Patrícia Campos Mello, jornalista

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Mercado solar em alta

A elevação do preço da energia hidrelétrica, a queda no custo de instalação de painéis e a preocupação com a sustentabilidade explicam esse movimento

A China é a nação líder em produção de energia solar fotovoltaica | Foto: Wpcpey / Divulgação / CP

A China é a nação líder em produção de energia solar fotovoltaica | Foto: Wpcpey / Divulgação / CP


Uma mola de impulso à geração fotovoltaica é a queda dos preços. “Houve redução de 20% a 30% nos últimos anos”, atesta o empresário Fernando Knecht. Isso se explica, principalmente, pela decisão de grandes empresas europeias do setor de fabricarem módulos fotovoltaicos na China. Uma delas, informa ele, é a Canadian Solar (Canadá). “O grupo está entre os globais que produzem as placas de melhor qualidade”, diz. A eficiência delas é de até 80%, durante 25 anos. Isto é, ao longo de um quarto de século, o módulo perde apenas 20% da sua capacidade de produzir energia.
Além dos preços em baixa, outras iniciativas têm dado suporte na opção pela energia solar. A entrada dos bancos e das seguradoras no mercado é um exemplo. Segundo Knecht, a taxa de um financiamento tem sido, na média, de 1,07% a 1,27% ao mês, índice bem inferior ao do custo financeiro de compra de um veículo, que pode chegar a 2% ao mês, cita o empresário. As seguradoras, por sua vez, estão oferecendo blindagem do investimento diante de eventuais riscos, como os advindos das variações do tempo.
Sócio-diretor da Eco Energy, de Porto Alegre, o engenheiro eletricista Gerson Preto diz que a conta de energia elétrica tem aumentado, nos últimos anos, em média 8% no Brasil e esse percentual deve se manter por vários anos. Porém, o custo dos equipamentos da energia solar já caiu 50% de 2014 até agora. “Então, vale a pena pensar no tema e nos ganhos futuros”, observa. Essa equação, diz, está sendo analisada por empresas e pessoas físicas em busca de economia de dinheiro. Por essa razão, a demanda por energia solar residencial e comercial tem sido crescente.
Nem sempre se alcança a eficiência ideal na geração solar fotovoltaica. Há condições e variáveis. Uma delas é o tipo do telhado do imóvel onde serão fixados os módulos fotovoltaicos. Calor não significa melhor aproveitamento de um painel. Ao contrário, se for aquecido demais, o módulo tem sua potência diminuída. A luz solar é o que importa e a inclinação à melhor captação do painel é 32 graus. Já a orientação solar da placa fotovoltaica tem que ser no sentido norte, observa Preto. No verão, a irradiação no Sul, onde os dias são mais longos, é maior em relação à irradiação do Nordeste.
Como há complexidade na geração da energia solar, o recomendável, sugerem os instaladores, é o cliente, seja ele pessoa física, empresa privada ou pública, ter informações, simulações de medições do consumo normal de energia e avaliações de custos e de economia. Um projeto completo em informações e detalhamento dá mais garantia. Permite avaliar o histórico do consumo dos últimos 12 meses, a inclinação possível e melhor orientação geográfica dos módulos, e a qualidade dos materiais (fiação, painéis, inversor) a serem empregados. Esse é um bom começo, diz o engenheiro Preto.

No território gaúcho, a média da irradiação solar diária ao longo do ano, para um módulo inclinado a 30 graus, é de 4,6 a 4,7 kWh por metro quadrado

