Índice de Confiança Empresarial sobe 0,6 ponto em julho

indústria

A indústria foi o setor mais otimistaArquivo/Agência Brasil

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 0,6 ponto entre junho e julho deste ano e alcançou 84,8 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Apesar da alta, o indicador não se recuperou da perda de 2 pontos registrada na passagem de maio para junho.

Os empresários estão mais confiantes no momento presente e isso é demonstrado pela alta de 0,7 ponto do Índice da Situação Atual, que chegou a 80,3 pontos. Já a avaliação sobre o futuro, medida pelo Índice de Expectativas, manteve-se estável em 91,7 pontos, o mesmo nível do mês anterior.

Entre os quatro setores empresariais pesquisados, houve altas na indústria (1,3 ponto), serviços (1 ponto) e construção (0,4 ponto). O comércio foi o único segmento que teve queda na confiança entre junho e julho: -2,3 pontos.

Segundo a FGV, foi relativamente pequena a perda de confiança decorrente da crise política iniciada com a divulgação das conversas entre o empresário Joesley Batista e o presidente da República, Michel Temer, em maio, e suas consequências nos últimos meses.

“As expectativas empresariais tornaram-se menos otimistas, comprovando a sensibilidade aos níveis de incerteza econômica, mas os indicadores que retratam o grau de satisfação das empresas com a situação corrente dos negócios mantiveram a tendência de alta gradual, em linha com a lenta retomada da economia em 2017”, diz nota da FGV.


Agência Brasil


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Planalto cobra presença da base para votar denúncia contra Temer

Confiante de que tem votos para barrar na Câmara a acusação contra Michel Temer por corrupção passiva, governo tenta garantir quórum e convoca deputados das siglas aliadas

Igor Gadelha, Isadora Peron e Renan Truffi, O Estado de S.Paulo


BRASÍLIA - O governo iniciou uma investida para garantir a presença de deputados da base aliada que se declaram indecisos e até mesmo favoráveis à denúncia contra o presidente Michel Temer na sessão da Câmara que vai analisar a acusação formal por corrupção passiva. O Planalto quer garantir que a votação seja concluída nesta quarta-feira, 2, no plenário. O objetivo é não depender da oposição, que reúne cerca de 100 deputados e pode adotar a tática de não registrar presença e obstruir a sessão para impedir que a votação ocorra.

Michel TemerO presidente Michel Temer Foto: Evaristo Sá/AFP

O Planalto age para liquidar a votação o mais rápido possível, principalmente para não deixar Temer exposto ao surgimento de fatos – como possíveis novas delações – que possam mudar o placar, hoje considerado favorável ao presidente.

Integrantes da chamada “tropa de choque” de Temer na Câmara passaram a ligar para os deputados da base indecisos e favoráveis à denúncia para pedir que compareçam à sessão desta quarta-feira, independentemente de como votarão. Nas conversas, apostam no argumento de que esses parlamentares não podem fazer o “jogo” do PT. Parte da legenda petista defende não dar quórum para impedir a votação.


A sessão plenária em que a aceitação ou não da denúncia será analisada está marcada para começar às 9 horas. A votação de fato, contudo, só poderá iniciar quando pelo menos 342 deputados registrarem presença – mesmo número mínimo de votos exigidos para que a denúncia seja aceita pela Câmara. O governo acredita que tem condições de garantir essas presenças apenas com a base aliada. Pelos cálculos de governistas, os partidos da base reúnem juntos 380 deputados.

“A bancada do PMDB estará presente para votar”, afirmou o líder do partido na Câmara, Baleia Rossi (SP), um dos deputados mais próximos de Temer. Segundo ele, o presidente pediu durante reunião neste domingo, 30, que líderes da base aliada mobilizem suas bancadas para “votar a qualquer momento”.

Doze ministros do governo que são deputados licenciados devem reassumir os mandatos na Câmara para ajudar a barrar a denúncia.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou nesta quarta-feira ter certeza de que haverá presença mínima para a votação. “Vai ter quórum”, disse aoEstadão/Broadcast.

Estratégia comum. Líderes de partidos da oposição vão se reunir nesta terça-feira, 1.º, para tentar traçar uma estratégia conjunta de atuação. O grupo está dividido sobre registrar presença ou não e ajudar o governo a ter o quórum mínimo. A estratégia de obstruir a sessão é defendida por parlamentares da Rede e do PSOL. Segundo eles, postergar a decisão pode aumentar o desgaste de Temer.

Além de grupos do PT, parte do PC do B e do PDT, no entanto, tem defendido que é melhor realizar a votação nesta quarta-feira para expor os deputados da base à pressão popular. Além da acusação formal por corrupção passiva já em tramitação na Câmara, a Procuradoria-Geral da República ainda estuda apresentar até setembro pelo menos mais uma denúncia contra Temer por obstrução de Justiça e organização criminosa.

O líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), rebateu as críticas de que o partido, mirando nas eleições de 2018, estaria preferindo que Temer se salvasse da denúncia para continuar fragilizado até o próximo ano. “Não existe essa conversa de deixar o presidente da República sangrar”, disse.

Já o deputado Sílvio Costa (PT do B-PE) fez um apelo para que os colegas da oposição não marquem presença na sessão. “Se a gente não votar, talvez Temer tenha alguma dignidade e renuncie.” / COLABORARAM VERA ROSA e TÂNIA MONTEIRO


Estadão


Receitas extras podem compensar redução de tributos sobre etanol, diz Meirelles


Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

A redução da alíquota do etanol, decidida na última sexta-feira (28), pode ser compensada com receitas extraordinárias de precatórios e de privatizações, disse hoje (31) o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ele negou que a equipe econômica estude novos aumentos de tributos, mas disse que decisões do tipo podem ser tomadas caso novas frustrações de receita se confirmem.

