Ex-vereador de Sapucaia do Sul morre após ter carro que dirigia atingido por uma árvore

 Político, de 72 anos, faleceu no local; passageira sofreu ferimentos e segue hospitalizada

Um homem de 72 anos morreu na tarde desta quinta-feira, após ter o carro atingido por uma árvore. O caso ocorreu por volta das 17h30 na avenida Rubem Berta, no bairro Horto Florestal, limite entre os municípios de São Leopoldo e Sapucaia do Sul, na região Metropolitana de Porto Alegre.

Ele foi identificado como Mauro Perfeito da Silva e foi vereador de Sapucaia do Sul na década de 1990. Silva era advogado e atualmente ocupava o cargo de presidente do partido Podemos.

Segundo informações preliminares fornecidas pela Brigada Militar, o político transportava a filha, Lilian Soares da Silva, de 37 anos. Ela foi levada para o Hospital Getúlio Vargas e seguia internada no início da noite, mas está fora de perigo.


Correio do Povo

Melo visita casa de bombas e alerta para subida do Rio Guaíba e afluentes nos próximos dias

 Estação de bombeamento que atende a região do Aeroporto Salgado Filho recebe obra para evitar interrupção do serviço; Dmae entende que o Guaíba não deve ultrapassar cota de inundação no Cais Mauá

Estrutura será erguida a partir desta sexta-feira para evitar que água avarie equipamentos | Foto: Fabiano do Amaral


Diante das projeções de elevação do nível do Guaíba, do rio Gravataí e outros cursos d’água da região Metropolitana, a prefeitura de Porto Alegre avalia a necessidade de adoção de medidas para amenizar eventuais impactos do elevado volume de chuva dos últimos dias. A afirmação foi dada ao Correio do Povo pelo prefeito Sebastião Melo na tarde desta quinta-feira, 19, minutos antes de acompanhar uma vistoria na Estação de Bombeamento de Água Pluvial (EBAP) número 6, que atende a região do Aeroporto Salgado Filho.

Conforme o prefeito, com base nas avaliações de hidrólogos, “vai chover ainda mais e também nas áreas dos afluentes do Guaíba”. Assim, projeta que “o Guaíba deve aumentar um metro, atingindo as Ilhas e talvez um pouco da região Sul da cidade”.

Melo destacou também que o volume maior de água é esperado a partir do Guaíba, via Jacuí, a partir desta sexta-feira, persistindo ao longo do fim de semana.

Além do prefeito, diretores do Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) e representantes da Defesa Civil participaram da vistoria na EBAP 6. Contudo, a assessoria de Melo informou no início da noite que a visita não teve relação direta com uma possível elevação dos níveis dos rios. O foco teria sido a verificação do funcionamento das casas de bombas, “que seguem operando para dar resposta ao grande volume de chuva dos últimos dias, em um cenário que ainda prevê novos acumulados”.

Defesa Civil de Porto Alegre emite novo alerta para chuva intensa nas próximas horas

Já a assessoria do DMAE declarou que o departamento, “assim como os demais órgãos da prefeitura, consulta os modelos que são elaborados por hidrólogos – que, até o momento, não indicam que o Guaíba ultrapassará a cota de inundação no Cais Mauá”. Defendeu ainda que “todo o sistema foi revisado, antecipadamente” e que “o Dmae está preparado para tomar todas as medidas necessárias, se houver indicativo para tanto, em poucas horas”.

No início da noite, caminhões descarregaram materiais de construção junto da EBAP 6, conforme o CP apurou, será iniciada na manhã desta sexta-feira a construção de uma estrutura denominada chaminé de equilíbrio, que pretende isolar os equipamentos da água e evitar a interrupção do bombeamento em caso de elevação do rio Gravataí.

Correio do Povo

Exército Brasileiro auxilia resgate de famílias atingidas por enchentes no interior do Estado

 Comando Militar do Sul detalhou nesta quinta-feira as ações de apoio realizadas pelo Exército Brasileiro à população

Resgates ocorreram em Cachoeira do Sul (foto) e em São Gabriel | Foto: Comando Militar do Sul/CP


O Comando Militar do Sul detalhou nesta quinta-feira as ações de apoio realizadas pelo Exército Brasileiro à população nos municípios afetados pela chuva no Rio Grande do Sul. O 3º Batalhão de Engenharia de Combate empregou equipamentos e embarcações (botes pneumáticos) para realizar a evacuação de pessoas e a retirada de móveis das áreas de risco em Cachoeira do Sul. As ações ocorreram em apoio à Defesa Civil do município.

Além disso, os militares transportaram técnicos da Aegea Corsan, utilizando botes, para chegar em locais alagados e para a realização de reconhecimento na Estação de Tratamento de Água.