SOL DO RIO GRANDE DO SUL E INCENTIVOS
No território gaúcho, a média da irradiação solar diária ao longo do ano, para um módulo inclinado a 30 graus, é de 4,6 a 4,7 kWh por metro quadrado, informa o professor Fabiano Gasparin. Como comparação, ele usa Bom Jesus da Lapa (BA). Lá, a irradiação é da ordem de 6,0 kWh por metro quadrado por dia. Em termos de potencial, um sistema solar de 1 kW de potência instalada, em Santa Maria (RS), considerando todas as perdas, produz em torno de 1.330 kWh de energia elétrica, enquanto que na cidade baiana a produção seria de 1.610 kWh ao ano, aproximadamente 20% superior.
A região Nordeste, é claro, apresenta maiores índices de irradiação solar, que asseguram velocidade no retorno do investimento, assinala o professor. Mas o Rio Grande do Sul não está mal em presença solar. A diferença, na média, como mostra o exemplo de Bom Jesus da Lapa, fica na faixa dos 20%. Em projeto residencial fotovoltaico, avalia Gasparin, é prioritário ter, antes do investimento, o cálculo da conta de energia paga pelo consumidor (mensal/anual) e do ganho da energia fotovoltaica. Um projeto solar pode não ser bom empreendimento para a família que gasta pouca energia da rede.
Incentivos tributários têm dado brilho à energia solar. Aceleraram negócios, mas não criaram ainda um parque fabricante de componentes nacionais. Há dois incentivos principais, conforme o professor da Uergs. Um é o convênio Confaz 16/2015, do qual o Rio Grande do Sul é signatário, por meio do acordo ICMS 157, de dezembro de 2015. Ele isenta de ICMS a energia que circula no sistema de compensação. Antes, a energia consumida da rede era paga com ICMS e a energia injetada era compensada pelo valor, mas sem ICMS. A isenção permitiu reduzir o tempo de retorno do investimento no sistema.
O outro incentivo notável, no conceito de Gasparin, é a isenção do IPI, do Imposto de Importação e do ICMS aos geradores de energia fotovoltaica. Esse pacote viabiliza a prática de valores menores para os equipamentos. Aos interessados no detalhamento, o professor recomenda consulta na página do Ministério da Indústria, Comércio, Exterior e Serviços, na qual consta a ampla lista dos benefícios tributários.

A China é nação líder em produção de energia solar fotovoltaica

CHINA É GIGANTE SOLAR, O BRASIL ESTÁ LONGE
No plano global, falta ao Brasil posicionamento melhor na energia solar fotovoltaica. Por exemplo, afirma Sauaia, o país é o número dois em geração de energia hidrelétrica, número quatro em energia de biomassa e número oito em energia eólica. “Na energia solar fotovoltaica estamos entre os 30 primeiros países”, informa. A China é nação líder. Produz 130 GW só em energia solar fotovoltaica. “Comparem: a matriz elétrica total brasileira (hídrica, carvão, gás, derivados do petróleo, biomassa, eólica) é de 160 GW”, ilustra Sauaia. Seguem a China no ranking global de 2017 da energia solar fotovoltaica, o Japão, Alemanha, EUA e Itália.
O futuro parece promissor para a energia solar. Segundo Sauaia, a Empresa de Pesquisa Energética, do Ministério de Minas e Energia, calcula que até 2030 a energia poderá chegar a 10% da potência do Brasil na geração de eletricidade. Já a Bloomberg New Energy Finance vai mais longe, projeta que a solar fotovoltaica tem condições de representar 32% da matriz elétrica brasileira em 2040, chegando à primeira posição no ranking brasileiro de energia. A hidrelétrica passaria para o segundo lugar, com 29% de participação na matriz.
Segundo a consultoria dos EUA, a energia solar fotovoltaica será o meio de geração de menor custo no mundo. Ao Brasil, seria uma eletricidade complementar fundamental para ser adicionada à energia das outras fontes. Em períodos de pouca chuva e muita seca, os reservatórios de água das grandes hidrelétricas estão em baixa. A forte irradiação está colada a esse cenário e a energia solar fotovoltaica passa a ser útil para diminuir o uso da potência das hidrelétricas. Assim, cai também a utilização da água dos reservatórios dessas usinas. Para Sauaia, a gestão inteligente da energia de menor custo deve incluir a sinergia presente em duas formas de geração: a solar fotovoltaica e a eólica. Na maioria dos estados, a geração eólica é mais produtiva à noite, quando aumentam as correntes de ar e os ventos são mais fortes e constantes. Por outro lado, durante o dia há bom rendimento na geração da energia solar. Então, o sistema de melhor eficiência resulta da união das duas fontes. Ambas podem trabalhar melhor juntas e se complementar.


Correio do Povo

Grêmio goleia Brasil de Pelotas por 4 a 0 e fica perto do título

Xavante teve um jogador expulso e Tricolor aproveitou vantagem numérica

Jogadores do Grêmio vibram com a grande atuação no segundo tempo | Foto: Fabiano do Amaral

Jogadores do Grêmio vibram com a grande atuação no segundo tempo | Foto: Fabiano do Amaral

O Grêmio garantiu a Páscoa da torcida, neste domingo, Aplicou um 4 a 0 na Arena e definiu um sonoro chocolate na Arena. Ao invés do coelhinho, contudo, foram as feras Jael e Everton que demoliram a defesa do Brasil de Pelotas e deixaram a equipe com nove dedos na taça do Gauchão.

