Chama Crioula é acesa e oficializa abertura do Acampamento Farroupilha

 Cerimônia foi acompanhada por autoridades, tradicionalistas e público em geral no Parque Harmonia



Sobre gritos e aplausos, o prefeito Sebastião Melo e a patrona dos festejos Farroupilhas, Vera Aguiar acenderam a Chama Crioula marcando abertura oficial do Acompanhamento Farroupilha, que depois de dois anos voltou ao formato presencial. A cerimônia ocorreu no fim da tarde de quarta-feira,, no pavilhão central do Parque Harmonia, bairro Praia de Belas, em Porto Alegre. O ato foi acompanhado por autoridades, pelo público, por  cerca de 50 cavalarianos e cavalarianas da Lomba do Pinheiro, Morro da Cruz e Belém Novo e convidados pelo Piquete dos 250 anos. Neste ano ,a comemoração congrega três datas especiais:  200 anos da independência do Brasil,  40 anos do Acampamento Farroupilha e 250 anos de Porto Alegre. 

O prefeito Sebastião Melo ressaltou que a festa está acontecendo devido à comunhão de esforços e agradeceu os envolvidos, inclusive os patrocinadores. Melo destacou que é uma representação “da tradição no Rio Grande do Sul, um estado que lutou para ser brasileiro”. O chefe do executivo municipal também enfatizou a “excelente escolha”  de Liliana Cardoso como  presidente da comissão dos festejos,primeira mulher negra a exercer o cargo. Liliana é nativista, declamadora, radialista, mestre de cerimônias e apresentadora. 

O diretor de negócios da GAM3 PARKS, concessionária responsável pela gestão do Parque Harmonia, Vinicius Garcia, firmou um compromisso público de manter o evento durante os  35 anos em que a empresa irá administrar o local. “É um espetáculo da cultura gaúcha e um dos mais importantes festejos brasileiros”, afirmou, salientando que essa festividade está prevista no edital de concessão.  

A Chama Crioula, acesa com a centelha da pira da Pátria, permanecerá no Parque da Harmonia até dia 20 de setembro, quando ocorrerá o desfile farroupilha em todo o Estado.  

Correio do Povo

Cosmonauta estende bandeira do Brasil em homenagem ao Bicentenário da Independência

 Oleg Artemiv publicou vídeo no Instagram da bandeira brasileira diretamente da Estação Espacial Internacional



O astronauta russo Oleg Artemiv publicou nesta quarta-feira um vídeo com a bandeira do Brasil diretamente da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). O cosmonauta homenageou o país no dia que marca o Bicentenário da Independência.

O vídeo publicado por Artemiv mostra a bandeira do Brasil flutuando na microgravidade da ISS, enquanto o planeta Terra aparece desfocado no fundo. A publicação teve mais de 50 mil curtidas e ficou marcada por comentários de brasileiros agradecendo pela homenagem.

Além de internautas anônimos, o perfil oficial da Rússia na rede social também comentou o vídeo com um “olá” para o país. Além das belas imagens da bandeira brasileira, o cosmonauta fez questão de colocar a música Chorando se Foi da banda Kaoma, que fez muito sucesso por aqui na década de 1980. Na Rússia, a canção é lembrada até hoje e se tornou sinônimo de Brasil.

R7 e Correio do Povo

Conheça a Comandante Nádia, candidata ao Senado pelo PP

 Edição especial "Eleições 2022" do podcast Matriz traz um resumo dos principais candidatos ao Congresso



"Minha bandeira por óbvio é a segurança pública. Vamos fortalecer as polícias, vamos fazer uma um projeto de lei nacional que possa ser estimulado o incentivo à compra de armas, de viaturas, de equipamentos para as polícias", essa é uma das principais pautas que a candidata ao Senado pelo PP, Comandante Nádia, quer levar para Brasília caso eleita. Vereadora de Porto Alegre em seu segundo mandato, ela concorre na chapa de Luis Carlos Heinze (PP) que disputa o Piratini. Natural de Porto Alegre, Nádia atuou por 27 anos na Brigada Militar, já foi diretora da estadual de Justiça e durante um período comandou a pasta de desenvolvimento social de Porto Alegre. 

Para conhecer um pouco mais sobre a candidata, confira o episódio especial do Matriz. O podcast está fazendo uma série de entrevistas com os candidatos ao Senado, que se encontram na próxima quarta-feira (14), no debate realizado pela Rádio Guaíba e o Correio do Povo, na Amrigs.

Ouça:


Ouça "Conheça a Comandante Nádia, candidata ao Senado pelo PP" no Spreaker.