Militares do 9ª Regimento de Cavalaria Blindado ajudaram no resgate de famílias afetadas pela cheia do Rio Vacacaí em São Gabriel. Com caminhões, móveis e bens materiais dos impactados pela água foram retirados das casas, assim como animais de estimação. Os militares atuaram no bairro Passo da Lagoa, área ribeirinha da região.

Correio do Povo

Você confiaria no nosso exército numa guerra?

 


Casa é soterrada por deslizamento no bairro São José, zona Leste de Porto Alegre, após chuva

 Giovani Floriano, de 47 anos, perdeu todos os seus pertences

Temporal faz casa desabar no bairro São José | Foto: Mauro Schaefer


Uma casa no bairro São José, zona Leste de Porto Alegre, ficou soterrada após ser atingida por um deslizamento decorrente da chuva. Giovani Floriano, de 47 anos, morava sozinho no local há 26 anos. Em torno das 4h30min da madrugada, Giovani foi levantar para ir ao banheiro. Ouviu um barulho forte e, em segundos, tudo desabou.

Ele conseguiu escapar dos escombros, mas machucou a perna e os braços com o soterramento. "Esse escombro iria cair em cima da minha cabeça", ele diz, apontando para o entulho. Quase toda a casa da vítima ficou completamente soterrada. Giovane perdeu todos os seus pertences, incluindo uma geladeira, que ainda tem alimentos, um fogão e uma televisão.

"É uma tristeza. Estou desempregado e dependo do Bolsa Família", lamenta. Um barranco já havia caído na casa dele há alguns anos, mas não havia feito outros estragos. Desta vez, foi inesperado. São 40 famílias vivendo na área, e as casas adjacentes também estão ameaçando rachaduras do barranco. "Vai acabar caindo tudo por cima da minha", diz Giovani, que relata a chuva foi forte na região, e ainda persiste.

"Sinto medo, estou apavorado”

O morador até foi conseguiu abrigo, mas decidiu continuar no local, em uma parte que não desabou, mas que apresenta goteiras. A Defesa Civil acionou o Departamento Municipal de Habitação (Dehmab) para que Giovani conseguisse o Aluguel Social, mas ele afirma que o processo será demorado. "Sinto medo, estou apavorado. Posso morrer dormindo, ou posso estar acordado e cair tudo em cima de mim", diz.

A Defesa Civil, junto da Secretaria Municipal de Assistência Social, auxiliou no translado de Giovani para outra residência, antes da sua decisão de voltar à casa. Ele também conseguiu doações de cobertor e calçados. Giovani busca ajuda para reconstruir sua casa e conseguir novos pertences. Ele afirma que está aceitando doações por meio de chave Pix (51) 98106-8389.



Correio do Povo

Comitiva do governo federal visita regiões afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul

 Porto Alegre, Canoas e Eldorado do Sul são os primeiros pontos visitados pelos secretários da Defesa Civil, Wolnei Wolff, e da Reconstrução do governo federal, Maneco Hassen

Secretários e deputados visaram dar suporte aos municípios que ainda precisam de auxílios após a enchente, principalmente os que foram novamente afetados | Foto: Mauro Schaefer


Visando prestar apoio às regiões afetadas pelas chuvas que atingem o Rio Grande do Sul nos últimos dias, uma comitiva do governo federal visitou, nesta quinta-feira, o bairro Sarandi, em Porto Alegre, e deve ir a outros bairros afetados de Canoas e Eldorado do Sul. Compõe a equipe os secretários da Defesa Civil, Wolnei Wolff, e o da Reconstrução do governo federal, Maneco Hassen, e o deputado federal Paulo Pimenta.

Maneco Hassen afirmou que o objetivo é dar suporte aos municípios que ainda precisam de auxílios após a enchente, principalmente os que foram novamente afetados.

"Nosso papel nessas situações é de suporte aos municípios. Estamos indo para dialogar, mais uma vez orientar, ver com os prefeitos e lideranças onde o governo federal pode aportar recursos e quais as maiores necessidades nesse momento", afirma.

O itinerário foi escolhido com base nas principais necessidades dos municípios atingidos pelas chuvas, sendo a maioria locais que já tinha enfrentando a reconstrução por conta da enchente de maio do ano passado.

“Obviamente não se compara com a do ano passado, mas por conta de todo o conjunto, pela preocupação das pessoas e nossa, e o medo que aconteça novamente, entendemos por bem fazer esse roteiro", diz Hassen.

