, estipula a licença paternidade de 15 dias, período considerado insuficiente por especialistas e organizações da sociedade civil | Foto: Arquivo / Agência Brasil / CP


A Frente Parlamentar Mista pela Licença Paternidade e a bancada feminina no Congresso Nacional articulam apoio para que a regulamentação da licença paternidade no Brasil garanta um período de 60 dias para os genitores, ainda que implementado de forma gradual, a partir de 30 dias.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou requerimento de urgência para votação de um dos diversos projetos de lei que tramitam na Casa. O PL 3.935/2008, que já passou pelo Senado Federal, estipula a licença paternidade de 15 dias, período considerado insuficiente por especialistas e organizações da sociedade civil que acompanham o tema.

"A gente acha que é possível ampliar a licença paternidade no Brasil, [mas] não é da noite para o dia. E é isso que a gente tá negociando. Então, esse texto mais antigo, que é o primeiro da árvore [de projetos de lei], que veio do Senado, fala em 15 dias. O que a gente trouxe nos últimos é chegar a 60 dias. Para isso, topamos negociar quanto tempo a gente leva para fazer essa transição, com quantos dias a gente começa. Então, é isso que está em debate", afirmou a deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP), que é presidente da Frente Parlamentar.

A declaração foi dada a jornalistas após Tábata participar, no Palácio do Planalto, da sanção da lei que estabelece cota de 30% para mulheres em conselhos de empresas estatais.

"Conseguimos a aprovação da urgência, sendo designado o relator [deputado federal Pedro Campos]. Agora é essa construção, na qual a nossa articulação política versa principalmente por garantir que o texto seja aprovado na Câmara e saia direto para sanção da Presidência da República", disse a deputada federal Jack Rocha (PT-ES), coordenadora da bancada feminina.

Jack Rocha prevê votação para os próximos meses, a partir da volta do recesso parlamentar.

"Começa com 15 ou 30 dias – este seria o ritmo de progressão. Mas a gente está consensuado, da esquerda à direita, na Câmara e no Senado, em caminhar junto e que, em algum momento, vai chegar aos 60 dias", reforçou Tábata Amaral.

Segundo a deputada, já existe um acordo em construção com diferentes agrupamentos políticos, como a Frente Parlamentar da Primeira Infância, a bancada evangélica e partidos de diferentes espectros ideológicos.

Tábata disse que, entre os obstáculos ao avanço do projeto, está o impacto fiscal da medida, estimado em 0,05% do orçamento da Previdência. "É um impacto pequeno, mas é um contexto complexo do ponto de vista fiscal. Então, a gente está trabalhado com o governo para encontrar essa compensação."

Como funciona

Atualmente, a licença para pais é de cinco dias consecutivos nos casos de nascimento de filho, adoção ou de guarda compartilhada. O direito está previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e foi criado com a promulgação da Constituição de 1988.

Pelo Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), regras criadas com a promulgação da Constituição, a licença de cinco dias deveria permanecer até o Congresso aprovar uma lei complementar para implementação definitiva, votação que até hoje, após 37 anos, não ocorreu.

O tema voltou a ganhar impulso depois do fim do prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso regulamentasse a licença. A decisão, proferida pelo STF em 2023, foi resultado de ação protocolada em 2012 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde (CNTS) a favor do benefício.

Pelo menos 10 países, entre os quais a Espanha, a Holanda e a Finlândia, concedem licença paternidade de 30 dias ou mais. Na maioria dos países, a licença ainda é inferior a 15 dias.

Agência Brasil e Correio do Povo

400 líderes do Hezbollah vêm para América do Sul, diz canal

 Segundo Al Hadath, determinação partiu do próprio grupo terrorista libanês

Manifestante exibe uma bandeira do grupo terrorista Hezbollah Foto: EFE/EPA/ABEDIN TAHERKENAREH


Uma fonte diplomática latino-americana afirmou ao canal saudita Al Hadath que aproximadamente 400 comandantes de campo do grupo terrorista Hezbollah estão deixando o Líbano para partir rumo a países sul-americanos. Entre os destinos, estão Brasil, Venezuela, Colômbia e Equador.