De acordo com o ministro, o reconhecimento de R$ 2,1 bilhões de precatórios antigos da União (títulos para pagar decisões judiciais das quais não cabem mais recursos) e a antecipação da outorga do Aeroporto do Galeão garantirão os recursos necessários para cobrir a redução de R$ 500 milhões provocada pela reversão parcial do aumento da alíquota do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) do etanol.

Brasília O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, recebe o ministro das Finanças do Reino Unido, Philip Hammond, no ministério da Fazenda (José Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, recebe o ministro das Finanças do Reino Unido, Philip HammondJosé Cruz/Agência Brasil

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Segundo Meirelles, a privatização da Lotex, estimada em R$ 1 bilhão, e a antecipação das privatizações da Caixa Seguridade e da venda das ações do Tesouro no IRB-Brasil, companhia de resseguros, também fornecerão receitas para compensar a redução da tributação sobre o etanol. A medida diminuiu de R$ 10,4 bilhões para R$ 9,9 bilhões a previsão de receitas extras para o governo até o fim do ano.

“Não temos, no momento, planos para compensar a perda de R$ 500 milhões, na medida em que o aumento [de tributos sobre os combustíveis] tem uma dimensão que, somada com as outras arrecadações em andamento, de receitas extraordinárias, poderá alcançar o valor total previsto. Pode ser que arrecadação de outras medidas gerem valores que compensem esse número e nos permita avançar na agenda de receitas extraordinárias para o final do ano”, declarou Meirelles após reunião com o ministro das Finanças do Reino Unido, Philip Hammond.

Meirelles negou que o governo estude novos aumentos de tributos no momento, mas admitiu que pode reajustar impostos ou contribuições caso haja novas frustrações de receitas. Ele citou as mudanças no relatório do projeto de lei que cria o Programa Especial de Regularização Tributária (Pert) como uma das medidas que podem resultar em perda de arrecadação.

“Não temos planos no momento para novos aumentos de impostos. Como tenho dito desde agosto do ano passado, caso fosse necessário faríamos. Isto não é uma solução preferencial e será usado apenas em situações absolutamente necessárias. Vamos aguardar como evolui o projeto de reoneração da folha de pagamentos em andamento no Congresso e aonde chegaremos no projeto do Refis [programa especial de renegociação de dívidas de contribuintes]. Em relação ao Refis, a previsão é a aprovação do projeto tal qual enviado”, declarou o ministro.

Meirelles reafirmou o compromisso do governo de cumprir a meta fiscal de déficit primário de R$ 139 bilhões este ano. No entanto, afirmou que o assunto está sendo analisado no momento. “Vamos aguardar a evolução da arrecadação. Temos de fazer o que for melhor para a transparência e o aumento ainda maior da confiança na economia brasleira, na solidez fiscal do Brasil”, disse.


Agência Brasil


Sérgio Moro decreta prisão de Aldemir Bendine por tempo indeterminado


André Richter - Repórter da Agencia Brasil

O juiz federal Sérgio Moro decidiu hoje (31) que o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, ficará preso por tempo indeterminado na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Atendendo pedido da força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato, Moro converteu a prisão temporária de Bendine em prisão preventiva.

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros, e o juiz federal Sérgio Moro debatem Projeto da Lei de Abuso de Autoridade (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Para Sérgio Moro, Bendine apresenta "múltiplus risco à ordem pública"Arquiivo/Antonio Cruz/Agência Brasil

Na semana passada, Bendine teve prisão temporária decretada por cinco dias na 42ª fase da Lava Jato, denominada Operação Cobra.  O ex-presidente é acusado de receber ao menos R$ 3 milhões de propina em espécie da Odebrecht para não prejudicar a empresa em futuras contratações.

De acordo com as investigações, ele teria solicitado outros R$ 17 milhões de propina à empreiteira quando ainda era presidente do Banco do Brasil, em  troca da atuação para rolar uma dívida da Odebrecht Agroindustrial. Os valores teriam sido intermediado por outros dois investigados, que também tiveram o período de prisão convertido.

Na decisão, Moro entendeu que Bendine deve continuar preso porque apresenta "múltiplos riscos à ordem pública, à instrução e à aplicação da lei penal".

Histórico

Bendine presidiu o Banco do Brasil entre abril de 2009 e fevereiro de 2015, quando substituiu Graça Foster na presidência da Petrobras.

A investigação contra Bendine teve como base as delações premiadas de Marcelo Odebrecht, ex-presidente-executivo do grupo Odebrecht, e de Fernando Reis, executivo da companhia.

Por entender que Bendine não tinha poder para influenciar na rolagem do empréstimo, a empresa decidiu não pagar os R$ 17 milhões, mas acabou aceitando repassar, posteriormente, R$ 3 milhões para garantir seus interesses na Petrobras, disseram os procuradores.

Os indícios mostram que os pagamentos foram feitos em três repasses de R$ 1 milhão, todos em 2015, por meio de contratos fictícios de consultoria junto a uma empresa laranja, informou o MPF.

Viagem

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a prisão temporária de Bendine se justifica porque ele tinha uma viagem somente de ida programada para Portugal com a família nos dias em que a operação seria deflagrada. Além disso, o e x-presidente tem  cidadania italiana, fato que poderia subsidiar sua fuga para o exterior e escapar das investigações.

