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quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Em Brasília, Lula tem agendas estratégicas

 Presidente eleito se encontrou com os chefes dos Poderes nesta quarta-feira

Taline Oppitz

Presidente eleito, Lula (PT) cumpriu agendas em Brasília, nesta quarta-feira, pela primeira vez desde a vitória nas urnas sobre Jair Bolsonaro (PL). Estrategicamente, o petista se reuniu com os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, e do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Os demais ministros também estiveram presentes no encontro.

Na mesma data, horas antes, o pai de Lira, ex-senador e ex-deputado federal Benedito de Lira (PP), afirmou que o apoio a Bolsonaro, garantido por ele e pelo filho, não representa obstáculo para que o presidente da Câmara agora feche uma aliança com Lula. “Terminou a eleição? Acabou. Vamos pensar no futuro”, disse Benedito em entrevista à Folha de São Paulo.

É a política e sua dinâmica. Arthur Lira é um dos líderes do chamado Centrão, bloco estratégico que pode determinar a vitória ou derrota de projetos do Planalto. Os movimentos de Lula na Capital Federal deixam claro que o petista tem como objetivo a construção de uma agenda em torno da estabilidade institucional, abalada por diversos episódios durante a gestão de Bolsonaro até agora.

Após o encontro com Lira, Lula escreveu em suas redes que “o país precisa de diálogo e normalidade.” Nas reuniões que manteve em Brasília, além de temas institucionais, Lula abordou a pauta do Orçamento-Geral da União para 2023, que vem mobilizando a equipe de transição em função da necessidade de furar o Teto de Gastos para garantir a manutenção de programas sociais e a implementação de benefícios prometidos na campanha. 

  A Lira, Lula disse que o PT não terá candidato à presidência da Câmara. Foto: Sérgio Lima / AFP / CP

Gaúchos na transição

O ex-governador Germano Rigotto (MDB), por ora, é um dos únicos gaúchos a integrar a equipe de transição por parte do futuro governo. Segundo ele, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, telefonou nesta quarta-feira pela manhã e disse que ele poderia ser indicado para o setor de Indústria e Comércio. Em seguida, seu nome foi confirmado. Rigotto destacou que participar da transição não significa eventual entrada no futuro governo, à exceção de Simone Tebet, que tem relação e acertos pessoais com Lula. Rigotto disse ainda que o gaúcho João Gabbardo deve ser convidado para integrar o setor de Saúde. Gabbardo afirmou que ainda não foi contatado. 

Correio do Povo

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