O Tricolor protagonizou um amplo domínio nos 20 minutos iniciais, mas perdeu as duas melhores chances de gol. Apesar de deixar a posse de bola com os gremistas, contudo, o Xavante incomodou muito nos contra-ataques, desperdiçando a melhor oportunidade da etapa com Calyson.

Marcação xavante

A primeira chance, por sinal, foi dos pelotenses. Luan errou passe e Calyson foi acionado no contragolpe. O atacante invadiu a área e tentou o chute cruzado, mas Grohe, bem colocado, fez a defesa, além de repor rápido para o jogo. No contragolpe, Calyson recebeu na meia-lua e chutou forte da risca da área, mas Grohe conseguiu defender.

Foto: Guilherme Testa

Depois dos 25 minutos, o Brasil emparelhou o jogo e deixou escapar a chance de abrir o placar. A zaga gremista fez água no cruzamento e Calyson subiu livre para cabecear, mas mandou sobre a meta.

Brasil de Pelotas com 1 a menos

Sem tanto espaço, na bola parada é que o Tricolor seguiu tentando abrir vantagem. Aos 33, Luan foi esperto no escanteio e achou Arthur livre na meia-lua. O volante chutou com endereço certo, mas Éder Sciola se atirou e colocou a mão na bola. Falta perigosa e cartão amarelo. Luan cobrou colocado, mas um leve desvio na barreira evitou o perigo. Antes do intervalo, Sciola saltou com o joelho nas costas de Luan e acabou expulso, complicando a vida do Xavante.

Foto: Fabiano do Amaral

Chocolate tricolor

O cartão vermelho desmontou a excelente marcação xavante para a segunda etapa e Renato ainda colocou "fogo no jogo" com a entrada de Alisson no lugar de Léo Moura. Mas quem participou de todos os gols foi Jael, maestro de um chocolate cruel. Logo no primeiro minuto, ele recebeu de Arthur e rolou para Éverton fulminar cruzado o 1 a 0, rente ao poste direito.

Lourency tentou aproveitar uma bobeada do Grêmio no retorno e recebeu livre no pivô de Calyson. Chutou forte, mas errou a mira, à esquerda do gol. Seria o único ataque mais efetivo com bola rolando do Brasil.

Aos 9 minutos, tinha mais Jael. Maicon lançou o centroavante livre na área e ele cabeceou para o gol, mas em cima de Pitol. O problema é que o goleirão deu rebote para Alisson. O garoto furou, mas deu sorte. A bola caiu entre suas pernas e ele conseguiu empurrar para o fundo do gol, mesmo caído: 2 a 0.

Foto: Fabiano do Amaral

Jael e Everton, dupla dinâmica

Só dava Tricolor e aos 13, Maicon tentou guardar o seu. Recebeu no meio e acelerou com confiança. Viu o espaço e disparou o chute cruzado, mas passou à direita do gol de Pitol. No lance seguinte, Jael experimentou o chute, mas Pitol fez a defesa.

O Brasil ainda tentou alguma coisa em cobrança de falta, aos 23 minutos. Ednei chuveirou na área do Grêmio, Heverton desviou de cabeça, mas mandou por cima.

Já chegou? Não, "Jael"! Aos 24, o centroavante foi acionado na risca da área e desviou com muita categoria de calcanhar. A bola foi parar com Everton, que completamente livre encheu o pé para decretar goleada. Depois de duas assistências, missão cumprida. Jael saiu ovacionado (como a Páscoa merece) e deu lugar para Thonny Anderson.

Foto: Fabiano do Amaral

Desmontado, o Xavante ainda viu o Grêmio ampliar para 4 a 0 em falha do goleiro Marcelo Pitol. Ramiro cobrou falta de muito longe e enfiou uma patada no meio da goleira. Pitol tentou tirar de soco, mas empurrou a bola para o fundo da meta.