Mesmo com os esclarecimentos prestados pelos advogados de defesa, que apresentaram comprovantes da compra de passagens de volta e reservas em hotéis, Moro entendeu que as medidas não são suficientes para justificar a saída do país sem avisar à Justiça.

"Chama a atenção que Aldemir Bendine, também ciente das investigações, não tenha feito o mesmo e comunicado ao seu defensor a viagem ao exterior, o que levaria este a comunicar ao juízo. Aparentemente, quis manter a viagem fora do conhecimento das autoridades públicas", disse Moro.


Agência Brasil


Cabral diz em depoimento que relação com Eike foi muito positiva para o Rio


Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, disse, ao ser interrogado hoje (31) pelo juiz  Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que sua relação com Eike Batista era formal, com o único objetivo de estimular o investimento no Rio de Janeiro e que essa relação institucional foi “muito positiva para o Rio”. Ele garantiu que todos os recursos que recebeu de Eike foram para investir no estado do Rio de Janeiro e apoiar suas campanhas.

De acordo com o Ministério Público, Cabral recebeu do empresário Eike Batista US$ 16,5 milhões em propina, além de R$ 1,5 milhão por meio do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo. Ele também negou que tenha havido pagamento de propina para que o Rio fosse sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

Nesta segunda-feira, Bretas voltou a interrogar, além do ex-governador, a esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, o empresário Eike Batista e o ex-vice-presidente do Flamengo, Flávio Godinho. O interrogatório foi referente à ação penal resultante da Operação Eficiência, desdobramento da Operação Calicute, deflagrada pela Polícia Federal em janeiro deste ano. Eles são acusados de crimes de lavagem de dinheiro com ocultação no exterior de aproximadamente US$ 100 milhões.

O ex-governador voltou a afirmar que recebeu dinheiro de Caixa 2 para financiar suas campanhas e garantiu que “quase a totalidade” dos recursos ilícitos que recebeu foi investido na política. Cabral admitiu que o Eike financiou entre R$ 25 milhões e R$ 30 milhões em sua campanha em 2010, mas que o dinheiro foi pago no Brasil, embora fosse de Caixa 2.

Doleiros

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Cabral informou ainda que pedirá uma acareação com os irmãos Renato e Marcelo Chebar, doleiros que fizeram delação premiada e afirmam que Cabral tinha US$ 100 milhões em conta no exterior. Ele questionou o procurador Eduardo El Hage sobre o rápido acordo de delação premiada que o Ministério Público Federal fez com os doleiros sem que houvesse provas de que o dinheiro no exterior era dele. "Como o MPF imputa a mim US$ 100 milhões sem nenhum documento que comprove isso?", disse.

O ex-governador também contestou o fato de joalherias colocarem em sua conta joias sem nota fiscal que ele não comprou.

El Hage respondeu que há provas materiais que comprovam a denúncia e que a celeridade do acordo ocorreu “talvez porque US$ 100 milhões seja o maior valor já devolvido na Lava Jato”, respondeu.

Sérgio Cabral é réu em outras 11 denúncias e já foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, na Operação Lava Jato.

Demais interrogados

Eike Batista, embora tenha dito querer colaborar 100% com a Justiça, disse no interrogatório que, por orientação dos advogados, não responderia a todas as perguntas. Ele negou ser amigo pessoal de Cabral por ter emprestado avião na época ao ex-governador. Eike respondeu que tinha costume de emprestar seus três aviões a conhecidos e que, além disso, ficava “difícil negar um pedido do governador”. Godinho se manteve em silêncio e não respondeu nenhuma pergunta.

Adriana Ancelmo negou ter recebido vantagens indevidas por meio de acordos ilícitos por parte do governo de Sérgio Cabral. A ex-primeira-dama afirmou que nunca esteve com nenhum representante de nenhuma das empresas de Eike Batista e que o valor de R$1 milhão pagos ao seu escritório de advocacia pelo empresário foi fruto de honorários negociados exclusivamente por seu ex-sócio, Sergio Coelho.

Segundo ex-primeira-dama, Coelho, que deixou a sociedade em novembro de 2013, era responsável pelas ações estratégicas e por isso ela não sabe dizer que serviço o escritório prestou à EBX, uma das empresas de Eike. Adriana garantiu ainda que Sérgio Cabral nunca orientou ou sugeriu a empresários que procurassem o escritório para contratar serviços.


Agência Brasil

Conta de luz pode variar conforme horário; consumidor deve analisar adesão

Andreia Verdélio

Da Agência Brasil


A partir de 1º de janeiro de 2018, os consumidores poderão solicitar a adesão à tarifa branca de energia elétrica, que é a adoção de preço diferente para a energia de acordo com o horário de consumo.

Com a tarifa branca, a energia consumida fora do horário de pico será mais barata, segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Entretanto, é importante que cada consumidor conheça o seu perfil de consumo na hora de optar entre a tarifa branca e a convencional.

O analista de mercado da entidade de defesa do consumidor Proteste, Rafael Bomfim, alerta que a tarifa branca pode ser muito boa ou muito ruim, dependendo do perfil de consumo. Para ele, quem optar por essa tarifa tem que ser capaz de aproveitar os horários fora de ponta.

"Conheça bastante as regras e verifique a possibilidade de se adaptar aos melhores horários da tarifa", disse. "Se é um consumidor que tem a rotina rígida, não é aconselhável".

Faixas de preço

Com as novas regras, nos dias úteis o preço da energia poderá ser dividido em três horários: ponta, intermediário e fora de ponta. As faixas variam de acordo com a distribuidora. O horário de ponta, com a energia mais cara, terá duração de três horas, na parte da noite. A taxa intermediária será uma hora antes e uma depois do horário de ponta. Nos feriados nacionais e nos fins de semana, o valor é sempre fora de ponta.