Moradores reivindicam avanço das obras e atenção do governo municipal e estadual à comunidade

No Sarandi, que também contou com a presença da deputada Laura Sito, os principais relatos dos moradores envolvem a demora nas obras de proteção contra cheias, as burocracias para o processo de Compra Assistida e a desassistência à comunidade do bairro, principalmente aos moradores das ruas Aderbal Rocha de Fraga e Francisco de Medeiros, que convivem com alagamentos constantes e que não dormem direito por medo. A comunidade exige respostas do governo estadual e municipal sobre uma solução para a região.

O deputado Paulo Pimenta, após ouvir as denúncias da comunidade, afirmou que, nesses casos, o governo federal não executa obra, mas que é dever do município e do governo estadual. "O Governo federal libera o recurso, não tem órgão e estrutura para fazer casa. Ele convenia e repassa o recurso", diz. Também lembrou que a obra no Sarandi era para ser emergencial, e ressaltou a necessidade de haver obras definitivas, que foram apertadas pelo governo federal em dezembro do ano passado.

"O Estado quis fazer, mas estamos em julho e não houve empresa contratada para o primeiro projeto", afirma Pimenta. Ele acrescentou planos de fazer uma nova reunião com o governo do Estado para avaliar o andamento da situação e os encaminhamentos necessários para o andamento das obras.

A deputada Laura Sito afirmou que a comunidade não tem informação sobre a situação das obras, e que o Estado não compareceu nas reuniões com os governantes municipais para conversar sobre a situação. Acrescentou a necessidade de organizar novas reuniões com o Estado, mas alegou que, se não houve contratação da empresa, "não vão ter o que apresentar".

A visita segue para outros municípios do estado. Nesta sexta-feira, a comitiva irá ao Vale do Taquari, em reunião com o prefeito de Lajeado, e a outras cidades que reportaram problemas com a chuva. No domingo, a visita será na Serra, e na segunda e terça-feira, Bagé e Pelotas.

Correio do Povo

Cachoeira do Sul foi tomada pelas águas e contabiliza pelo menos 100 pessoas desabrigadas

 Cães, gatos e cavalos foram resgatados da enchente e encaminhados para três abrigos

Agentes da Defesa Civil municipal ajudam moradores a retirarem sues pertences | Foto: Prefeitura de Cachoeira do Sul / Divulgação / CP


Mais de 100 pessoas já foram removidas de suas casas na periferia de Cachoeira do Sul. De acordo com o chefe de gabinete da prefeitura, Cleiton Santos, 85 foram direto para os dois abrigos montados na cidade, um deles na Vila Piqueri, a 30 quilômetros do Centro e onde houve o transbordamento do arroio do mesmo nome. Foram inundados dois bairros e o balneário São Lourenço, onde foram resgatadas 12 pessoas.

Além de moradores, também foi providenciado o resgate de pelo menos 50 animais, entre cães, gatos e cavalos. Parte foi levada para o Centro de Bem-Estar Animal, que já está superlotado. Outros foram para o Departamento de Vigilância Sanitária, e um outra parte para as baias no parque onde ocorre a Feira Nacional do Arroz (Fenarroz). "As baias existentes no parque foram usadas para alojar os cães", disse Santos.

A enchente na cidade começou após chover 300 milímetros em dois dias. Isto fez com que o Arroio Piquiri, que cruza a BR 290, subisse e inundasse a área, além do rio Jacuí que também transbordou. A última medição indicava que o rio estava com 21,47 metros, sendo que a cota de inundação é de 21,50 metros. O nível normal, de acordo com a Prefietura de Cachoeira do Sul, é de 18 metros.

Correio do Povo

EUA e Irã negociam trégua no conflito do Oriente Médio

 Negociação direta, incomum entre os dois países, explica as declarações de Donald Trump nesta quinta-feira; guerra entre Israel e Irã já matou mais de 240 pessoas

Guerra entre Israel e Irã já matou mais de 240 pessoas desde o dia 13 de junho | Foto: John Wessels / AFP

O enviado especial dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o chanceler do Irã, Abbas Araghchi, conversaram por telefone várias vezes desde o início dos ataques de Israel, segundo a agência Reuters.

A negociação direta, incomum entre os dois países, explicaria as declarações de Donald Trump nesta quinta-feira, 19. O presidente americano disse que decidirá se entra na guerra “nas próximas duas semanas”.

"Há uma chance de negociações em um futuro próximo”, afirmou a Casa Branca, em comunicado. Até então, Trump analisava a possibilidade de bombardear o Irã, sugerindo que os ataques seriam iminentes, ao mesmo tempo insistindo que não era tarde demais para um acordo.

Ontem, ele pareceu optar pela diplomacia. Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, confirmou que Witkoff está em contato com autoridades iranianas, sem dar detalhes.