Milagrohe e fim de jogo perfeito

Quase veio o quinto, aos 42 minutos. De pé em pé, a bola passou por Arthur, Cortez até chegar na área para Éverton. O garoto chutou de primeira, mas carimbou a trave esquerda. Aos 43, Marcelo Grohe também quis mostrar que é craque. Alisson Farias recebeu na pequena área e chutou com efeito, à queima-roupa. O goleirão conseguiu fazer uma ponte no contrapé e tirar para escanteio. Um final de tarde perfeito na Arena.

Gauchão - Final

Grêmio 4

Grohe; Léo Moura (Alisson), Geromel, Kannemann e Cortez; Maicon (Jailson), Arthur, Ramiro e Luan; Éverton e Jael (Thonny Anderson). Técnico: Renato Portaluppi

Brasil de Pelotas 0

Pitol; Éder Sciola, Leandro Camilo, Heverton e Arthur; Leandro Leite (Vacaria), Valdemir (Mossoró), Calyson e Toty (Ednei); Alisson Farias e Lourency. Técnico: Clemer.

Gols: Éverton (1min/2ºT e 25min/2ºT), Alisson (9min/2ºT) e Ramiro (32min/2ºT).

Cartões amarelos: Léo Moura e Ramiro (G); Éder Sciola, Artur e Valdemir (B).

Cartão vermelho: Éder Sciola.

Árbitro: Anderson Daronco.

Público: 32.238.

Local: Arena.


Correio do Povo

Segunda-feira será de intensa nebulosidade na maioria das regiões do RS

Permanece a possibilidade de chuva ou garoa

Permanece a possibilidade de chuva ou garoa | Foto: Guilherme Testa

Permanece a possibilidade de chuva ou garoa | Foto: Guilherme Testa

A "cara" desta segunda-feira no Rio Grande do Sul será muito parecida com a do domingo: forte nebulosidade, possibilidade de garoa e eventuais momentos de céu claro e presença do sol. Em praticamente todas as regiões do Estado a presença das nuvens deixará o sol encoberto. No decorrer do dia, aí, sim, existe a chance de abertura de sol, mas sem uma garantia de que ele brilhará sem ser incomodado por nuvens.

Desta forma, permanece a possibilidade de chuva ou garoa, localizada, na maioria das regiões gaúchas. Devido à grande cobertura de nuvens, outra vez a temperatura pouco vai variar no dia com marcas agradáveis na maior parte do período em Porto Alegre e no interior gaúcho. Na Capital a máxima deve ser de 26ºC. Em Caxias, na Serra, não passa dos 21ºC.


MetSul Meteorologia e Correio do Povo

Vendas de Páscoa crescem 3% em comparação com 2017, diz Agas

Antônio Longo destacou que indústria oportunizou diversidade grande de opções

Vendas de Páscoa crescem 3% em comparação com 2017, diz Agas  | Foto: Mauro Schaefer

Vendas de Páscoa crescem 3% em comparação com 2017, diz Agas | Foto: Mauro Schaefer

As vendas de Páscoa cresceram 3%, se comparadas com as do último ano, nos supermercados gaúchos durante a Páscoa. Os dados foram divulgados pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), no início da tarde deste domingo. De acordo com a entidade, a intenção de presentear pessoas queridas e confraternizar em família resumiu o comportamento dos gaúchos nesta celebração. O número foi apurado junto a supermercadistas associados, que mostrou também que a maior parte das empresas do setor registrou o melhor dia de vendas do ano, até o momento, o último sábado.

Segundo o presidente da entidade, Antônio Cesa Longo, a indústria de chocolates oportunizou uma diversidade grande de opções, o que garantiu aos supermercadistas que realizassem promoções e atraíssem os consumidores. “Neste ano, o preço médio dos produtos esteve abaixo do ano passado, já que despontaram os ovos de chocolate menores e mais baratos”, destacou. Com as unidades mais acessíveis, o setor comercializou cerca de 96% dos 6,8 milhões de ovos de chocolate colocados à disposição. “O crescimento na venda de ovos foi de 3%, mas as comercialização de barras, cestas e bombons tiveram um aumento médio de 10%."

O supermercadista afirmaram que os itens de bazar tiveram um incremento de 8%. “A venda de brinquedos avulsos fora dos ovos cresceu 12%, o que mostra que as crianças valorizam mais o brinquedo do que o chocolate”, observou. Longo afirmou que o aumento das vendas, não focado apenas no chocolate, mostra que os gaúchos seguem com a intenção de presentear pelo menos quatro pessoas do seu convívio, mas dão cada vez mais valor ao seu dinheiro. “Esta foi a Páscoa das oportunidades, e por isso as pequenas e médias empresas tiveram um resultado melhor que as maiores.

