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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Reunião entre Rússia e Ucrânia deve acontecer nesta segunda-feira

 


O presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky, concordou em enviar uma delegação ucraniana para se reunir com uma delegação russa em Belarus, informou o gabinete presidencial em nota divulgada neste domingo. Segundo o gabinete, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, ligou para Zelensky para fazer o pedido.

O anúncio ucraniano ocorreu depois do presidente russo, Vladimir Putin, colocar as forças nucleares da Rússia em alerta máximo.

No quarto dia de guerra, forças ucranianas resistem ao avanço russo em Kharkiv e Kiev, as duas maiores cidades no país, freando o avanço russo mostrado nas primeiras horas do conflito. Acompanhe aqui em tempo real a guerra na Ucrânia (liberado para não assinantes).

“A Rússia não estava querendo nenhuma conversa. Depois que sofreram dificuldades, agora falam em negociações”, disse o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba. “O fato de a Rússia estar disposta a conversar já é uma vitória para a Ucrânia.”

Horas depois de aceitar o encontro, Zelenski disse ter dúvidas sobre a boa vontade russa para negociações. “Vamos conversar para que nenhum cidadão ucraniano ache que não agi para parar essa guerra quando tive uma chance, por menor que essa chance seja”, declarou.

O Kremlin informou neste domingo (27) que uma comitiva de autoridades russas desembarcou durante a manhã (madrugada em Brasília) na cidade de Gomel, em Belarus, para iniciar negociações com autoridades ucranianas – no gesto mais concreto de diplomacia partindo de Moscou desde o início da invasão da Ucrânia.

Mais cedo, Putin ordenou que as forças de dissuasão nuclear russas sejam colocadas em alerta máximo, em uma dramática escalada das tensões entre a Rússia e o Ocidente em torno da invasão da Ucrânia.

Na prática, a medida coloca as armas nucleares da Rússia em prontidão de lançamento, aumentando os temores de que a invasão possa se transformar numa guerra nuclear. Até o momento, no entanto, não há indicativos de que Putin tenha planos concretos de utilizá-las.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, chamou a decisão de Putin de irresponsável. “É uma retórica perigosa que, combinada com o que ele está fazendo na Ucrânia, amplia a gravidade da situação”, disse Stoltenberg à CNN.

Negociações em Belarus

Uma delegação de representantes dos “ministérios das Relações Exteriores, da Defesa e de outras pastas, incluindo a administração presidencial, chegou a Belarus para negociações com os ucranianos”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov.

“A delegação russa está pronta para as negociações e agora estamos esperando os ucranianos”, acrescentou.

Logo após o anúncio do Kremlin, o presidente da Ucrânia afirmou que aceitaria as negociações, mas que elas precisariam ocorrer em um país neutro. Pouco depois, mudou de ideia.

O esforço diplomático deve começar um dia após os aliados ocidentais anunciarem uma nova rodada de sanções econômicas contra a Rússia, incluindo o bloqueio alguns bancos russos do sistema de pagamentos global Swift, e no mesmo dia em que tropas russas conquistaram avanços relevantes em solo ucraniano.

O presidente russo, Vladimir Putin, saudou o “heroísmo” dos militares deslocados para a Ucrânia, que na madrugada deste domingo chegaram a Kharkiv, a segunda maior cidade do país, e cercaram posições estratégicas no sul do país.

As informações são dos jornais O Estado de S. Paulo e The New York Times e das agências de notícias AP e AFP.

O Sul

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