Correio do Povo

Lavadora de Roupas Consul 12kg Cesto Inox - 16 Programas de Lavagem Branca CWH12 ABBNA

 


A lavadora de roupas Consul CWH12 ABBNA na cor branca irá facilitar o seu dia a dia e ajudar você a economizar.Com 12Kg de capacidade de roupa seca, tem 450 W de potência, porta/tampa de vidro, gabinete metálico e cesto de inox com base de plástico.Tem ainda, 4 níveis de água e 16 programas de lavagem como:- Dosagem Extra Fácil: Suas roupas ficam bem lavadas e você ainda tem uma economia de até 70% de sabão em pó. - Ciclo Edredom: Até o seu edredom fica bem lavado.- Dual Dispenser: Com o novo formato do dispenser, abastecer e limpar ficou muito mais fácil. E ainda, dilui o sabão e o amaciante antes de entrar em contato com a roupa, evitando manchas.- Nível Fácil: Evita o desperdício e garante a lavagem ideal. Você coloca as roupas na máquina, vê em que nível elas chegam na régua dentro do cesto, e usa o mesmo nível para dosagem de sabão e água.- Lavagem Econômica: Pode reaproveitar a água usada na lavadora para outros usos na sua casa.- Enxague Duplo: Remove ainda mais resíduos de sabão que o enxágue comum para garantir que suas roupas fiquem ainda mais limpas.- Função Mais Secas: Centrifuga mais as roupas diminuindo o tempo delas no varal, além de trazer mais facilidade na hora de tirá-las da máquina- Ciclo Rápido: Lavagem ideal para roupas pouco sujas, e ainda economiza energia e tempo.

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Apple lança iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max com preço inicial próximo de R$ 10 mil

 Modelos de ponta da marca contam com o processador A16 Bionic, câmeras mais potentes e um notch mais discreto



A Apple apresentou no evento desta quarta-feira o iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max. Os dois modelos são os primeiros da marca a terem um design diferente na parte frontal. Desta vez, o notch ficou menor, a região da tela onde ficam sensores e a câmera frontal.

Durante a apresentação, o CEO da Apple, Tim Cook, chama o iPhone 14 Pro e o Pro Max de “a linha profissional mais inovadora até agora”.

Os novos iPhones topo de linha são realmente voltados para quem necessita de um aparelho com muito desempenho e câmeras capazes de fazer fotos em altíssima qualidade e vídeos em 4k. O novo processador A16 Bionic é 40% mais rápido que outros modelos concorrentes. 

Os aparelhos seguem com três câmeras traseiras, sendo a principal com 48 megapixels e uma ultrawide de 12 MP. O iPhone 14 Pro foi anunciado no site oficial da Apple a partir de R$ 9.499 e o iPhone 14 Pro Max sai por R$ 10.499.

R7 e Correio do Povo

Anitta apaga fotos e deixa de seguir o namorado após desabafos em rede social

 A artista se relacionava com o produtor musical Murda Beatz

Anitta em recente premiação do Multishow 

Parece que Anitta e o produtor musical Murda Beatz podem ter colocado um ponto final na relação. Depois que a cantora publicou no Twitter uma indireta em forma de desabafo, na noite da última terça-feira, fãs da artista ficaram em polvorosa e perceberam ainda que ela arquivou as fotos com Murda do Instagram e deixou de segui-lo na rede social. O unfollow foi retribuído por ele na mesma plataforma.

Anitta iniciou o desabafo afirmando que estava se sentindo usada. "Existem pessoas que escolhem habitar neste entorno obscuro para que possam desfrutar do pote de ouro, mas querem te puxar junto. Querem te usar de resgate caso estejam se afogando, mesmo que isso possa te prejudicar. Mas felicidade é liberdade, e depender de um pote de ouro", escreveu. "(Seja lá o que esse ouro seja para você dentro da sua realidade) não é liberdade. Dependência é o oposto de liberdade, sem liberdade não há como saber amar a si mesmo. E só sabe amar o outro quem ama a si mesmo", completou.

Depois, a artista publicou um texto que trata sobre chegar ao final do arco-íris e descobrir o pote de ouro, mas perceber que sua inocência se foi. "É possível tomar o caminho de volta, mas é impossível retomar a beleza que a ignorância dava a sua visão das coisas. O brilho do pote de ouro junto à escuridão que tinha ao seu redor, mudou seus olhos para sempre", finalizou.

Anitta e Murda Beatz assumiram que estavam juntos em junho deste ano. O produtor, que já trabalhou com grandes nomes como Ariana Grande e Drake, acompanhou a cantora no Video Music Awards da MTV (VMA), em agosto, quando ela ganhou o prêmio de Melhor Música Latina pelo hit Envolver, fazendo história na música brasileira.

Em defesa de Anitta

Sem perder tempo, fãs brasileiros da cantora "invadiram" as redes sociais do canadense para defender a artista. Eles encheram de comentários um vídeo postado por Murda, no início de julho, em que Anitta aparece dançando o hit No Más, parceria com Quavo, J. Balvin e Pharrel. "Perdeu", escreveu um deles.

