quinta-feira, 10 de abril de 2025

Palmeiras joga mal de novo, mas ganha do Cerro Porteño e lidera grupo na Libertadores

 Verdão voltou a mostrar futebol apático e aplicou apenas 1 a 0 contra a modesta equipe paraguaia

Ríos fez o gol e protestou com a torcida | Foto: Miguel Schincariol / AFP / CP


O Palmeiras fez mais uma melancólica apresentação, encontrou dificuldades contra o limitado Cerro Porteño, mas deixou o Allianz Parque com vitória magra, conquistada por 1 a 0 nesta quarta-feira. O colombiano Richard Ríos fez o gol que definiu o triunfo e comemorou cobrando silêncio em direção à própria torcida palmeirense.

O resultado garante o Palmeiras na liderança de seu grupo na Libertadores, o G. São seis pontos em duas partidas e 100% de aproveitamento no torneio mais importante do continente, que disputa há 10 anos de forma consecutiva e no qual busca o tetra. O Cerro, com três pontos, é o terceiro colocado.

Foi torturante para os pouco mais de 20 mil palmeirenses que foram ao Allianz Parque assistir à equipe, sobretudo no primeiros minutos da etapa inicial. Viram a repetição das últimas atuações: um time travado, burocrático, pouco criativo, inócuo e aparentemente incapaz de se reinventar. Em tese, piorou o cenário depois que Raphael Veiga, com uma luxação no ombro, teve de sair.

Mas Felipe Anderson, o escolhido para substituir Veiga, mostrou muito mais do que vinha apresentando o titular no meio de campo. Acertou alguns passes e melhorou a qualidade do ataque. Só que seguiu mal coletivamente o time, lento e com erros de passes em profusão. Quando a impaciência crescia e a torcida ensaiava vaias, o gol saiu.

Murilo, um zagueiro, assumiu o papel que era de um camisa 10 e encontrou Facundo Torres, que cruzou para Felipe Anderson. O meio-campista ajeitou para Ríos empurrar à rede. O colombiano desabafou com um gesto pouco inteligente em direção à torcida, que prontamente cobrou o jogador. 'Rios, presta atenção, muito respeito com a torcida do Verdão', cantou a organizada do Palmeiras na saída do meio-campista, que foi substituído no segundo tempo e fez um gesto se desculpando.

A rede até voltou a balançar, com Vitor Roque. Seria o primeiro gol do jovem atacante, o mais caro da história do futebol brasileiro, comprado por cerca de R$ 150 milhões. Só que a arbitragem, após mais de cinco minutos, invalidou o lance ao enxergar impedimento milimétrico com o auxílio do VAR.

Seguiu um duelo travado, de poucas oportunidades e quase nenhuma inspiração. Poderia ter feito mais o Palmeiras nos seus contra-ataques se Flaco López tivesse feito escolhas melhores. O argentino perdeu dois gols na frente de Gatito Fernández, um após linda assistência por elevação de Estêvão. Ele até também marcou, mas de novo o árbitro anulou o lance por impedimento.

O Cerro, um time bastante frágil tecnicamente, não encontrou forças para ao menos incomodar. A Libertadores dá uma pausa e toda a atenção será direcionado ao Brasileirão. No sábado, às 18h30, o Palmeiras reencontra seu maior rival, o Corinthians. O dérbi será disputado na Arena Barueri porque Gilberto Gil tocará no Allianz Parque.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

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