Casa Legislativa planeja enviar papéis comprometidos à São Paulo para tratamento com ozônio; medida é vista com otimismo pela direção
“O primeiro andar todo foi alagado. A gente perdeu de mobiliário e material de expediente até documentos importantes”. É isso que disse à reportagem Maurício Bergmann, integrante da Diretoria Geral da Câmara de Porto Alegre. Atualmente, a Casa Legislativa realiza reformas na estrutura e estuda enviar os papéis comprometidos a São Paulo para um possível restauro.
Durante a enchente de maio do ano passado, a Câmara de Vereadores da Capital inundou. A água chegou a atingir 1,5 metro de altura e, com isso, móveis, computadores e vários outros itens do patrimônio foram danificados. Dentre eles, destacam-se os documentos.
“Documentos de todos os tipos. Processos administrativos, fichas financeiras/funcionais, registros fotográficos históricos (negativos).” Bergmann explica que o primeiro andar abrigava os setores administrativos, de protocolo e arquivo histórico. Os materiais que vieram a ser debilitados pela água estavam armazenados lá.
Frente às perdas e danos, a Casa mobilizou processos de contratação de serviços especializados. Um deles foi relativo a recuperação dos negativos. “A princípio, todos foram salvos ou estão em processo de recuperação”, disse Bergmann.
As fichas financeiras também foram restauradas. O membro da diretoria conta que, após a água baixar, uma comissão recolheu os documentos e os secou manualmente. “Pegamos uma sala da Câmara e penduramos elas (as fichas) em varais”.
Agora, a Casa direciona seus esforços para recuperar “um acervo maior” de materiais. A ideia é mandar esses documentos – que incluem fichas funcionais, processos administrativos e atas de comissão – para São Paulo, onde será feito um tratamento com ozônio para desinfetá-los. Uma vez manuseáveis, eles serão digitalizados.
“Considerando a nossa pesquisa e os resultados obtidos pela Secretaria da Cultura (que também utilizou do método), temos boas expectativas de ter uma recuperação quase total”, afirmou Bergmann. Espera-se que o primeiro andar da Câmara retome as suas atividades ainda em 2025.
Correio do Povo
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