Muitos desses fãs já estão "shippando" a cantora com o colombiano Maluma, que já fez parceria com a cantora em algumas músicas, entre elas, o recente sucesso El Que Espera.

O nome dele chegou a ser um dos assuntos mais comentados na web após o artista publicar uma mensagem enigmática nos stories do Instagram, pouco depois dos seguidores de Anitta especularem o término do namoro d

Agência Estado e Correiod o Povo

Conheça os três novos modelos de Apple Watch: Series 8, SE e Ultra

 Empresa apresentou recursos para monitorar a saúde da mulher, para identificar acidentes de carro e auxiliar em esportes radicais



A Apple realizou nesta quarta-feira o evento de lançamento dos produdos que chegam às prateleiras em breve. A primeira novidade apresentada foram os três novos modelos de Apple Watch: Series 8, SE e Ultra.

Os sensores de movimento do Apple Watch Series 8 podem ajudar a salvar a vida do usuário. Um novo recurso, que deve ser lançado também para modelos anteriores, consegue identificar quando uma pessoa está dirigindo e se envolve em um acidente de trânsito.

Voltado para a saúde das mulheres, o novo modelo de Apple Watch ajuda a acompanhar o ciclo menstrual a partir da variação da temperatura corporal, registrada a cada 5 segundos pelo dispositivo.

Segundo a Apple, o relógio inteligente pode ajudar a indicar quando está ocorrendo a ovulação e notificar a usuária diretamente na tela. As informações são pessoais e é necessário o uso de senhas ou do Face ID para desbloquear e acessar os dados coletados e armazenados, que são criptografados.

O novo SE é a segunda geração do modelo básico de smartwatch da empresa. Essa é a versão mais barata dos novos modelos apresentados. O Series 8 e o SE estarão disponíveis a partir de 16 de setembro.

Apple Watch Ultra

O Apple Watch Ultra é o modelo robusto e sofisticado da marca. O relógio apresenta um novo design com uma tela maior, um novo design e um foco em atividades ao ar livre. O novo dispositivo tem uma nova proteção de botão na lateral, com uma caixa de titânio de 49 mm e coroa digital redesenhada.

Segundo a Apple, os botões e as coroas foram projetados para serem usados até mesmo quando o usuário estiver usando luvas, o que é uma grande preocupação para os atletas ao ar livre. Para esportes aquáticos, há recursos específicos voltados para praticantes de kitesurf e tem resistência à água WR 100.

R7 e Correio do Povo

Geladeira/Refrigerador Consul Frost Free - 1 Porta Branco Facilite 300L CRB36 ABANA

 


A Geladeira/Refrigerador CRB36AB da Consul é o que faltava na sua casa. Isso porque ela conta com uma porta e sistema de refrigeração Frost Free, ou seja praticidade garantida. Tem também controle de temperatura que pode ser regulado para melhor atender as condições de conservação dos alimentos, porta-latas para 06 unidades, porta-ovos e compartimento Extra Frio, que prolonga o tempo de conservação e resfria mais rapidamente alimentos de consumo diário e também as bebidas. Deixe sua cozinha mais bonita e conserve bem os seus alimentos!

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Quinta-feira será de calor no RS, com máximas acima de 30ºC em muitas cidades

 O sol deve aparecer em todo o Estado



Uma massa de ar quente toma conta do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira e causa aumento da temperatura em todas as regiões. As máximas devem ficar perto dos 30ºC em muitas cidades gaúchas e passam dos 30ºC em alguns municípios durante a tarde. O sol aparece em todo o Estado. 

Com o aquecimento, chuva muitíssimo isolada pode ocorrer da tarde para a noite em alguns pontos. O avanço do ar mais quente sobre as águas frias do oceano pode gerar nevoeiro costeiro em setores da orla.

Na área metropolitana e nos vales, as máximas podem chegar ao redor dos 29ºC ou 30ºC. À tarde, as marcas devem ficar em torno dos 30ºC na região de Uruguaiana. Em outros pontos da Fronteira Oeste, a temperatura fica entre 31ºC e 33ºC. O Noroeste gaúcho pode ter máximas de 32ºC a 34ºC.

A tendência é de aquecimento maior entre esta quinta e sexta-feira, antes de uma nova frente fria derrubar a temperatura no Estado até o final da sexta.

Mínimas e máximas no RS nesta quinta-feira

Bagé 12ºC / 26°C
Ausentes 5°C / 24°C
Vacaria 7°C / 26ºC
Torres 14ºC / 25°C
Erechim 12°C / 30°C 
Cruz Alta 14ºC / 31ºC
Santa Rosa 14ºC / 33ºC

Correio do Povo

EXALTAÇÃO À PÁTRIA BRASILEIRA

 Para bem exaltarmos a Independência da Pátria, ocorrida em 7 de setembro de 1822, mister se faz, preliminarmente, que façamos uma histórica e longa visada-à-ré, a fim de bem entendê-la.  Dizia Cícero que “a História é a Mestra da Vida”, pois ela é a senhora dos tempos, a luz da verdade, a vida da memória, a mensageira da antiguidade. E a História, também considerada como  "A Rainha das Humanidades", para ser de utilidade ao Homem e ter sempre por escopo a verdade e a justiça, deve assentar-se em duas condicionantes: o seu registro e a sua veracidade; sem registros, ela se perde, além também de ser passível de deformação, pelo que o historiador não pode ser levado por caprichos, simpatias ou antipatias: ele deve primar pela neutralidade, contextualizar os fatos, ser isento, amoral (no sentido sociológico do termo), imparcial, enfim.

