quinta-feira, 8 de maio de 2025

Veja como saber se você teve valores descontados do INSS

 Processo pode ser feito pelo aplicativo ou site do INSS

Aposentados ou pensionistas podem verificar se tiveram descontos | Foto: Marcos Santos / USP Imagens / CP


No mês passado, a Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto, que investiga descontos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS por organizações da sociedade civil. Entre 2019 e 2024, essas entidades descontaram R$ 6,3 bilhões de segurados do INSS. Abaixo veja como saber se você foi afetado:

Basta acessar, com login e senha, o Meu INSS (site ou aplicativo), clique em “Consultar Benefício” e, em seguida, em “Extrato de Pagamento”.

Clique no mês que aparece (por padrão, aparecem somente as duas últimas competências, mas é possível visualizar as anteriores também). Na tabela que aparece, irá constar o possível valor do desconto, se houver.

Abertura de reclamação

Em caso positivo, o aposentado ou pensionista pode pedir a suspensão dos descontos ilegais. O INSS recomenda a abertura de uma reclamação na ouvidoria do órgão, pelo telefone 135 ou no próprio site ou aplicativo Meu INSS. O segurado também pode procurar a plataforma Fala.br, da CGU, que unifica a ouvidoria de diversos órgãos federais.

O aposentado ou pensionista também deve registrar uma ocorrência no Portal do Consumidor. Isso porque a entidade que fez os descontos indevidos podem ser suspensas e até ter o contrato com o INSS rescindido, caso o volume de queixas e de sanções seja grande.

Ao constatar eventuais descontos associativos não autorizados, o aposentado ou pensionista deve pedir a exclusão da retirada.

O site e o aplicativo do Meu INSS oferecem o “excluir mensalidade associativa”. Para chegar lá, o usuário deve seguir as seguintes etapas:

  • Entrar no Meu INSS
  • Fazer login com CPF e senha do Gov.br
  • Ir em "Serviços", em "Mais acessados"
  • Clicar no botão "Novo pedido"
  • Digitar no campo de busca "Excluir mensalidade"
  • Clicar no nome do serviço/benefício não autorizado
  • Ler o texto que aparece na tela e seguir as instruções

Bloqueio de mensalidade

O usuário também pode suspender os descontos. Diferentemente da exclusão, o bloqueio de mensalidade permite que o aposentado ou pensionista retome a retirada no futuro. Os passos a serem seguidos são os seguintes:

  • Entrar no Meu INSS
  • Fazer login pelo CPF e a senha do Gov.br
  • No campo de pesquisa da página inicial, digitar "solicitar bloqueio ou desbloqueio de mensalidade"
  • Clicar no nome do serviço ou do benefício na lista que aparecer
  • Ler o texto que aparece na tela e seguir as instruções

Ressarcimento

O novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, afirmou, nessa segunda-feira, 5, que o governo irá cobrar ressarcimento dos conglomerados de empresas envolvidos nos descontos indevidos em aposentadorias e pensões. "Vamos buscar recursos nos sócios e conglomerados de empresas para ressarcir", declarou. Segundo ele, o pagamento aos segurados prejudicados deve começar ainda nesta semana.

As declarações foram dadas em entrevista à GloboNews, na qual Waller Júnior afirmou que caso os recursos não sejam suficientes ou disponíveis de imediato, a administração pública poderá assumir a responsabilidade pelo pagamento.

"O segundo passo é que a administração pública vai arcar com o restante que não conseguiu essa restituição. Aparentemente sim, aparentemente isso é uma consequência", disse.

Questionado sobre a possibilidade de o Tesouro Nacional ser acionado para viabilizar os pagamentos, Waller não descartou a hipótese. "Não dá para garantir que Tesouro fique fora; estamos estudando método de ressarcimento", disse. O tema é acompanhado de perto por integrantes da equipe econômica por seu potencial impacto fiscal.

Ele indicou também que o formato do pagamento ainda está sendo debatido. "Estamos discutindo como ressarcir, se parcelado, ou não".

Correio do Povo

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