Aderir à tarifa branca será opcional e estará disponível para as novas ligações e com unidades que consomem mais de 500 quilowatts-hora (kWh) por mês. Em um prazo de 12 meses, será oferecido para unidades com média anual de consumo superior a 250 kWh por mês e, em até 24 meses, para as demais unidades consumidoras.

Atualmente, existe apenas a tarifa convencional, que tem valor único cobrado pela energia consumida e é igual em todos os dias, em todas as horas. A tarifa diferenciada não valerá para os grandes consumidores, como as indústrias, nem para quem é incluído na tarifa social de energia.

Adesão precisa ser formalizada

Para aderir à tarifa branca, os consumidores precisam formalizar sua opção na distribuidora, e quem não optar por essa modalidade continuará sendo cobrado pelo sistema atual.

"Nós alertamos para o consumidor não migrar por impulso para a tarifa branca, para não ter surpresa ruim na conta", disse Bomfim, explicando que será possível retornar para a cobrança convencional, caso o consumidor não se adapte.

Também será preciso instalar um novo tipo de medidor de energia. A troca deverá ser feita em até 30 dias e os custos do medidor e do serviço serão de responsabilidade da distribuidora.

No site da Aneel, estão disponíveis exemplos de situações em que é mais vantajoso migrar para a tarifa branca.

Capacidade do sistema

A tarifa branca cria condições que incentivam alguns consumidores a deslocar o consumo dos períodos de ponta para aqueles em que a rede de distribuição de energia elétrica tem capacidade ociosa.

O consultor de energia do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Clauber Leite, explica que o sistema de energia é projetado para atender à máxima demanda, mas que, na maior parte do dia, fica ocioso. "A tarifa branca é uma política adequada, ela é boa porque acaba barateando e dando mais eficiência ao sistema como um todo", disse.

Para Leite, em longo prazo, a medida pode ajudar a adiar os investimentos. "Anualmente, o número de consumidores cresce. Então, para atender à demanda está sendo prevista uma carga máxima do sistema. Se consegue deslocar esse pico, o investimento pode ser postergado e isso pode gerar benefícios na tarifa", explicou.

*Colaborou Sabrina Craide


UOL Economia

Com aumento de impostos, gasolina tem alta recorde no país, diz ANP

Zanone Fraissat - 2.fev.2015/Folhapress

Preço da gasolina teve maior alta semanal desde 2004

Preço da gasolina teve maior alta semanal desde 2004

NICOLA PAMPLONA
DO RIO


Com o repasse do aumento de impostos sobre os combustíveis, a gasolina teve na semana passada a maior alta desde que a ANP (Agência Nacional do Petróleo) passou a fazer o levantamento semanal de preços, em 2004.

Segundo a ANP, a gasolina subiu, em média no país, 8,22%. O maior aumento verificado pela pesquisa semanal da agência havia sido de 7,85%, na semana encerrada em 17 de setembro de 2005.

Naquela ocasião, os postos repassavam reajuste de 10% promovido pela Petrobras no valor de venda do combustível em suas refinarias. Agora, o vilão foi o aumento das alíquotas de PIS/Cofins anunciado pelo governo no dia 20 para reforçar o caixa.

VALOR DA GASOLINA - Variação no preço médio de revenda, em %

O litro da gasolina terminou a semana vendido a R$ 3,749 nos postos brasileiros. O aumento com relação à semana anterior foi de R$ 0,285, ainda abaixo da alíquota extra de R$ 0,41 estabelecida pelo governo.

O presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de São Paulo), José Alberto Paiva Gouveia, acredita, porém, que não haverá novo aumento significativo nesta semana.

"O mercado está muito competitivo e alguns revendedores podem ter optado por segurar um pouco o repasse."

Em São Paulo, a alta da gasolina foi maior do que a média nacional, de 8,62% (ou R$ 0,279 por litro), para R$ 3,513.

De acordo com a pesquisa da ANP, os preços do etanol hidratado e do óleo diesel também tiveram alta expressiva, de 8,86% e 5,05%, respectivamente.

No caso do etanol, foi a segunda maior da série histórica da pesquisa de preços da agência, menor apenas do que os 8,98% verificados na semana encerrada em 10 de outubro de 2015.

Para o diesel, foi a quarta maior alta semanal. A maior delas, de 10,24%, foi registrada na semana de 17 de setembro de 2015, também em decorrência de reajuste promovido pela Petrobras.

Na média nacional, o etanol foi vendido na semana passada a R$ 2,592 por litro, R$ 0,211 acima da anterior. Já o diesel custou R$ 3,056 por litro, alta de R$ 0,147.

Nesses casos, o aumento de impostos anunciado foi de R$ 0,32 e R$ 0,21, respectivamente. Na semana passada, o governo recuou e baixou a alíquota extra do etanol para R$ 0,24, para se adequar a legislação que impõe limites à tributação sobre o combustível.

PETROBRAS

Nesta segunda, a Petrobras anunciou reajuste nos preços da gasolina e do diesel, em 0,8% e 1,7%, respectivamente, a partir desta terça (1º). É o quinto aumento consecutivo no preço da gasolina desde 26 de julho. O combustível acumulou uma alta de 7,1% no período.


Folha de S. Paulo


Segundo os militares, suspensão faz parte do planejamento:https://glo.bo/2f4wNFa #GloboNews

Tropas federais suspendem patrulhamento em alguns bairros do RJ

Segundo os militares, suspensão faz parte do pl anejamento. Agora eles preparam a segunda fase da operação, que terá apoio da Guarda Municipal.