  Em 22 de abril de 1500, este país-continente foi descoberto, mercê da audácia, coragem e determinação do indomável português, quando a frota de Pedro Álvares Cabral aportou na Bahia, “achando” a nova terra. Naquele ano final do século XV (e não XVI, como é correntio dizer-se), acentuava-se de forma exacerbada, o sentimento de religiosidade. As tradições do Condado Portucalense, berço da nacionalidade lusa, remontam aos monges-soldados das Ordens Militares, que lutaram junto à Cruzadas, contra os mouros invasores da Península Ibérica, e profanadores de locais sacrossantos, como o Templo de Salomão, razão pela qual foi criada a esotérica Ordem dos Cavaleiros Templários, extinta pelo Papa, em 1319. Para substituir a Ordem dos Templários, o rei Dom Diniz instituiu a Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Infante Dom Henrique, “o Navegador”, era o grão-mestre dessa Ordem e, ao fundar a "Escola de Sagres", no início do século XV, convocou os melhores Cavaleiros da Entidade para as grandes navegações marítimas. “Navegar é preciso, viver não é preciso!”. Era o apelo, digamos, propagandístico, da famosa Escola (que não existia fisicamente, mas era considerada uma escola, em vista da reunião constante de navegadores em Sagres) com vistas ao recrutamento e à formação dos melhores argonautas. Tal marketing, na realidade, queria dizer que a navegação era segura e precisa, de precisão matemática, em face do desenvolvimento do que hoje chamamos de ciência e tecnologia e que Portugal vinha muito bem dispondo, tudo ao contrário do que ocorria na incerta existência humana. Não se referia ao desprezo pela vida, a qual, então, passaria a ser secundária à arte de navegar; não era o “maktub” (“estava escrito”) árabe, tão combatido por eles, fervorosos católicos, mas uma motivação científica (os portugueses detinham a mais avançada tecnologia de navegação do mundo) para o ato de singradura pelo desconhecido Mar-Oceano. Fernando Pessoa, posteriormente, deu um sentido poético e fatalista ao slogan, o qual passou a ser mal compreendido até hoje.

