quarta-feira, 7 de maio de 2025

Entenda como criar senhas fortes para garantir sua segurança digital

Especialista da UniRitter explica como funciona a primeira linha de defesa no universo virtual

Recomendações atuais incluem o uso de autenticação de duplo fator, exigência de senhas fortes e bloqueio de contas após tentativas de login mal sucedidas | Foto: Freepik / CP

 

Em um mundo cada vez mais conectado, em que nossas vidas estão registradas em redes sociais, plataformas de serviços, aplicativos bancários e ambientes corporativos virtuais, proteger dados pessoais e profissionais deixou de ser um diferencial se tornou uma necessidade urgente. Entre os diversos mecanismos de segurança digital, as senhas continuam sendo a principal barreira contra acessos não autorizados.

O professor Vitor Leães, professor de Tecnologia da Informação da UniRitter, explica que a senha é o primeiro escudo de proteção em qualquer sistema digital. “A segurança da informática passa por uma cadeia de fatores, como criptografia, autenticação em duas etapas e boas práticas de navegação. Mas a senha é a base. Sem ela, qualquer estratégia perde força”, afirma. Para ele, é importante pensar na senha como uma proteção física. “Ninguém deixa sua carteira ou sua bolsa aberta no meio da rua. A senha funciona do mesmo jeito: ela impede que qualquer um tenha acesso às suas informações pessoais.”

O que é, afinal, uma senha forte?

Uma senha forte precisa ser difícil de prever. De acordo com o docente, os padrões atuais de segurança recomendam que uma boa senha tenha entre 12 e 16 caracteres e combine letras maiusculas, minúsculas, números e símbolos. “O ideal é que ela não faça sentido lógico, ou seja, que não forme palavras reconhecíveis ou sequências previsíveis. Isso dificulta o trabalho de programas que tentam descobrir senhas por força bruta, testando combinações automaticamente”.

Como criar senhas fortes?

Um dos grandes desafios dos usuários é criar senhas complexas sem torná-las impossíveis de lembrar. “Uma boa estratégia é usar nomes de animais de estimação, nomes bíblicos ou de santos, números de telefone antigos, tudo isso embaralhado ou misturado com símbolos. Outra alternativa é criar uma frase e usar apenas as iniciais, substituindo letras por números e símbolos. Por exemplo, a frase “Meu cachorro Rex nasceu em 2010 na rua A” poderia virar: “McRn@2010rA!”. É uma senha longa, complexa e ao mesmo tempo fácil de lembrar para quem a criou.

Senha forte sem alterações

A norma complementar ISO 27.002 não recomenda mais as trocas periódicas de senhas, com exceção para os casos de suspeita de comprometimento. As diretrizes mais recentes de segurança apontam que mudanças frequentes podem ser prejudiciais, já que os usuários tendem a criar senhas previsíveis e as anotarem. As recomendações atuais incluem o uso de autenticação de duplo fator, exigência de senhas fortes e bloqueio de contas após tentativas de login mal sucedidas.

Erros mais comuns

Muitas pessoas ainda cometem erros na hora de criar suas senhas. “Um dos principais equívocos é usar informações pessoais fáceis de adivinhar, como datas de nascimento, nomes próprios, nome dos filhos ou o próprio login de e-mail”, aponta o professor. “Outro erro muito comum é criar senhas com sequências numéricas simples como ‘123456’ ou ‘000000’. Esses são os primeiros padrões testados em ataques automatizados”.

Além disso, segundo ele, muitas pessoas tendem a repetir a mesma senha em vários serviços, o que aumenta significativamente o risco. Se um único site sofrer uma violação, todos os outros acessos com aquela senha ficam vulneráveis.

Correio do Povo

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