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segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Equipe de Lula quer frear indicações de Bolsonaro para o Judiciário e cargos no exterior

 


A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenta frear indicações que o atual chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL) já enviou ou quer enviar para posições de alta hierarquia no Judiciário e para postos diplomáticos no exterior.

Segundo assessores de Lula, a intenção é evitar que essas indicações sirvam a um projeto político do grupo que vai deixar o governo. Antes de sair do cargo, em 31 de dezembro, Bolsonaro pode indicar, por exemplo, 16 desembargadores de Tribunais Regionais Federais. Há ainda diplomatas com indicações a serem votadas no Senado. O grupo de Lula avalia que o ideal seria travar essas análises até a posse do presidente eleito, em 1º de janeiro.

Algumas das indicações feitas para postos no exterior podem até ser liberadas, mas a ideia é que o futuro ministro das Relações Exteriores faça a análise individual dos indicados antes de manter os nomes. A equipe de transição ainda não indicou quem será o novo chefe do Itamaraty.

Em reta final de mandato, é comum que o presidente de saída aproveite essas indicações para premiar diplomatas que trabalharam com ele durante o governo.

No caso do Judiciário, a avaliação é que aliados de Bolsonaro têm interesse direto nas indicações de desembargadores, seja por questões políticas, seja por processos em tramitação na Justiça.

Por isso, mesmo que o atual presidente da República encaminhe as nomeações, a estratégia é evitar que elas sejam votadas no Senado.

“Revogaço”

Além dessas nomeações, a equipe de Lula trabalha para montar um “revogaço” de decretos baixados por Bolsonaro, principalmente na área de armas e ambiental.

O senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), cotado para o ministério de Lula, já antecipou que o novo governo vai revogar os decretos de Bolsonaro que permitiram aumentar a venda de armas no País.

Segundo Dino, a intenção, inclusive, é recolher armas vendidas neste período para os CACs (colecionadores, atiradores amadores e caçadores). A venda de armas para esses grupos quase quintuplicou durante o mandato de Bolsonaro. Os decretos estão suspensos pelo Supremo Tribunal Federal. As informações foram divulgadas pelo jornalista Valdo Cruz.

O Sul

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