  Pelo sentimento forte de religiosidade, as naus e caravelas de Portugal, que zarpavam para mares nunca dantes navegados, conduziam em suas brancas velas, com reverência e orgulho, a Cruz da Ordem de Cristo, estampada em vermelho vivo, cor original da Corporação, cuja finalidade eram “a expansão do Império e a propagação da fé, até lá bem donde nasce o sol” (diga-se, por ilustração, que a bandeira da Ordem de Cristo foi, até meados do século XVII, a da terra recém descoberta, o nosso amado Brasil) e, segundo Camões, “se mais terras houvera, lá chegara” o intrépido lusitano, sob o lema do “enverga mas não quebra!”.  O Brasil foi, portanto, descoberto, melhor dizer-se, “achado”, em decorrência de um ousado empreendimento religioso-militar. Destarte, o país nasceu sob a proteção da Cruz e da Espada, tanto que o motivo do sermão da Primeira Missa foi o do sinal da cruz, razão por que o Almirante Pedro Álvares Cabral determinou que se substituísse por uma cruz de madeira, o conhecido padrão de posse, com as Armas de Portugal, ato bem caracterizado em consagrada aquarela, de Pedro Peres, de título “A Elevação da Cruz”, constante do acervo do Museu de Belas Artes, no Rio de Janeiro.  As glórias desses fastos de nossa bela gesta se devem a Pedro Álvares Cabral e aos seus argonautas, os monges-soldados, mas, fundamentalmente, à galhardia portuguesa que pode tão bem ser evidenciada, na determinação para a construção do monumental Forte Príncipe da Beira, por Dom Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres, governador e Capitão-General da Capitania de Mato Grosso, em 1776, que assim ordenou: “A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso Senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso se dê, é serviço de Portugal. E tem que se cumprir!”.  Para ainda melhor entendermos a nossa Independência, urge que remontemos ao ano de 1808, quando a Corte portuguesa se transmigrou para o Brasil. Passados pouco mais de duzentos anos a interpretação do fato se torna muito mais fácil. Quando Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental contra os interesses britânicos, Portugal, aliado da Inglaterra, não dispunha de meios suficientes para enfrentar o poderio bélico francês. Dom João seria feito prisioneiro pelas tropas franco-espanholas, como ocorrera com o seu cunhado, Fernando VII, da Espanha, e perderia o Trono. Então, para preservar a Coroa, a dinastia dos Bragança e o próprio reino português, o Príncipe Regente decidiu não se submeter à invasão do general Junot, embarcando para o Brasil, a sua principal Colônia. O Oceano Atlântico, dominado pela Marinha inglesa, seria a natural proteção da Corte em terras brasileiras. Os portugueses permaneceriam resistindo junto com o Exército inglês, até à retirada dos invasores. Napoleão diria, ao depois, que fora enganado por Dom João. Portanto, a transmigração da Corte lusitana afigura-se, na visão histórica hodierna, como uma alternativa bastante lógica para a sobrevivência do pequeno Portugal. Ademais, tal alternativa, longe de ter sido uma fuga covarde, como se apregoa, alhures, foi preparada com muita antecedência, sem improvisação. Grandes vultos da História lusa, como o Marquês de Pombal e o Conde de Linhares, a haviam aconselhado (acrescente-se que ela foi vaticinada pelo notável Padre Antônio Vieira), caso Portugal, um país de pequena dimensão, pouco populoso e de reduzido poder militar, fosse ameaçado em sua integridade territorial. Lorde Strangford, à época embaixador inglês em Portugal, nos dá conta de um acordo secreto, celebrado com a Inglaterra, que previa a fundação de um grande Reino no Brasil, com a anexação da Cisplatina (consigne-se que tal viria a ocorrer, além da invasão da Guiana Francesa). Convém lembrar, finalmente, que uma transladação do porte da ocorrida, não se faz de afogadilho. Aproximadamente 15.000 pessoas embarcaram em 36 naus e fragatas, com valiosíssimo acervo, preciosos bens públicos e privados, suprimentos de toda ordem etc. Não houve, pois, uma infame deserção e, sim, uma magistral manobra geopolítica muito bem urdida. Relembremos dos principais atos régios na esfera da administração civil e na área militar praticados por Dom João, que viria a ser, como Dom João VI, a augusta figura do 27° Rei de Portugal. Foram eles: - a abertura dos portos às nações amigas; - a elevação da Colônia - um Vice-Reinado -, a “Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves”; - a implantação da Imprensa Régia; - a criação do Conselho de Estado, do Banco do Brasil, da Casa da Moeda, da Biblioteca Real, do Museu Real, do Horto Florestal, do Jardim Botânico etc.; - a fundação da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, depois Academia de Belas Artes, e da Academia Real de Desenho, Pintura, Escultura e Arquitetura Civil;

 - a criação de duas Escolas de Medicina, no RJ e na BA;

 - a contratação de uma Missão Cultural Francesa e de outras de menor porte, de cunho científico e artístico integradas por nomes consagrados internacionalmente, comoVon Spix, Von Martius, Langsdorf, Lebreton, Montigny, Debret, Rugendas, Saint Hilaire e outros;    - o início das atividades das indústrias naval (em especial para fins militares), no RJ e BA, e siderúrgica em MG  e SP; - a vinda da Divisão de Voluntários Reais, uma tropa de elite do Exército Português; - a criação dos ministérios dos Negócios Estrangeiros e da Guerra; - a instalação da Academia de Marinha e a criação da Academia Real Militar; - a criação das Fábricas de Pólvora e de Armas; - a criação dos arsenais de Guerra e da Marinha; - a padronização de uniformes, armamento e equipamentos para todas as tropas do País, e a criação de diversas Organizações Militares nas Capitanias; - a extinção das tropas de 3ª linha – as “ordenanças” – e a reestruturação e reaparelhamento das de 1ª e 2ª linhas.   Gostaríamos, agora, de registrar as proféticas declarações geoestratégicas de Dom Rodrigo de Souza Coutinho, o Conde de Linhares, primeiro ministro da Guerra de Dom João, e Precursor da Geopolítica brasileira: - Citação: “O Brasil é sem dúvida, a primeira possessão de quantas os europeus estabeleceram fora de seu continente, não pelo que há, atualmente, mas pelo que pode ser no futuro. A feliz posição do Brasil dá a seus possuidores uma  tal superioridade de forças, pelo aumento da povoação que se alimenta dos seus produtos e facilidade do comércio, que, sem grandes erros políticos, jamais os vizinhos do Norte e do Sul lhes poderão ser fatais” –Fim da Citação.