G1.GLOBO.COM

Licença de armas de fogo cresce 185% em um ano no Brasil

  • Por Jovem Pan

EFEEFEDe acordo com dados do Exército Brasileiro, de 2005 para hoje, o número de pessoas com autorização válida subiu quase 400%

O número de licenças de armas de fogo subiu 185% em 2016. Foram pouco mais de 7,2 mil pedidos de acesso à armas de pessoas físicas em 2015 e quase 21 mil autorizações emitidas no ano passado.

De acordo com dados do Exército Brasileiro, de 2005 para hoje, o número de pessoas com autorização válida subiu quase 400%. E a tendência é de alta também em 2017.

Cerca de 90% do total atual são os chamados CACs, sigla usada para denominar caçadores, atiradores e colecionadores registrados. Ao contrário das demais pessoas físicas que se reportam à Polícia Federal (PF) para pedir autorização de posse ou porte de arma, essa categoria é regulada pelo Exército.

A corrida à certificação como CAC pode ser explicada por diferentes fatores. Um deles é que essa modalidade de registro virou uma alternativa ao controle da Polícia Federal e uma forma de se armar em meio à escalada da violência.

A consolidação de entidades e clubes de tiro desportivo pelo País e a popularização da modalidade que deu a primeira medalha ao Brasil nas Olimpíadas do Rio também contribuem.

Entre outros critérios para obter a certificação, válida por três anos, estão atestado psicológico, comprovante de aptidão técnica e vinculação a um clube de tiro.

Os requisitos não diferem muito dos exigidos pela PF, mas o acesso ao documento é mais restrito.

Segundo o Exército, ainda “não houve um estudo para levantar as causas do incremento na solicitação de certificado de registro para a categoria caçadores, atiradores e colecionadores.

*Informações da repórter Carolina Ercolin


Jovem Pan


Marchezan quer privatizar serviços de água e esgoto em Porto Alegre


Prefeito alega falta de dinheiro para universalização dos serviços

Por: Eduardo Matos


Marchezan quer privatizar serviços de água e esgoto em Porto Alegre Dmae/Divulgação

Foto: Dmae / Divulgação

O prefeito Nelson Marchezan (PSDB) enviou à Câmara de Vereadores de Porto Alegre Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município que permitirá a privatização dos serviços de água e esgoto da cidade, que hoje estão sob a responsabilidade do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae). Na justificativa, o tucano afirma que a prefeitura não possui capacidade de investimento para conseguir universalizar os serviços de "tratamento e distribuição de água, bem como coleta e tratamento de esgoto". Marchezan também cita que, apesar de décadas de investimentos em saneamento, o Guaíba ainda não possui mínimas condições de balneabilidade.

No texto, o prefeito afirma ainda que para conseguir cumprir o Plano Municipal de Saneamento Básico de Porto Alegre são necessários R$ 1,7 bilhão para investimento em coleta e tratamento de esgoto, além de R$ 926 milhões para tratamento e distribuição de água.

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"A União Federal vem apoiando as iniciativas municipais para o desenvolvimento das suas infraestruturas urbanas, conforme a Lei Federal 13.334, de 13 de setembro de 2016, incentivando a participação de investimentos privados nestas áreas", destaca o projeto.

O prefeito Marchezan justifica que "existe uma necessidade de investimento para obras dos serviços de esgoto e água". Diz ainda que a prefeitura não tem "disponibilidade financeira para melhorar a qualidade de vida das pessoas agora. Então, essa alteração legislativa é para que a gente possa buscar concessões, permissões, locações de ativos, parcerias público-privadas, subcontratos".


Zero Hora

Bolsonaro escolhe o PEN para se lançar à Presidência em 2018

Marcus Leoni - 8.jun.2017/Folhapress

NATAL, RN, BRASIL, 08.06.17 10h A Folha acompanhou o deputado do Partido Social Cristao Jair Bolsonaro de Brasília a Natal. O deputado foi a capital do Rio Grande do Norte a convite da Uniao Nordestina de Produtores de Cana. (Foto: Marcus Leoni / Folhapress, PODER)

O deputado federal Jair Bolsonaro em viagem ao Rio Grande do Norte

ANGELA BOLDRINI
DE BRASÍLIA


O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) escolheu o PEN (Partido Ecológico Nacional) para lançar sua candidatura à Presidência em 2018.

De acordo com Adilson Barroso, presidente nacional da sigla, o acerto depende apenas da assinatura final, que só poderá ser feita durante a janela partidária —ou seja, o período de 30 dias em que os parlamentares podem trocar de legenda sem perder o mandato.

"Está 99,9% fechado, estamos só esperando a assinatura do 'casamento partidário', por isso o 0,1%", afirmou Barroso à Folha. A assessoria do deputado também confirmou que a troca está acertada, mas ainda não concluída.

A janela partidária deve ocorrer em março de 2018, mas pode ser antecipada pela reforma política.

Segundo o presidente nacional do PEN, o partido conversa com o grupo de Bolsonaro há cerca de seis meses para acertar a troca de partido. "A gente chegou à conclusão que ele é o candidato que mais queremos", afirmou.

Na última pesquisa Datafolha, em junho, o pré-candidato apareceu com 16% de intenção de voto.

A saída de Bolsonaro do PSC já era dada com certa desde o começo de 2017, embora o parlamentar ainda não tivesse acertado com nenhum partido. O deputado se diz decepcionado com a aliança do PSC com o governador do Maranhão, Flávio Dino, do PC do B, em 2016.