A vivência do supermercadista no dia a dia da loja durante toda a quaresma, acompanhando os anseios dos clientes e reajustando promoções e ações de venda, foi decisiva para um resultado positivo”, resumiu. Outro hábito de consumo que chamou a atenção dos varejistas foi a preocupação dos consumidores em manter a tradição das datas festivas. Além dos mimos, eles recorreram aos supermercados para adquirir produtos como velas e alimentos para a ceia em família, tanto na sexta-feira como ontem.  “A venda de pescados cresceu 10%, sendo 98% destes produtos congelados." Encerradas as atividades da Páscoa, o setor volta seu foco para o Dia das Mães, em maio.



Correio do Povo

Crédito para financiamento de imóveis cai pela metade desde o pico em 2014

Montante acumulado em 2017 foi de R$ 83 bilhões, ante os R$ 168 bilhões de três anos antes

O volume de crédito destinado ao financiamento de imóveis com dinheiro da poupança caiu pela metade no último ano, na comparação com 2014, antes da crise econômica e quando esses recursos atingiram patamar recorde. O montante acumulado para financiar a compra e a construção da casa própria em 2017 foi de R$ 83 bilhões, ante os R$ 168 bilhões de três anos antes, segundo dados do Banco Central, em valores reais, já considerado o IPCA (índice oficial de inflação).

Os números de 2017 representam a terceira queda seguida do volume de financiamento. "Com a queda recente dos juros, seria razoável que começasse a ter uma recuperação do crédito imobiliário em 2017, em relação a 2016. É surpreendente que tenha continuado caindo", analisa o economista Armando Castelar, coordenador de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). O consumidor só deve recuperar aos poucos a disposição para comprar um imóvel, e a tendência, segundo analistas, é que os bancos fiquem menos retraídos para emprestar em 2018 do que estavam no ano passado.

Parte importante da explicação para o recuo do crédito imobiliário está na situação da Caixa Econômica, o banco da habitação. Sem capital para cumprir regras internacionais de proteção, o banco estatal reduziu os financiamentos e aumentou os juros. "Ela tem 70% do mercado, mas não tem capital para continuar no ritmo pré-crise", diz José Carlos Martins, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). Para Miguel Oliveira, da Anefac (associação de executivos de finanças), as dificuldades pelas quais a Caixa tem passado devem limitar a oferta de juros menores para o consumidor.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o banco estatal foi ultrapassado pelos concorrentes na concessão de crédito com recursos da poupança. Em nota, a Caixa diz que estuda diminuir a taxa de juros do financiamento. Lenta recuperação O desemprego, ainda em dois dígitos, é apontado como um dos fatores que mais atrapalham a alta do crédito. A desaceleração do financiamento acompanhou a alta do desemprego, que subiu da casa dos 6% para mais de 13%. Nos anos recentes, quem estava empregado tinha receio de embarcar em uma dívida que pode se estender por mais de 30 anos. Quem perdeu o emprego não conseguia mais financiar.

O veterinário Erick Almeida, de 32 anos, teve de morar com a mãe por mais tempo. Ele havia começado a pagar um imóvel na planta, até perder o trabalho, em março do ano passado. "Depois de dois meses procurando uma outra vaga, desisti do imóvel. Sabia que quando o edifício ficasse pronto e o financiamento fosse repassado para o banco, não me aceitariam." Também pesou a perda de recursos da caderneta de poupança, que havia ficado menos atrativa para o investidor com a alta dos juros no fim do governo Dilma Rousseff, diz Martins, da Cbic. Para analistas, porém, a tendência é que muitas famílias que não conseguiam contratar um financiamento agora sejam atraídas pelos juros básicos em seu nível mais baixo.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Deltan Dallagnol promove abaixo assinado a favor da prisão em 2ª instância

Manifesto será entregue nesta segunda-feira aos ministros do STF

Procurador Deltan Dallagnol promoveu abaixo assinado a favor da prisão em 2ª instância | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara / Divulgação / CP

Procurador Deltan Dallagnol promoveu abaixo assinado a favor da prisão em 2ª instância | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara / Divulgação / CP

O procurador da República da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol promoveu o abaixo assinado a favor da prisão após condenação em segunda instância, em sua página oficial no Twitter, neste domingo. O manifesto da ONG Observatório Social já conta com mais de 31 mil assinaturas e será entregue nesta segunda-feira aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), dois dias antes do julgamento do habeas corpus para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula foi condenado a 12 anos e um mês em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá. "O STF pode transformar Justiça Penal num conto de fadas na próxima 4ª feira. Prisão para poderosos existirá só nos Códigos", disse Dallagnol.