  Impende lembrar que a permanência joanina, de doze anos no Brasil, redundou no que Sílvio Romero cognominou de a “Reversão Brasileira”, ou seja, com a vinda da Corte e, além disso, do Estado português para o Brasil, a Metrópole passou as ser “Colônia da Colônia”. O período joanino, outrossim, nos legou a fantástica unidade territorial e linguística e a consolidação da nacionalidade brasileira. Nossos maiores Orgulhos! Não apenas por isso, Dom João é tido, com justa razão, como o “Consolidador da Unidade Nacional” e não o personagem grotesco como “malditos sejam” o retratam. Ele possuía uma mente assaz lúcida e, o principal, era senhor de excepcional visão prospectiva, digna dos melhores estadistas. O Príncipe amava o Brasil e sabia, com coragem e determinação, tomar sérias decisões. E lembremos de que a nossa nacionalidade, consolidada por Dom João VI, é de extração essencialmente lusitana; ela provém do vetusto Portugal, um dos Estados mais antigos da Europa, de historial multissecular; ela provém de Viriato, da velha Lusitânia; de Dom Afonso Henriques, o Fundador da Monarquia portuguesa; do Condestável Dom Nuno Álvares Pereira (hoje, São Nuno Álvares Pereira, o herói da batalha de Aljubarrota); do Infante Dom Henrique, o “Navegador”, e de sua "Escola" de Sagres; do Almirante Pedro Álvares Cabral e de seus monges-soldados; ela provém das glórias pretéritas do Exército Português que ostenta e se ufana do seguinte apotegma: “Somos o Exército daqueles em quem poder não teve a morte, que por vencidos jamais se conheceram e cuja fama se perde distante no silêncio de tempos remotos”; ela provém do poeta-soldado Luiz Vaz de Camões e de tantos outros insignes personagens históricos como, repita-se, Dom João VI, que muito bem souberam cumprir Portugal! A nacionalidade brasileira não provém das tabas indígenas nem das cubatas africanas ou tampouco de outras etnias que, inegavelmente, também muito contribuíram para tal. Somos uma raça cósmica, mistura de todas as raças, sem predomínio de nenhuma delas, fruto do luso-tropicalismo, na afirmação do saudoso e grande 'explicador' do Brasil, Gilberto Freyre que, acrescente-se como corolário, soube enaltecer como ninguém, o altivo, glorioso e invicto Exército de Caxias, o qual, em seu dizer, “é a mais lídima e representativa das Instituições nacionais: o verdadeiro índice do povo brasileiro”.

