sábado, 3 de maio de 2025

Petro diz que jornalistas colombianas estavam em barco com ajuda para Gaza atacado por drones

 Ataque não deixou feridos e chancelaria colombiana afirmou em comunicado que as profissionais retornarão ao país nos próximos dias

Petro chamou o ataque à ajuda humanitária de "nazista" | Foto: Colombia's Presidency Press Office / AFP / CP


Duas jornalistas colombianas estavam a bordo do barco com ajuda humanitária que foi atacado nesta sexta-feira, na altura de Malta, no mar Mediterrâneo, quando seguia rumo à Faixa de Gaza, informou o presidente Gustavo Petro, que tachou a ação como conduta de “nazistas”. Ativistas da Flotilha da Liberdade, um movimento de solidariedade aos palestinos, suspeitam que Israel seja responsável pelo ataque a sua embarcação, que não deixou feridos.

O Exército israelense não confirmou nem desmentiu as acusações. Alejandra Cuéllar e Diana Carolina Alfonso, jornalistas da publicação Red, viajavam na frota "bombardeada ontem por drones aparentemente de Israel”, informou na rede X o presidente colombiano, que rompeu relações com o governo de Benjamin Netanyahu em 2024 por causa do conflito." O ataque à solidariedade humana é de Nazistas”, acrescentou em sua mensagem.

Petro é um aliado da causa palestina, e classificou de “genocídio” a incursão militar israelense na Faixa de Gaza. Ele ordenou a seu serviço diplomático ativar mecanismos de “máxima atenção e ajuda” para as repórteres, vinculadas ao portal do Canal Red, dirigido pelo político espanhol Pablo Iglesias. A chancelaria colombiana assegurou em comunicado, hoje, que “as compatriotas retornarão ao país nos próximos dias”.

Desde 2 de março, Israel impôs um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária em Gaza. A guerra foi desencadeada pelo ataque do movimento islamista palestino Hamas, no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.218 pessoas do lado israelense, em sua maioria civis, segundo balanço da AFP baseado em dados oficiais. Em resposta, Israel lançou uma campanha militar na Faixa que ceifou a vida de pelo menos 52.418 pessoas, também civis em sua maioria, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, território governado pelo Hamas, que a ONU considera confiáveis.

AFP e Correio do Povo

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