O procurador usou o tuíte do ex-procurador Geral da República Rodrigo Janot para mobilizar os seus seguidores. Em sua publicação, Janot chamava os internautas a assinarem o documento, dizendo que o "momento é grave e importante". Ele também afirmou que quarta-feira, dia do julgamento de Lula, é um "dia D" contra a corrupção na Lava Jato e que ele estará de jejum, oração e "torcendo pelo País".

"Uma derrota significará que a maior parte dos corruptos de diferentes partidos, por todo o País, jamais será responsabilizada, na Lava Jato e além. O cenário não é bom." Comentando o artigo "Dia da Marmota" da colunista Vera Magalhães no 'Estado', o integrante da força-tarefa da Lava Jato disse que é preciso de novas medidas contra a corrupção. "Para virar a página, precisamos vencer a impunidade e de reformas que fechem as brechas por onde o dinheiro público escorre, como as 10 Medidas ou, melhor ainda, as Novas Medidas contra a Corrupção."

Dallagnol ainda recomendou a leitura do artigo do cineasta José Padilha, no jornal Folha de S. Paulo, sobre sua mais nova série: O Mecanismo. Segundo ele, o desafio dos brasileiros é impor nas eleições deste ano a "maior derrota da história" a esse mecanismo. A produção trata dos esquemas recentes de corrupção no País e da Operação Lava Jato.


Correio do Povo

Governo confirma que Dyogo presidirá BNDES

Atual secretário-executivo do ministério do Planejamento assumirá a pasta

Governo confirma que Dyogo presidirá BNDES | Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil / CP

Governo confirma que Dyogo presidirá BNDES | Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil / CP

O Palácio do Planalto confirmou neste domingo que o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, assumirá a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Para substituir Dyogo como ministro do Planejamento, foi escolhido Esteves Colnago, atual secretário-executivo da Pasta. As informações foram divulgadas por meio de nota à imprensa. A decisão foi sacramentada em reunião que acontece, neste momento, no Palácio do Jaburu, entre o presidente Michel Temer, Dyogo Oliveira, Esteves Colnago e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria Geral, Moreira Franco, além do líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (MDB-RR).

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tentava emplacar o secretário de Acompanhamento Fiscal da Fazenda, Mansueto Almeida, para o cargo. Mas, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, Oliveira defendeu a permanência de Conalgo sob o argumento de que a escolha dele dará sentido de continuidade aos trabalhos, já que Conalgo conhece bem o funcionamento da pasta e é funcionário público há mais de 20 anos.

Currículo

Economista com mestrado em Ciências Públicas, Esteves Pedro Colnago Junior atua junto à área econômica do governo desde 1996, quando iniciou carreira de analista no Tesouro Nacional. É analista do Banco Central desde 1998 e assumiu coordenações de áreas no Ministério da Fazenda de 2004 a 2015. Colnago acompanhou a ascensão de Dyogo Oliveira na administração pública e foi seu secretário-executivo adjunto tanto na Fazenda como no Planejamento. Desde abril do ano passado foi efetivado como o secretário-executivo de Oliveira, substituindo-o em períodos de férias ou viagens ao exterior. Além do cargo no ministério, Colnago é presidente do Conselho de Administração do BNDES - para onde Oliveira está indo ser o presidente - e membro do Conselho de Administração da Eletrobras.


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Operação Skala: Em nota, grupo Libra nega dívida com Codesp e atuação ilegal

Empresa diz que não deve aproximadamente R$ 2 bilhões à Companhia Docas do Estado de São Paulo

Envolvido na Operação Skala, que prendeu amigos do presidente Michel Temer, o Grupo Libra divulgou nota neste domingo, informando que já está prestando todos os esclarecimentos à Justiça. A empresa nega que esteja devendo aproximadamente R$ 2 bilhões à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) ou que tenha atuado ilegalmente por uma mudança da legislação que a beneficiasse.

