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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Manifestantes fazem atos a favor de Bolsonaro e do voto impresso nas eleições de 2022

 


Em meio a manifestações a favor do governo, o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) voltou a ameaçar a eleição de 2022 caso não haja o voto impresso. A fala do mandatário foi transmitida ao vivo para o ato que acontecia em Brasília. Ao menos dez estados tiveram manifestações pelo voto impresso na manhã deste domingo (1º). À tarde estavam previstos protestos em São Paulo e demais cidades do país.

Durante a tarde, em um discurso transmitido para os participantes da manifestação em Brasília, Bolsonaro repetiu ameaça de que a eleição do próximo ano pode não ser realizada caso a proposta de voto impresso não seja aprovada. Bolsonaro falou por telefone e sua mensagem foi veiculada pelo carro de som que acompanha o protesto na Esplanada dos Ministérios.

“Sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição. Nós, mais do que exigimos, juntos, porque vocês são de fato o meu exército, o nosso exército, (vamos) fazer com que a vontade popular seja expressada na contagem pública do votos”, disse, acrescentando: “Juntos, nós faremos o que tiver que ser necessário para que haja contagem pública dos votos e tenhamos eleições democráticas no ano que vem.”

O presidente disse que o seu “último alerta” será convocar uma manifestação em São Paulo em defesa do voto impresso, mas não deixou claro se estava referindo-se a um protesto que já está marcado para este domingo na capital paulista. De acordo com ele, a vontade dessa manifestação será cumprida “em Brasília”.

“Se vocês assim desejam, se depois dessa manifestação que está havendo em vários locais do Brasil, algumas autoridades continuarem se mostrando insensíveis, sobra para mim uma última oportunidade. Repito, convocar o povo, convidar o povo de São Paulo, a comparecer à Paulista. E, de acordo com esse efetivo, vocês realmente nos sinalizando como devemos nos comportar, esse desejo de vocês será cumprido aqui em Brasília.”

No Twitter, Bolsonaro anunciou que além de Brasília falou por telefone para manifestantes em Belo Horizonte e Rio de Janeiro. E prometeu repetir o gesto no ato de São Paulo agora à tarde. “Pela contagem pública dos votos e possibilidade real de sua auditoria”, escreveu o presidente.

Bolsonaro também criticou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, dizendo que eles ele é contra a transparência nas eleições.

“A maioria da Câmara, pelo que eu sei, é favorável ao voto impresso. É uma minoria que foi agora escolhida por líderes depois de uma reunião com o Barroso. Um ministro que deveria ser o primeiro a estar do lado da transparência das eleições, está exatamente do outro lado”, afirmou, enquanto os manifestantes vaiavam Barroso.

Bolsonaro vem questionando, sem provas, a lisura do processo eleitoral brasileiro. O presidente e seus aliados alegam que voto atualmente não é auditável e pode ser alvo de fraudes. No entanto, desde a implementação da urna eletrônica, não há provas de fraudes nas eleições brasileiras. Tais declarações também são rebatidas por especialistas eleitorais. Quando o eleitor dá seu voto na urna eletrônica, ele passa por uma certificação digital em um sistema avaliado publicamente antes mesmo da votação.

Manifestações

Até o momento foram registradas manifestações em dez estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Alagoas, Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Roraima.

Na capital federal, o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, demitido em meio a pressões do Congresso, participa do ato, que também conta com a presença da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara e autora da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tramita na Câmara para a impressão de um comprovante do voto nas eleições. A pauta defendida pelo por Bolsonaro.

Muito celebrado pelos presentes, que fizeram fila para tirar foto, o ex-chanceler afirmou que a pauta é “fundamental” e que a presença da população nas ruas é necessária para convencer o Congresso a aprovar a PEC do voto impresso.

“Pauta absolutamente fundamental. Acho que o povo tem que confiar na integridade do voto. Não tem porque não proporcionar o povo essa confiança na integridade do voto. Claro que é necessária a presença na rua”, disse Araújo em conversa com a imprensa durante o protesto.

Em maio, em uma série de publicações no Twitter, o ex-ministro afirmou que o governo virou uma “administração tecnocrática sem alma nem ideal”.

Em Brasília, a manifestação deste domingo é realizada na Esplanada dos Ministérios. Já no Rio, o ato acontece no posto 5 da praia de Copacabana, Zona Sul da cidade, e tem a presença do deputado bolsonarista Helio Lopes (PSL-RJ). A Policia Militar, a Guarda Municipal e agentes da CET-Rio estão no local. Na capital fluminense, os manifestantes ocuparam a orla da praia de Copacabana e chegaram a interditar a Rua Miguel Lemos na altura da Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Em BH, a manifestação é feita na Praça da Liberdade.

O Sul 

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