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terça-feira, 31 de agosto de 2021

Animais já movimentam o parque para a Expointer

 Recepção aos exemplares de argola inscritos começou nesta segunda-feira e vai até sábado, primeiro dia da exposição, que volta a ser aberta ao público


Um filhote de ovelha da raça Texel, de dois dias, foi o centro das atenções no primeiro dia de entrada dos animais de argola para a 44ª Expointer no Parque de Exposições Assis Brasil, nesta segunda-feira. O animal viajou para Esteio com os ovinos adultos da Cabanha Oliveira, de Uruguaiana, que se firmou nos últimos anos como a primeira a desembarcar seus exemplares para a feira, sempre com uma semana de antecedência.

“Chegamos cedo pela tradição”, afirmou um dos proprietários do estabelecimento, Cléber Martins, que transportou desde a fronteira oito ovinos, incluindo os inscritos pelas cabanhas Don Dindo, de Santo Antônio das Missões, e Infantada, de Santiago. Martins fez seu teste de Covid-19 no parque, no domingo, para evitar qualquer atraso na entrada, ao amanhecer de segunda-feira, quando o exame seria exigido pela Secretaria da Saúde.

O primeiro carregamento de bovinos que ingressou no parque também saiu de Uruguaiana, da Estância do Sossego. O cabanheiro Magaiver da Rosa conta que o caminhão com dois touros – um deles com 960 quilos – e quatro fêmeas da raça Braford saiu do município no domingo e chegou a Esteio na madrugada de ontem “para estar entre os primeiros”.

O início da recepção aos animais foi conduzida pela secretária da Agricultura, Silvana Covatti, que considera um grande desafio organizar uma Expointer presencial ainda na pandemia. “Preparamos o parque para um evento seguro e que vai mostrar o que o Estado tem de melhor: sua produção agropecuária”, destacou. 

O subsecretário do parque, Gabriel Fogaça, que faz sua primeira feira no cargo, se disse emocionado com a concretização de um evento que, segundo ele, deu muito trabalho para ser formatado, uma vez que foi necessário garantir a segurança de produtores, expositores e visitantes que circularão no parque entre os dias 4 e 12 de setembro.

 Fogaça ressalta que a feira terá 100 monitores treinados pela Secretaria da Saúde para orientar as pessoas, que deverão respeitar o distanciamento e usar álcool em gel e máscaras. Não descarta, entretanto, medidas mais impositivas a eventuais desrespeitos ao que foi estabelecido para a exposição. “Aí vamos seguir o que diz a lei”, complementou.

A abertura do portão à entrada dos animais contou ainda com as presenças do presidente da Federação das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Leonardo Lamachia; do coordenador da Comissão de Exposições e Feiras e diretor Administrativo da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Francisco Schardong; e de representantes da comissão organizadora.

Admissão tem novos protocolos neste ano

Os 2.825 animais de argola – destinados à exposição, julgamentos e premiações – inscritos para a Expointer 2021 poderão ingressar no parque até o sábado, dia 4. A saída ocorre a partir da noite do dia 12, último domingo da feira. Os 1.232 animais rústicos poderão entrar e sair antes e depois da participação em leilões e provas equestres, aos quais são destinados.

A diretora do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Rosane Collares, relatou que o número de animais de argola corresponde a 70% do contingente exibido pela feira em 2019, antes da pandemia. Segundo Rosane, 93 funcionários da secretaria vão trabalhar na recepção, divididos em equipes que se revezarão das 8h às 22h. O período de admissão de animais terá um dia a mais do que em edições anteriores à pandemia para evitar aglomerações. 

O chefe do Serviço de Exposições e Feiras, Paulo Coelho de Souza, previu que o ingresso dos animais ao longo da semana e ao longo do evento, para o caso da categoria rústicos, vai transcorrer com tranquilidade. Esclareceu ainda que logo após o ato da inscrição, servidores da fiscalização ligam para os produtores para lembrar da importância de os animais terem a documentação em dia. “No passado, chegou a se registrar a recusa de até 30% de animais com algum problema. Hoje, isso é muito raro”, comparou.


Correio do Povo

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