TROCA DE NOME

Com a ida de Bolsonaro par a sigla, o PEN também acertou uma troca de nome. Barroso afirma que a mudança já estava sendo discutida. "Há quem ache que a ideologia do PEN por ter 'ecológico' no nome defende só isso, e não é verdade", afirmou.

O partido —que precisa de autorização do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para se renomear— ainda não decidiu qual deve ser seu novo nome.

Em uma enquete na página de Facebook do partido, por enquanto vence o nome "Patriota". Em segundo lugar, a opção "Prona", nome do antigo partido de Enéas Carneiro (1938-2007), que se fundiu ao PL em 2006 para se tornar o PR.



Folha de S. Paulo


Com foto 360°, conheça o Teatro Unisinos, inaugurado em Porto Alegre e com capacidade para 510 pessoas. Foto: Félix Zucco/Agência RBS

PORTO ALEGRE
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Meirelles põe combustível no fogo da própria fervura

Ao mudar discurso e admitir que meta fiscal pode ser revista, ministro desgasta posição de fiador da política econômica de um governo acuado

Por: Marta Sfredo


Depois de justificar o tarifaço sobre combustíveis com a necessidade de limitar o déficit primário da União a R$ 139 bilhões, atual meta do Planalto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, revê o discurso. Até esta segunda-feira (31), mantinha o pé na porta da revisão, que representaria desgaste para sua posição de fiador da política econômica de um governo cada vez mais acuado. Mas, em uma frase, acabou atiçando o fogo de sua própria fervura:

– Em relação à questão da meta fiscal, estamos analisando o assunto. No momento, a meta anunciada será seguida.

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Conforme a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o aumento médio da gasolina foi de 8,2%, o maior desde 2004, quando o órgão começou a pesquisar preços. Não precisa muita conta para estimar o efeito de uma alta desse tamanho.

Se em qualquer circunstância o impacto seria grande, fica maior quando o país ainda sofre as dores da transição entre uma recessão profunda e duradoura e alguns sinais de reação. E se, depois de "analisar", houver conclusão de que não será possível manter a meta de restringir o rombo, o que vai acontecer? Haverá devolução dos valores pagos a mais por gasolina, diesel e etanol – ao menos nos primeiros dias – para evitar a mudança?

Até agora, Meirelles estava sob fervura com objetivo de dissolver obstáculos entre a demanda por "bondades" do presidente Michel Temer para se manter no cargo. O ministro definiu a meta e assentou sobre esse número sua credibilidade. Era o que mais resistia a qualquer hipótese de alteração, exatamente por esse motivo. No capítulo mais recente, ao atiçar o fogo, corre o risco de ver sua imagem dissolvida.


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Lava Jato recorre e pede condenação maior a Lula no caso do triplex

Bernardo Barbosa

Do UOL, em São Paulo

Dida Sampaio - 15.mai.2017/Estadão ConteúdoO ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

  • O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

A força-tarefa da Operação Lava Jato no MPF-PR (Ministério Público Federal no Paraná) pediu punições mais duras para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no chamado processo do tríplex. A reivindicação foi feita nesta segunda-feira (31) em razões de apelação entregues à 8ª Turma do TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

Lula foi condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com pena total de nove anos e meio de prisão --ele recorre em liberdade. Após a condenação, a defesa do ex-presidente afirmou que a sentença "ignorou evidências esmagadoras de inocência" do petista e sucumbiu a um "viés político".

Os procuradores da Lava Jato querem que Lula também seja condenado por lavagem de dinheiro devido a supostas ilegalidades envolvendo o armazenamento do acervo presidencial. Segundo a denúncia do MPF, a construtora OAS pagou R$ 1,3 milhão pelo armazenamento, e o dinheiro seria derivado de contratos com a Petrobras. A empreiteira teria assinado um "contrato ideologicamente falso de armazenagem de materiais de escritório e mobiliário corporativo" com a empresa que guardou o acervo.

"Resta evidente que o conteúdo do contrato celebrado não consistiu em erro, mas se apresenta como clara fraude contratual, na tentativa pelos denunciados de ocultarem e dissimularem a real propriedade dos bens armazenados e o financiamento de despesas atinentes ao ex-presidente Lula e ao Instituto Lula pelo Grupo OAS", diz o pedido de apelação.

Ainda segundo o MPF-PR, a indenização que Lula deve pagar à Petrobras como "dano mínimo" deve ser de R$ 87,6 milhões, e não de R$ 16 milhões, como definido por Moro em sua sentença. Para os procuradores, o valor de R$ 87,6 milhões corresponde ao prejuízo mínimo do esquema de corrupção da OAS envolvendo contratos com a Petrobras. A força-tarefa afirma que os R$ 16 milhões representam o "produto do crime" destinado apenas ao PT, "e não todo o resultado dos atos de corrupção objeto de condenação".

O MPF-PR também pede que a turma do TRF4 considere, para o caso de Lula, o trecho do Código Penal segundo o qual deve ser agravada a pena de quem "promove, ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes". Além disso, os procuradores citam parágrafo da lei de lavagem de dinheiro (lei 9.613/98) que prevê aumento de pena "se os crimes definidos nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa."

A procuradoria quer ainda que Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, absolvido por Moro, seja condenado por lavagem de dinheiro por intermediar a negociação envolvendo as "tralhas" do petista.

