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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

O Dia em que um Supermercado Americano Iniciou a Queda do Comunismo Soviético

 Em setembro de 1989, Boris Yeltsin, o popular líder reformista soviético/russo, recém-eleito ao novo parlamento soviético (Soviete Supremo), estava numa viagem diplomática aos EUA. Antes do próximo destino, resolveu comprar “algo típico” para comer durante o voo. Parou, então, num supermercado de bairro qualquer, chamado “Randall’s, no estado do Texas.

Como a “cortina de ferro” ainda existia, Yeltsin não tinha ideia do que encontraria. Tampouco sabia que aquela simples visita mudaria para sempre sua visão sobre o comunismo.
Após a visita, Yeltsin, com 58 anos, disse que, caso os seus concidadãos soviéticos/russos, que geralmente ficavam horas nas filas intermináveis para comprar os alimentos mais básicos, vissem os supermercados americanos, “haveria uma revolução no seu país”.
Yeltsin ficou maravilhado com o simples fato de supermercados como aquele existirem, literalmente em cada esquina americana. A loja até lhe ofereceu amostras de queijo grátis. De acordo com a repórter que o acompanhou na ocasião, Yeltsin não saiu de mãos vazias, pois recebeu como presente uma pequena bolsa de guloseimas para degustar durante a sua viagem.
Muitos anos depois, o biógrafo do líder russo confidenciou que, já no avião, viajando até o seu próximo destino, Miami, Yeltsin estava envergonhado e cabisbaixo. Não conseguia parar de pensar na enorme abundância de comida disponível nos EUA, principalmente se comparada com a miséria, em termos de oferta alimentar, acessível aos cidadãos soviéticos.
Na autobiografia autorizada de Yeltsin, ele escreveu sobre a sua experiência no supermercado Randall’s e sobre como ela destruiu a sua visão do comunismo. Dois anos depois, ele saiu do Partido Comunista e começou a fazer reformas econômicas e sociais. Assim, os simples pudins americanos derrotaram a ideologia comunista.
“Quando vi aquelas prateleiras, preenchidas com centenas, milhares de latas, pacotes e bens de todos os tipos possíveis e imagináveis, pela primeira vez na vida, me senti frustrado e envergonhado pela diferença da qualidade de vida entre um cidadão americano e um cidadão soviético”, escreveu Boris Yeltsin. “Como um bloco potencialmente tão rico como a União Soviética foi levado a um estado tal de pobreza? É terrível pensar nisso”.




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