  É disso que devemos nos recordar com ufania, sendo certo que Dom João, um dos pró-homens de nossa História, pavimentou o caminho para que seu filho, o Príncipe Dom Pedro, proclamasse a Independência do Brasil. Seria despiciendo, um mero exercício de tautologia, recordarmos dos principais fatos que culminaram com o 7 de setembro de 1822. Todavia, cometeríamos uma injustiça histórica se não citássemos os excelsos nomes da Princesa Leopoldina - "A Madrinha da Independência do Brasil" e "Libertadora da Pátria Brasileira" - e de José Bonifácio de Andrada e Silva, "O Patriarca da Independnência"... E nos ensina Capistrano de Abreu que o retorno imposto a Dom João, pelas Cortes portuguesas, em 1821, pode-se caracterizar como a “independência de Portugal” em relação ao Brasil.  Por último, na relembrança de nossa completa Independência, não podemos deixar de anotar o 7 de abril de 1831, quando o sentimento de exacerbado nacionalismo fez com que Dom Pedro I, premido pelas forças vivas da Nação (o Exército Nacional à frente), abdicasse do Trono em nome de seu filho, o futuro Dom Pedro II, então com cinco anos de idade, e embarcasse para Portugal. É que Dom Pedro estava se tornando cada vez mais impopular ao povo brasileiro, máxime após 1826, quando faleceu Dom João VI, o qual, por testamento, deixara o Trono de Portugal para o Imperador do Brasil. Dom Pedro se empolgou com a decisão paterna, e, como Dom Pedro IV, de Portugal, nomeou uma Regência para representá-lo em sua terra natal e concedeu uma Constituição à nação portuguesa. Tais atitudes muito abespinharam os brasileiros, o que fez com que Dom Pedro recuasse e abdicasse do trono português, em nome de sua filha mais velha, Dona Maria da Glória. Mas os conflitos entre portugueses e brasileiros se agudizaram e se transformaram em conflitos de rua, no Rio de Janeiro. À volta de Dom Pedro I, de Minas Gerais, em março de 1831, ocasião em que o Soberano lá observou uma atmosfera de desconfiança quanto à sua pessoa, devida à frieza das recepções, os portugueses o receberam no Rio, provocativamente, com grandes festejos e manifestações de alegria, acendendo luminárias à sua passagem pelas ruas, o que resultou no conflito conhecido como “A Noite das Garrafadas” (na realidade, os graves distúrbios entre brasileiros e portugueses ocorreram nos dias 12, 13 e 14 de março de 1831). Dom Pedro nomeou um ministério, em 5 de abril, composto quase que exclusivamente de senadores de sua inteira confiança, mas francamente antipopulares. O povo e as tropas sublevadas se insurgiram, exigindo a volta do ministério anterior ao de 5 de abril. O Imperador, não querendo ceder às exigências brasileiras, resolveu abdicar em 7 de abril, em favor de seu filho menor, Pedro de Alcântara, e embarcou para Portugal, deixando José Bonifácio, como tutor de seus filhos.  O forte sentimento de brasilidade, que imperou em 1831, deveria servir de “leit motiv” para as gerações posteriores!  Já nos prelecionava Coelho Neto, em seus “Mandamentos Cívicos”: “Ama a terra em que nasceste e à qual reverterás na morte. O que por ela fizeres, por ti mesmo farás, que és terra e tua memória viverá na gratidão dos que te sucederem”.  Nada é mais importante para a grandeza de um País do que o Patriotismo, valor-supremo que deveria ser por demais cultivado!  Filgueiras Lima, exponencial vate da Ilustração Cearense, indignava-se contra a carência de patriotismo, nessas estrofes de seu poema “Brasil dos meus Avós”:  “Brasil dos meus avós, acorda!  Vem trazer-nos o ardor que rugia e cantava  No peito de teus filhos de outras eras  De Caxias, Osório, Sampaio e Tiradentes.  Dos heróis de Itororó e Tuiuti,  Que rolaram no pó, rubros de sangue, Com o coração e o pensamento em ti!  Brasil dos meus avós,  Ressurge, dentro de nós, nesta hora extrema!  Inspira-nos um cântico marcial e romântico  Que seja como a nova Marselhesa    Da Pátria de Peri e de Iracema.  Faze que cada brasileiro, neste instante,  Lembre o velho cocar, o vetusto diadema  A tremular, medievalescamente,  Na fronte heril dos teus guerreiros selvagens  Guerreiros mais humanos e sensíveis do que os homens maus do Velho Mundo  Que, irrompendo do céu ou do fundo do mar,  Matam mulheres, velhos, paralíticos,  Tão só pelo desejo infame de matar...  Brasil dos meus avós  Dá-nos aquela mesma galhardia  Dos teus veros heróis das matas virgens,  Que marcavam a hora dos recontros bélicos  À plena luz do dia  E cumpriam a palavra dada  Como coisa sagrada  Sem dissimulação nem covardia...  Brasil dos meus avós  Eu bem o sinto!  Estás dentro de nós, Brasil de meus avós!  Sincero, puro, másculo, viril  Tu que és o Brasil de hoje e de sempre,  O imortal Brasil!"  O Brasil, nossa Pátria, com pouco mais de quinhentos anos de História, é um País singular, em especial por suas incomensuráveis potencialidades e população, esta preponderantemente generosa, alegre, acolhedora de povos das mais variadas origens. Todos esses povos aqui se miscigenaram e formaram, nunca é demais repetir, uma raça cósmica, uma meta-raça, sem predominância de nenhuma delas, forjando o Homem Brasileiro, do qual devemos sempre e sempre nos orgulhar. A nossa gente é essa mistura de raças, religiões e costumes, sem qualquer distinção; é a heterogeneidade que, entretanto, se torna una, coesa, monolítica, indivisível, nas ocasiões em que se ouve o Hino Nacional, ao se contemplar a Bandeira a drapejar nos mastros, ou quando das festividades desportivas, solenidades cívico-patrióticas, etc.  Em verdade, já dizia o poeta popular Djalma Andrade, em “Brasil Atrapalhado”:

  "A gente fala, protesta,

  Nesta terra nada presta.  O povo é lerdo, indolente...  É a farra, ninguém trabalha,  A peste, a pátria amortalha  Sob o sol rude, inclemente...  A lei é mito, pilhéria...  Ninguém liga a coisa séria  Não há remédio, é da raça.  A vida se desbarata  O pinho, a cuíca, a mulata,  O amarelão, a cachaça...  A gente murmura, fala  Velhos defeitos propala  Em língua rude e vil  É a pior terra do mundo  Mas no fundo, no fundo,  Quanto amor pelo Brasil!  Tudo da boca pra fora!  Porque cá dentro ele mora  Cá dentro é que gente o sente  Meu Brasil atrapalhado,  Meu Brasil confuso e errado  Você vê que o povo mente.  Você vê que a gente grita  Mas vê também que é infinita  Esta paixão por você...  Se a Bandeira levanta,  Lá vem o nó na garganta,  E você sabe por quê...  Você sabe e não se importa  A nossa injúria suporta  E o nosso labéu também...  Deixe que xingue, que bata  A gente fere e maltrata,  Quase sempre, a quem quer bem.  Meu Brasil, aqui baixinho,  Ouça, sou todo carinho,  e a minha alma você vê...  Qualquer perigo que corra,  Se for preciso que eu morra,  Eu morrerei por você..."  O Brasil é essa vastidão de dimensões continentais. É a “Nação do Sol”, e o "Império das Águas", onde vamos encontrar, em abundância, a trilogia para a existência da vida: ar, água e sol. Assim, em se sabendo aproveitar esses elementos da natureza, teremos de sobra, como ninguém, a Energia, que tudo move no Universo! O exemplo maior é a nossa Amazônia. Ela agrega uma população mestiça com variados estoques de etnias indígenas, ainda muito pobre e desassistida. Possui, em sua biodiversidade, o maior e mais rico banco genético do planeta; detém, igualmente, o maior potencial de água potável do mundo, em seus grandes rios, todos navegáveis por navios de qualquer calado, formando um verdadeiro "mar fechado", o “Mare Nostrum Brasileiro”! As maiores jazidas de minérios raros, de terceira geração, ocorrem de forma abundante na imensa região, que ainda possui uma superlativa posição geoestratégica, por ser totalmente cortada pela fictícia linha do Equador, o que muito propicia e facilita o lançamento de artefatos aeroespaciais, como sondas, mísseis, foguetes, satélites e até naves espaciais, as 'cosmonaves', sendo o Centro de Lançamentos de Alcântara, no Maranhão (aliás, localizado na “Amazônia Legal Brasileira” e que deve permanecer, unicamente, sob jurisdição nossa), o melhor dentre todos os existentes. Daí a imperiosa necessidade de nossa firme determinação em tudo fazer para a ocupação, defesa e guarda daquela cobiçada terra brasileira, cuja soberania nos cabe preservar, missão que as gloriosas Forças Armadas vêm cumprindo, airosamente, com muito denodo e patriotismo, desde nossa proto-história. “Árdua é a missão de desenvolver e defender a Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos antepassados de conquistá-la e mantê-la”, nos ensinava o General Rodrigo Octávio Jordão Ramos.  A História do Brasil é prenhe de heróis nacionais que não trepidaram em sacrificar a própria vida ou verter o seu generoso sangue pela honra e soberania nacionais. Entre tantos e tantos, destacaremos apenas dois: Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes - Patrono Cívico da Nação brasileira e Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias - Patrono do Exército Brasileiro e “O Pacificador”, ambos instituídos “Heróis Nacionais”, cujos augustos nomes estão inscritos no “Livro de Aço” existente no Panteão da Pátria, em Brasília.  Na história-pátria é providencial o homem que pode orientá-la sem lhe sacrificar a moralidade, guiando-a com sabedoria, sem a iludir, sem a inquietar, sem a empobrecer. "Providencial é o herói sem injustiça, o legislador sem ambição, o chefe sem egoísmo, o político sem paixão, ou antes, impelido pela única paixão compatível com os deveres cívicos, que é a sagrada paixão do Bem-Comum". Assim, por certo, tornar-se-ia realidade o sonho de Gilberto Freyre:  “Eu ouço as vozes, eu vejo as cores.  Eu sinto os passos de outro Brasil que vem aí.  Mais tropical, mais fraternal, mais brasileiro.  O mapa desse Brasil, em vez das cores dos Estados,  Terá as cores das produções e dos trabalhos.  Os homens desse Brasil, em vez das cores das três raças,  Terão as cores das profissões e regiões.  As mulheres do Brasil, em vez das cores boreais,   Terão as cores variamente tropicais.  Todo brasileiro poderá dizer:  É assim que eu quero o Brasil!”  Que no permanente culto da bela e rica História Nacional e de seus heróis, estejamos sempre prontos a contribuir de maneira efetiva e especialmente patriótica, para o engrandecimento de nosso amado Brasil!  Destarte, exaltar o civismo, glorificando os que mais lidaram por encher os anais da Pátria de cintilações astrais é dever precípuo de todo povo que aspira a se fazer merecedor da reverência e da admiração do mundo. Sim, pois quando um povo entra a esquecer, nos prazeres fugacíssimos da vida, dos vultos mais salientes, dos feitos marcantes de sua História, daqueles que mais se sublimaram pelo saber, pela santidade, pelo heroísmo ou pelo martírio, ninguém deve maravilhar-se de vê-lo, um dia, desagregado, desvirilizado, desacreditado e, ainda por maior desdita, escravizado pelos outros povos. É a lição triste da História, “a mestra da vida”, “a mestra das mestras”...  Mas é tempo de concluir.  Por derradeiro, gostaríamos de repetir as palavras dos centuriões romanos às suas tropas, antes das batalhas: “Adsumus! Sursum Corda”! “Aqui estamos! Corações ao Alto”!  Sim, nesta hora solene de reverência à Pátria, Corações ao Alto por este fraternal cenáculo de nossa Academia de Letras e Artes do Planalto! Corações ao Alto por nosso acendrado sentimento cívico! Corações ao Alto por nosso estremecido Brasil!  E como dizia Olavo Bilac:  “Ama, com fé e orgulho,  A Terra em que nasceste.  Criança,    Não verás nenhum País com este!"    "Ex corde", o meu muito, muitíssimo obrigado! Eu disse.    Manoel Soriano Neto.