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domingo, 27 de fevereiro de 2022

Rússia anuncia expansão da ofensiva na Ucrânia em todas as direções

 Alegação do Kremlin é de que Kiev rejeitou as negociações


O Exército russo recebeu ordens, neste sábado (26), para expandir sua ofensiva contra a Ucrânia. A ofensiva ocorrerá apesar do crescente protesto internacional contra a invasão. A alegação do Kremlin é de que Kiev rejeitou as negociações.

"Hoje, todas as unidades receberam a ordem de ampliar a ofensiva em todas as direções, de acordo com o plano de ataque", declarou o Ministério russo da Defesa, em um comunicado. 

A prefeitura de Kiev decretou um toque de recolher que ficará em vigor de hoje às 8h locais (3h em Brasília) de segunda-feira (28). Em comunicado, a assessoria da prefeitura da capital ucraniana acrescentou que todas as pessoas que estiverem nas ruas durante este período "serão consideradas membros de grupos sabotadores inimigos". 

Até o terceiro dia da ofensiva lançada pelo presidente russo, Vladimir Putin, pelo menos 198 civis ucranianos, incluindo três crianças, foram mortos, e 1.115 pessoas ficaram feridas na Ucrânia, de acordo com o ministro ucraniano da Saúde, Viktor Lyashko.

Washington acusou Moscou de querer assumir o controle de Kiev para "decapitar o governo" ucraniano e, assim, instalar um poder que lhe seja favorável.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky,  assegurou que "armas e equipamentos de parceiros estão a caminho da Ucrânia", referindo-se a uma "coalizão antiguerra", após uma conversa com o presidente francês, Emmanuel Macron. O Ministério holandês da Defesa informou que entregará 200 mísseis antiaéreos Stinger para a Ucrânia "o mais rápido possível". Já Praga anunciou que doará armas no valor de 7,6 milhões de euros para Kiev.

E o secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou uma nova assistência militar à Ucrânia no valor de 350 milhões de dólares. "Este pacote incluirá mais assistência defensiva letal para ajudar a abordar as ameaças blindadas, aéreas e de outro tipo que a Ucrânia enfrenta atualmente", declarou Blinken, em um comunicado.

Confronto em Kiev

Em Kiev, agora uma cidade-fantasma abandonada por seus habitantes, os combates entre as forças russas e ucranianas acontecem na Avenida Vitória. Essa é uma das principais artérias da capital.

Soldados ucranianos em patrulha garantiram à AFP que as forças russas estavam em posição de tiro a poucos quilômetros de distância. Sob um céu azul, os destroços de um caminhão militar atingido por um míssil ainda fumegavam, enquanto detonações eram ouvidas ao longe. O metrô de Kiev está parado e agora serve de "abrigo" antiaéreo para os moradores, anunciou o prefeito Klitschko no aplicativo de mensagens Telegram.

Um grande edifício residencial foi atingido por mísseis na manhã deste sábado, segundo as autoridades ucranianas, que não informaram sobre vítimas.



A noite foi "difícil", disse o prefeito, garantindo que "unidades de sabotagem" de Moscou estão na cidade, mas que ainda não há unidades regulares do Exército russo.

No Facebook, o Exército ucraniano informou que destruiu uma coluna de cinco veículos militares, incluindo um tanque, na Avenida da Vitória, em Kiev. Durante a noite, as autoridades relataram um ataque russo a uma central elétrica no bairro de Troieshchyna, no nordeste da capital.

Até agora, o Ministério russo da Defesa não mencionou a ofensiva em Kiev. Cita apenas disparos de mísseis de cruzeiro contra infraestruturas militares, avanços no leste, onde Exército apoia os separatistas nos territórios de Donetsk e Lugansk, e no sul.



AFP e Correio do Povo

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