De acordo com a fonte, que pertence à embaixada argentina no Líbano, o próprio grupo terrorista libanês determinou que os comandantes partissem junto de suas famílias devido ao temor de que eles se tornem alvos em meio ao desmantelamento da infraestrutura militar do Hezbollah, após o cessar-fogo com Israel em novembro do último ano.

O governo do Líbano já manifestou sua intenção de desarmar o Hezbollah. Segundo o presidente do Líbano, Joseph Aoun, em 2025, as armas passarão a ficar centralizadas sob o controle do Estado, e o desarmamento do grupo terrotista ocorrerá via “diálogo” a fim de evitar uma guerra civil.

A fonte estima que cerca de 200 desses líderes já chegaram às nações latino-americanas, onde a organização já mantém laços com outras organizações criminosas, especialmente do tráfico de drogas. Os outros 200 devem chegar com suas famílias nos próximos dias.

pleno.news

Deputados federais gaúchos debatem tarifaço dos EUA sobre o Brasil

 Tá na Mesa desta quarta-feira teve como foco as políticas de comércio exterior

| Foto: Sérgio Gonzalez / Divulgação / CP


O Tá na Mesa desta quarta-feira reuniu cinco deputados federais para discutir a situação da política brasileira. No evento, Alexandre Lindenmeyer (PT), Luciano Zucco (PL), Marcel Van Hattem (Novo), Mauricio Marcon (Podemos) e Ronaldo Nogueira (Republicanos) debateram sobre o papel do governo federal ante as taxas impostas pelos Estados Unidos, o limite do Judiciário e a antecipação da disputa eleitoral de 2026.

Único nome alinhado ao governo federal, Lindenmayer disse que a taxa imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de 50% aos produtos brasileiros, é uma medida que interessa somente ao país norte-americano e, não, deve ser uma preocupação com a democracia do Brasil. "O presidente (Trump) fala: 'América em primeiro lugar', e não é a América do Sul, é a deles", afirmou.

Defendendo ainda que o Brasil está seguindo um bom rumo, com menores taxas de desempregocrescimento do PIB e investimentos "há muito tempo não vistos".

Zucco, em compensação, criticou o governo federal por colocar a "ideologia acima do Brasil". O deputado anunciou que deve embarcar junto de outros colegas para conversar com o governo norte-americano. "Outros 20 países foram taxados no mesmo dia que o Brasil, mais 10 no dia seguinte. Qual foi a atitude desses países? Dialogar", afirmou.

Além disso, o deputado federal do PL também vestiu o tom eleitoral. Tanto ao cumprimentar Van Hattem o chamando de "senador" – posto pelo qual o deputado federal do Novo deve se candidatar –, quanto no seu discurso, ao formalmente se apresentar candidato como pré-candidato ao Palácio Piratini.

Para Van Hattem, as medidas impostas por Trump são reflexo das relações do governo brasileiro com outros países, como os Brics (Rússia, Índia e China), além do Irã e Venezuela, e de atitudes "autoritárias" do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). "Vemos as duas instituições da República, o Poder Executivo e o Poder Judiciário, desafiando a soberania de outros países e achando que não teria consequência", criticou.

Já Marcon focou seu discurso em críticas ao ministro do STF, Alexandre de Moraes, e ao governo federal. Segundo o deputado, o parlamento vem sendo cerceado e a situação fiscal do Brasil, principalmente depois do que ele chamou de 'embargo' dos EUA, em função das taxas, está cada vez mais crítica. "E temos algo pior que se avizinha: a OTAN ameaçando o Brasil por nós, indiretamente, estarmos financiando o desastre na Ucrânia por comprarmos combustível sancionado", alertou.