No comunicado, a empresa lembra que uma de suas acionistas já depôs à Polícia Federal. "Mais informações serão dadas após integral acesso aos documentos da investigação, o que, até o momento, não foi disponibilizado aos advogados da empresa", diz a nota.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que três sócios do Grupo Libra investigados na Operação Skala que se encontram no exterior se apresentem à Polícia Federal no momento do desembarque e sejam imediatamente levados para prestar depoimentos a policiais e a representantes do Ministério Público Federal. A decisão se refere a Rodrigo Borges Torrealba, Ana Carolina Borges Torrealba Affonso e Gonçalo Borges Torrealba, membros da família que controla o Grupo Libra, arrendatário de uma área de 100 mil m² no Porto de Santos há mais de 20 anos.

Um dos focos da Operação Skala é apurar suspeitas em torno de doações eleitorais milionárias feitas para Temer pelo Grupo Libra e sócios controladores. A suspeita era que as doações fossem uma contrapartida à renovação de contrato de concessão no Porto de Santos, mesmo diante de dívidas milionárias. A empresa refuta a informação sobre a dívida, alegando que os valores estão sendo questionados em uma disputa judicial. O grupo explica que começou a operar no Porto de Santos em 1995 nos terminais 37 e 35 por meio de licitação.

Por conta de supostas diferenças entre as estruturas oferecidas no edital do terminal 35 e as de fato entregues, a empresa foi à Justiça para discutir a execução do contrato ou a revisão dos valores do arrendamento. No litígio, a empresa apresentou um pleito de indenização por lucros cessantes decorrentes de descumprimentos contratuais da Codesp. Segundo o Grupo Libra, a arbitragem em curso definirá até setembro de 2019 se a empresa é devedora ou credora da Codesp e da União. "Portanto, ainda não há uma decisão, e Libra jamais esteve inadimplente", afirma o grupo.


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Operação Skala: Em nota, grupo Libra nega dívida com Codesp e atuação ilegal

Empresa diz que não deve aproximadamente R$ 2 bilhões à Companhia Docas do Estado de São Paulo

Envolvido na Operação Skala, que prendeu amigos do presidente Michel Temer, o Grupo Libra divulgou nota neste domingo, informando que já está prestando todos os esclarecimentos à Justiça. A empresa nega que esteja devendo aproximadamente R$ 2 bilhões à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) ou que tenha atuado ilegalmente por uma mudança da legislação que a beneficiasse.

No comunicado, a empresa lembra que uma de suas acionistas já depôs à Polícia Federal. "Mais informações serão dadas após integral acesso aos documentos da investigação, o que, até o momento, não foi disponibilizado aos advogados da empresa", diz a nota.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que três sócios do Grupo Libra investigados na Operação Skala que se encontram no exterior se apresentem à Polícia Federal no momento do desembarque e sejam imediatamente levados para prestar depoimentos a policiais e a representantes do Ministério Público Federal. A decisão se refere a Rodrigo Borges Torrealba, Ana Carolina Borges Torrealba Affonso e Gonçalo Borges Torrealba, membros da família que controla o Grupo Libra, arrendatário de uma área de 100 mil m² no Porto de Santos há mais de 20 anos.

Um dos focos da Operação Skala é apurar suspeitas em torno de doações eleitorais milionárias feitas para Temer pelo Grupo Libra e sócios controladores. A suspeita era que as doações fossem uma contrapartida à renovação de contrato de concessão no Porto de Santos, mesmo diante de dívidas milionárias. A empresa refuta a informação sobre a dívida, alegando que os valores estão sendo questionados em uma disputa judicial. O grupo explica que começou a operar no Porto de Santos em 1995 nos terminais 37 e 35 por meio de licitação.

Por conta de supostas diferenças entre as estruturas oferecidas no edital do terminal 35 e as de fato entregues, a empresa foi à Justiça para discutir a execução do contrato ou a revisão dos valores do arrendamento. No litígio, a empresa apresentou um pleito de indenização por lucros cessantes decorrentes de descumprimentos contratuais da Codesp. Segundo o Grupo Libra, a arbitragem em curso definirá até setembro de 2019 se a empresa é devedora ou credora da Codesp e da União. "Portanto, ainda não há uma decisão, e Libra jamais esteve inadimplente", afirma o grupo.


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