"Entretanto, inobstante tenha dado seu aceite à proposta da Granero, Paulo Okamotto, tutelando os interesses do ex-Presidente Lula e aproveitando o fato de que o Grupo OAS, consoante anteriormente descrito, possuía pendências de vantagens indevidas a serem transmitidas para representantes do Partido dos Trabalhadores - PT no âmbito do esquema criminoso que se erigiu no seio e em desfavor da Petrobras e que beneficiava, além de empreiteiras, agentes públicos e políticos, notadamente Lula, convocou uma reunião no Instituto Lula nos últimos meses de 2010 e solicitou a Léo Pinheiro, então Presidente da empresa, que assumisse os gastos com o armazenamento dos bens pertencentes ao ex-Presidente da República", sustenta a força-tarefa.

Por fim, o Ministério Público Federal pede a condenação dos executivos da OAS Paulo Gordilho, Fábio Yonamine e Roberto Moreira, absolvidos pela acusação de lavagem de dinheiro.

O UOL telefonou duas vezes na tarde desta segunda-feira (31) para o escritório Teixeira, Martins e Associados, que faz a defesa de Lula. A reportagem pediu para falar com algum advogado que atua na defesa do ex-presidente ou com a assessoria de imprensa do escritório, mas não foi encaminhada a ninguém que pudesse falar sobre a apelação feita pelo MPF-PR.

A sentença

Na sentença do processo do tríplex, o juiz condenou Lula por ter sido destinatário "especificamente de cerca de R$ 2.252.472,00" por meio do imóvel no litoral paulista, "sem o pagamento do preço correspondente e da realização de reformas no apartamento às expensas da [empreiteira] OAS".

Esse valor teria ligação, segundo Moro, com R$ 16 milhões em vantagens indevidas a partir de contrato celebrados entre a Petrobras e a OAS que favoreceram "agentes do Partido dos Trabalhadores".

Moro pediu "o sequestro de bens do ex-presidente para recuperação do produto do crime e o arresto dos mesmos bens para garantir a reparação do dano". Os valores devem ser revertidos à Petrobras. O ressarcimento só deverá feito se a condenação for confirmada após recursos em todas instâncias.

O juiz diz que "não tem relevância se os bens [sequestrados] foram ou não adquiridos com recursos lícitos".

Mais Lava Jato

A ação penal conhecida como o "processo do tríplex", em que Lula foi condenado, chegou ao fim na primeira instância, mas Lula e Moro deverão se encontrar em uma nova oportunidade ainda este ano.

O ex-presidente é réu em um segundo processo na Justiça Federal no Paraná. Ele é acusado de participar de um esquema de corrupção envolvendo oito contratos entre a empreiteira Odebrecht e a Petrobras.

Lula pode se tornar réu ainda em um terceiro processo com Moro na Lava Jato. O MPF ofereceu, em 22 de maio, uma nova denúncia contra Lula, acusando-o, mais uma vez, de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Desta vez, os crimes envolvem um sítio em Atibaia (SP). Segundo os procuradores, o imóvel passou por reformas custeadas pelas empresas Odebrecht, OAS e Schahin em benefício do petista e de sua família. Em troca, os três grupos teriam sido favorecidos em contratos com a Petrobras.

Moro ainda não decidiu se acolhe ou não os novos argumentos da força-tarefa da Lava Jato.


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Doentes graves e presos terão mais tempo para sacar FGTS de contas inativas

Do UOL, em São Paulo

iStock

Hoje é o último dia para a maioria dos trabalhadores sacar o dinheiro das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Há duas exceções:trabalhadores com doenças graves ou que estão presos e que não puderam ir a uma agência da Caixa Econômica Federal no período de 10 a 31 de julho. Para esses dois casos, o saque poderá ser feito até 31 de dezembro de 2018, mas será preciso comprovar a situação com atestado médico ou certidão de prisão.

A prorrogação do prazo havia sido anunciada na semana passada, com a publicação de um decreto, mas os detalhes só foram divulgados nesta segunda-feira (31), pelo Diário Oficial da União.

Para quem não se enquadra nas exceções e deixou para ir à Caixa no último dia, a dica é se precaver e levar a carteira de trabalho e, se possível, a rescisão do contrato com a empresa. A partir de amanhã (1º), só será possível sacar o FGTS de contas inativas seguindo as regras antigas: ao se aposentar ou se for comprar a casa própria, por exemplo.

Provas: atestado médico ou certidão de prisão

No caso dos doentes graves e presos que não puderam ir ao banco receber o dinheiro, se quiserem aproveitar a prorrogação do prazo será preciso apresentar à Caixa documentos que comprovem que não tiveram como ir a uma agência entre os dias 10 e 31 de julho.

No caso dos doentes, deverá apresentar um atestado médico. Aqueles que estavam presos terão que apresentar certidão da Vara de Execução Penal, da Vara de Execução Criminal ou do juízo responsável que decretou a prisão. Também é possível pedir o documento para a autoridade da unidade prisional.

Em alguns casos de doenças graves, o dinheiro de todas as contas do FGTS pode ser sacado a qualquer momento, independentemente desses prazos. Isso vale, por exemplo, se o trabalhador ou seu dependente for portador do vírus HIV, tiver câncer ou estiver em estágio terminal por causa de uma doença grave.

Quem tem direito ao saque das contas inativas?

Tem direito ao saque do FGTS inativo o trabalhador com carteira assinada que pediu demissão ou foi demitido por justa causa até 31 de dezembro de 2015.

O saque das contas inativas começou em março, e os últimos a terem os recursos liberados foram os trabalhadores nascidos em dezembro. Mesmo aqueles que poderiam ter sacado nos meses anteriores ainda podem receber o dinheironormalmente.