Enquanto isso, Nogueira afirmou que a disputa entre os países não pode se resumir em um interesse pessoal "de quem quer que seja". "O presidente dos Estados Unidos precisa saber que o Brasil é um país estratégico, importante, parceiro dos EUA por décadas. A Otan precisa saber", disse. Segundo ele, a política externa que o Brasil vem adotando "é um desastre", motivando embates ideológicos que, no final, "quem paga a conta é o povo".

Se distanciando um pouco do discurso nacional e voltando as atenções para a situação do Rio Grande do Sul, o deputado elencou também que o Estado passa por uma crise fiscal, problemas de infraestrutura e estruturantes e, para resolvê-los, era necessário intensificar o diálogo.

Correio do Povo

Lula sanciona cota de 30% para mulheres em conselhos de estatais

 Lei será implementada de forma gradual em até três anos

A sanção ocorreu em cerimônia, no Palácio do Planalto | Foto: Ricardo Stuckert/PR


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira, 23, o Projeto de Lei (PL) 1.246/2021, que estabelece que os conselhos de administração de estatais deverão ter, obrigatoriamente, 30% das vagas de membros titulares destinadas a mulheres, incluindo reserva específica para mulheres negras ou com deficiência.

O texto foi aprovado no fim de junho pelo Senado Federal. A sanção ocorreu em cerimônia, no Palácio do Planalto, com a presença de Lula, de ministras, parlamentares, líderes empresariais e representantes da sociedade civil.

"As mulheres conquistam um degrau a mais na luta por participação, para exercer cargos importantes em governos e empresas públicas", destacou Lula.

Apresentada em 2021 pela deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP), a nova lei ainda depende de uma regulamentação, mas será implementada de forma gradual, ao longo de três anos. Mulheres deverão ocupar, no mínimo, 10% das vagas no primeiro ano, 20% no segundo e, finalmente, 30% no terceiro.

"A gente formulou o projeto quatro anos atrás, começou uma batalha pela aprovação dele e agora ele é lei. Para dizer que essas mulheres talentosas com currículos pesadíssimos, elas estão prontas, prontas para contribuir nos conselhos de estatais, conselhos de empresas privadas, e para contribuir no setor público. O que falta muitas vezes é você vencer o preconceito", declarou a parlamentar.

Em junho, o Movimento Pessoas à Frente e o Grupo Mulheres do Brasil lançaram uma carta assinada por mais de 600 apoiadores publicada em apoio ao projeto de lei sancionado hoje. Para a diretora-executiva do Movimento Pessoas à Frente, Jessika Moreira, a nova lei direciona o Brasil para o caminho certo em termos de representatividade, justiça e desenvolvimento social.

"Sabemos que a participação feminina em posições como essas, de alta liderança e decisão, promovem espaços mais inovadores e com maior desempenho. Quando falamos de empresas públicas, que têm como missão prestar serviços de qualidade à sociedade, a nova legislação fortalece o Brasil para se tornar aquele país que tanto queremos: mais justo e desenvolvido para todas as pessoas”.

O texto abrange empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias e controladas. Também são abarcadas outras companhias em que a União, os estados, os municípios ou o Distrito Federal detenham a maioria do capital social com direito a voto.

Dos postos reservados, 30% serão destinados a trabalhadoras autodeclaradas negras ou com deficiência. A política de cotas deverá ser revisada após 20 anos.

De acordo com a ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, as estatais federais como um todo já têm, em média, 25% de mulheres à frente nos conselhos. "Em tese, parece que falta pouco, só que é muito diversa entre as estatais. Algumas tem mais do que 50%, outras tem bem menos do que 30%. Então, a média tá em 25%, mas a gente precisa avançar", observou.

Caso as empresas não cumpram com os percentuais previstos em lei, a indicações seguintes para conselhos ficam travadas.

Agência Brasil e Correio do Povo