"Não podemos aceitar passivamente esta onda de censura às redes sociais e à liberdade de opinião", diz Sebastião Melo
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), criticou nesta quarta-feira (9) o recente comportamento do Poder Judiciário por determinar a suspensão de perfis no Twitter de diferentes políticos.
Nas últimas semanas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ordenou que fossem retirados do ar páginas que teriam compartilhado informações falsas sobre o processo eleitoral no pleito deste ano. Alguns dos alvos das decisões foram a deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP), o deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL-MG) e Marcos Cintra, candidato a vice da ex-presidenciável Soraya Thronicke (União Brasil).
Melo considerou a postura do Tribunal como uma ditadura. "O MDB tem na defesa da liberdade e da democracia os seus valores fundamentais. E sempre combateu o arbítrio. Hoje, porém, silencia sobre a ditadura do judiciário. Como democratas, não podemos aceitar passivamente esta onda de censura às redes sociais e à liberdade de opinião", disse o prefeito.
O MDB tem na defesa da liberdade e da democracia os seus valores fundamentais. E sempre combateu o arbítrio. Hoje, porém, silencia sobre a ditadura do judiciário. Como democratas, não podemos aceitar passivamente esta onda de censura às redes sociais e à liberdade de opinião.
— Sebastião Melo (@SebastiaoMelo) November 9, 2022
De acordo com ele, "há um absoluto desrespeito às manifestações individuais e coletivas". "Sob o pretexto de combate às fake news, redes sociais são canceladas, jornalistas censurados, vozes caladas. A violação desse direito constitucional cresce assustadoramente em nosso país", pontuou.
"O caráter democrático, aliás, é o mesmo que me faz ser contrário a qualquer movimento que busque intervenção militar. Esse não foi e não é o país que o MDB ajudou a construir", completou o prefeito.
Musk prometeu analisar casos
O novo dono do Twitter, Elon Musk, afirmou no domingo (6) que vai examinar supostos casos de censura na rede social contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). A afirmação foi feita após o bilionário ter sido marcado em uma publicação que responsabilizava a plataforma por reprimir políticos.
Em uma postagem, o comentarista Paulo Figueiredo Filho acusou a rede social de prática ilegal. "É claro que o Twitter precisa obedecer às decisões do 'tribunal' brasileiro. Mas a empresa foi além, impondo espontaneamente a própria censura, ainda mais rigorosa do que a de nossos tribunais falhos. Seus moderadores estão sendo mais ditatoriais do que nossos próprios tribunais", disse. "Vou dar uma olhada nisso", respondeu Musk.
R7 e Correio do Povo
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