COMO SABER SE VOCÊ TEM DIREITO AO SAQUE DE CONTA INATIVA
Como receber seu dinheiro

Há diferentes opções disponíveis para receber os valores de contas inativas do FGTS. A Caixa orienta que, antes de sair de casa, o trabalhador consulte o site ou o 0800-726-2017 para descobrir qual a melhor opção de pagamento para ele.

1. Crédito em conta

- Tem conta poupança individual na Caixa? Não precisa fazer nada: o dinheiro já deve ter sido transferido automaticamente, no primeiro dia do calendário de saques.

2. Caixas eletrônicos

- Tem até R$ 1.500 em cada conta inativa para receber? É possível sacar o dinheiro nos caixas eletrônicos da Caixa só inserindo a senha do Cartão do Cidadão, mesmo que tenha perdido o documento. Esse é o caso da maioria dos trabalhadores, segundo dados da Caixa.

- Tem entre R$ 1.500 e R$ 3.000 em cada conta inativa para receber? Você pode sacar o dinheiro em caixas eletrônicos da Caixa. Preciso do Cartão do Cidadão e da respectiva senha.

Atenção: o limite de valor é para cada uma das contas inativas. Por exemplo, se o trabalhador tiver R$ 1.000 em uma conta e R$ 1.500 em outra, pode fazer os dois saques em caixas eletrônicos.

3. Agências lotéricas e correspondentes

- Tem até R$ 3.000 em cada conta inativa para receber? Você também pode sacar o dinheiro em agências lotéricas e correspondentes Caixa Aqui. Você precisa levar o Cartão do Cidadão, a respectiva senha e um documento com foto.

Atenção: o limite é para cada uma das contas inativas. Por exemplo, se o trabalhador tiver R$ 2.000 em uma conta e R$ 2.500 em outra, pode fazer os dois saques em lotéricas ou correspondentes bancários.

4. Agências da Caixa

- Tem mais de R$ 3.000 em uma conta inativa para receber? Nesse caso, é preciso ir a uma agência da Caixa. Os documentos necessários são o número do PIS (Programa de Integração Social) e um documento com foto.

- Tem mais de R$ 10 mil em uma conta inativa para receber? É preciso ir a uma agência da Caixa e é obrigatório levar também a carteira de trabalho ou documento que comprove o fim do vínculo de trabalho.

Atenção: a Caixa recomenda que todos que forem a uma agência levem um documento com foto mais a carteira de trabalho para facilitar o atendimento.

Saque ou transferência para outros bancos

Além de sacar o valor em dinheiro, quem for às agências da Caixa também poderá transferir os recursos para outro banco sem pagar nada.

Para quem tem conta poupança na Caixa, há uma vantagem: o prazo para transferir o dinheiro é maior, até 31 de agosto. Para os demais, o prazo é 31 de julho.


UOL Economia


INSS convoca segurados por incapacidade para reavaliação de benefício


Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil

inss.jpgAntonio Cruz/Agência Brasil

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) convoca para perícia, pela segunda vez, milhares de segurados que recebem o benefício por incapacidade. De acordo com o Diário Oficial da União  de hoje (1º)  a nova chamada ocorre após uma tentativa do órgão de notificar os beneficiados pelo correio. As correspondências não teriam chegado porque os dados dos endereços indicados no cadastro do Sistema Único de Benefícios estariam incompletos ou desatualizados.

Os segurados listados têm cinco dias corridos, a contar de hoje, para informar sobre a data marcada para a perícia. O contato deve ser feito pela central de teleatendimento do INSS, pelo número 135. O benefício pode ser suspenso até que o convocado passe pela reavaliação.

Para evitar o cancelamento, os segurados poderão consultar a pagina do DOU, para conferir se seu nome consta na lista. No campo de busca do site, deverão digitar seu nome entre aspas, selecionando apenas a seção 3 e a data de hoje.


Agência Brasil

Reitoria da Uerj adia início do ano letivo de 2017 por tempo indeterminado

A Reitoria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) anunciou, em nota divulgada na noite desta segunda-feira (31), que decidiu adiar o início do ano letivo de 2017, que começaria nesta terça-feira (1º). Não foi definida uma nova data para a volta às aulas.

O motivo do adiamento, segundo a reitoria, são as condições precárias de manutenção da universidade, com o não pagamento das empresas terceirizadas, contratadas por meio de licitação pública. “Limpeza, vigilância e coleta de lixo estão restritas, além de o restaurante universitário permanecer fechado”, especificou a reitoria em nota.

Outro motivo apontado para o adiamento é o atraso recorrente de salários dos funcionários e professores, referentes aos meses de maio e junho, possivelmente também julho, além do não pagamento do décimo terceiro salário e no atraso nas bolsas, incluindo de alunos cotistas, o que impede que venham para a universidade.

“Atingimos um patamar insuportável que impede a universidade de bem exercer suas funções de ensino, pesquisa e extensão. Também o nosso Hospital Universitário Pedro Ernesto padece do mesmo problema e funciona com limitações quase impeditivas, diminuindo amplamente o atendimento à população”, expôs a nota.

Segundo a reitoria, outro fator que causa grande contrariedade é o fato, considerado discriminatório, de o governo do Rio manter em dia salários de alguns setores, notadamente da segurança pública, e de parcelar os vencimentos de outros.

“Todo o quadro acima mencionado nos impõe a decisão de não dar início ao semestre letivo no dia 1º de agosto, conforme anteriormente previsto no calendário acadêmico. À medida que surjam novos fatos, voltaremos a nos manifestar acerca do início das aulas”, finaliza a nota.


Agência Brasil



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