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quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Polícia de Santa Cruz do Sul (RS) investiga morte após aplicação de silicone industrial

Jovem de 20 anos realizou procedimento ilegal


A polícia de Santa Cruz do Sul realiza uma investigação sobre a morte de uma jovem de 20 anos após a aplicação de silicone industrial no corpo por meio de um procedimento considerado ilegal. A vítima procedente de Santa Maria era transexual e foi hospitalizada no dia 27 de agosto, após se submeter à aplicação do silicone nos glúteos no Vale do Rio Pardo de forma clandestina. Ela faleceu em consequência de uma síndrome séptica, uma disfunção em múltiplos órgãos do corpo em virtude da aplicação do produto.

O uso médico do silicone industrial está proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O produto é líquido e a aplicação não requer cirurgia, pois é injetado no corpo. O trabalho de investigação do caso está sob a responsabilidade da delegada Ana Luiza Aita Pippi. Ela informou que, por meio de análises do telefone celular da vítima, depoimentos e outras ações, a polícia chegou até a autora do crime, uma moradora de Caxias do Sul, conhecida por aplicar silicone em transexuais no Estado.

A delegada informou que a autora do procedimento confessou o crime. Mas ela não teve a identidade divulgada e aguarda em liberdade por ser ré primária e ter colaborado com as investigações. Ela será processada criminalmente posteriormente. A delegada disse que outras transexuais fizeram a aplicação do silicone industrial com a mesma acusada e revelaram apresentar dores pelo corpo.

Ana Pippi afirmou que muitas mulheres, ao querer modificar o corpo em busca da forma perfeita, são atraídas por um valor econômico baixo e acabam aplicando o silicone industrial ao invés de serem submetidas a práticas correta, com o uso do produto em forma de gel, aplicado por um médico, cirurgião plástico, em uma clínica apta para isso.


Correio do Povo 

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