O Irã abandonou as negociações com os EUA sobre seu programa nuclear depois que Israel iniciou seus ataques, na semana passada.

Diálogo

Segundo a Reuters, citando três diplomatas, que pediram para não serem identificados, o chanceler iraniano comunicou a Witkoff que o Irã não retornaria às negociações a menos que Israel parasse com os ataques.

Os telefonemas desta semana entre Witkoff e Araghchi foram as conversas diretas mais substanciais entre EUA e Irã desde que os dois países começaram as negociações em abril.

Em duas ocasiões, em Omã e na Itália, os dois haviam trocado apenas breves palavras quando se encontraram, sempre em negociações indiretas, mediadas por outros países.

Um diplomata do Golfo, próximo a Teerã, citado pela Reuters, disse que Araghchi informou aos EUA que Teerã poderia “flexibilizar a questão nuclear” se Washington pressionasse Israel a acabar com a guerra.

Trump quer que o Irã pare de enriquecer urânio em seu território, enquanto o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, disse que o direito de enriquecimento é inegociável. Os iranianos têm um estoque de urânio enriquecido a 60%, muito além do necessário para uso civil e a um curto passo do nível usado em uma bomba.

Como muitas instalações nucleares iranianas estão encravadas em montanhas, como a usina de Fordow, a única forma de destruir as centrífugas seriam as bombas antibunker, dos EUA - além de não possuir esse tipo de armamento, Israel não tem aviões capazes de transportá-las.

Destruição

Ontem, no entanto, primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse que seu país tem capacidade para atingir todos os seus objetivos sozinho, incluindo a destruição das instalações nucleares do Irã. Mesmo assim, ele voltou a pedir que os EUA entrem na guerra.

O gabinete de Netanyahu demonstrou indignação com o regime iraniano, depois que um míssil atingiu ontem o Hospital Soroka, o principal do sul de Israel - mais de 70 pessoas ficaram feridas. O premiê israelense jurou vingança. “O Irã pagará um preço alto”, disse.

O ministro israelense da Defesa, Israel Katz, culpou o aiatolá Khamenei, a quem chamou de “Hitler moderno”. Katz afirmou que o aiatolá “não pode mais seguir existindo”.

“Nossas forças armadas foram instruídas e sabem que, para atingir todos os nossos objetivos, este homem (Khamenei) não deveria mais existir.” Ao todo, segundo autoridades israelenses, os ataques de ontem do Irã deixaram 240 feridos.

Os militares israelenses disseram ter atingido um reator inativo na usina de Arak, para evitar que o local seja reativado no futuro, e uma instalação de produção nuclear na região de Natanz. O Irã afirmou que não houve danos substanciais.


Estadão Coneúdo e Correio do Povo

GUERRA ISRAEL-IRÃ E A POSSÍVEL ENTRADA DOS EUA NO CONFLITO | 3 EM 1 - 19/06/25

 

Rússia alerta os EUA contra uma “intervenção militar” na guerra Irã-Israel

 Aviso aconteceu após conversa entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o chinês, Xi Jinping, que condenaram os ataques israelenses contra o Irã e pediram uma solução diplomática

Conflito entre Israel e Irã dura há quase uma semana | Foto: Menahem Kahana / AFP


O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou nesta quinta-feira (19) os Estados Unidos contra uma “intervenção militar” no conflito entre Irã e Israel, afirmando que isso poderia ter “consequências negativas realmente imprevisíveis”, declarou à porta-voz da chancelaria, Maria Zakharova.

“Gostaríamos de anunciar particularmente Washington contra uma intervenção militar nesta situação, o que constituiria um passo extremamente perigoso com consequências negativas realmente imprevisíveis”, declarou Zakharova aos jornalistas.

A Rússia emitiu o alerta depois que o presidente russo, Vladimir Putin, e seu par chinês, Xi Jinping, condenaram os ataques israelenses contra o Irã e pediram uma solução diplomática, após uma conversa telefônica entre os dois líderes.

Ambos “condenam energicamente as ações de Israel”, informou o Kremlin.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na quarta-feira que estava considerando juntar-se à operação contra o Irã. “Pode ser que eu faça isso, pode ser que não”, afirmou.

Putin também se ofereceu como mediador no conflito — uma proposta criticada pela União Europeia e que também não agradou a Trump.

“Não depende de Trump aceitar ou rejeitar esses serviços de mediação”, reagiu nesta quinta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que acredita ser essa uma decisão dos países “diretamente envolvidos no conflito”.

A Rússia mantém boas relações com Israel, mas esse vínculo tem sido afetado pela intervenção russa na Ucrânia e pela guerra em Gaza. Nos últimos anos, Moscou estreitou suas relações com Teerã.

AFP e Correio do Povo