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sábado, 3 de outubro de 2020

Como manter o equilíbrio, a produtividade e a motivação nas empresas?



Nessa nova realidade, setores como o de Recursos Humanos assumem papel fundamental


Não há dúvidas de que a grande maioria das empresas está vivendo um momento atípico. O trabalho remoto passou a ser uma realidade nos últimos meses e a adaptação aos meios digitais se tornou inevitável. O período trouxe também uma série de desafios e adaptações necessárias tanto por parte das organizações quanto dos colaboradores. E qual o papel que o setor de Recursos Humanos ocupa em meio a este cenário?
De acordo com o diretor da CTZ Soluções, Camilo Nardon, o RH já é, por natureza, indispensável para a solução de conflitos. Neste cenário, ele ainda ganha mais importância. “Neste momento, considerando a saúde das pessoas, não só física, como mental, o RH se torna importante para manter o bem-estar dos funcionários. Sempre digo que tem muitos cursos de oratória, mas não temos de 'escutatória'. Neste momento é importante que se realize a escuta dos trabalhadores das empresas”, explica. “O RH entra neste cenário para manter o equilíbrio, produtividade e as pessoas motivadas. Estamos numa crise, em que está sendo preciso dividir seu espaço de descanso com o trabalho. Então, mais do que nunca, o RH precisa ser o elo entre a empresa e o colaborador, ainda mais no modelo remoto”, complementa o diretor.
Apesar das dificuldades, a situação também trouxe aprendizados. Além de perceber que a nossa casa também pode funcionar como local de trabalho e que não precisar estar fisicamente nos locais para executar as tarefas, para Nardon, um dos grandes aprendizados para as empresas é a melhora na escuta. “Precisamos saber o que nossos colaboradores querem dizer neste momento. Essa situação reforçou ainda mais a importância de saber cuidar das pessoas. Por mais tecnológicas que as empresas sejam, precisam dos colaboradores, pois são eles que movimentam as organizações. E estas pessoas precisam estar bem e nesse sentido, o RH precisa estar preparado para ouvir as demandas e estar aberto à mudanças”, ressalta.

Empresas ainda precisam de uma nova visão

O profissional acredita que, apesar de o home office ter se tornado uma realidade para a grande maioria das empresas, algumas organizações ainda precisam ter uma visão mais moderna sobre a modalidade. “Acredito que ainda tenha muito a ser construído. Hoje a maioria das empresas colocou seu colaborador em casa, mas muitas ainda não estão ouvindo as necessidades e nem entendendo o que de fato acontece com ele”, destaca.
Nardon cita que algumas organizações estão sendo rígidas quanto ao horário de trabalho, por exemplo, inclusive fazendo uso de sistemas de controle. Porém, para ele, o que deve ter observado é entrega e produtividade. “A CLT já permite que o trabalhador que esteja em home office possa fazer de uma maneira diferente. E isso é bem estar. As empresas quando obrigam seu colaborador a naquele horário estar trabalhando, não vai ser tão produtivo. Acredito que o ideal neste momento é ser flexível na jornada ou na permissividade que ele produza no melhor horário para ele”, defende. “Sabemos que existem funções que devem ser exercidas em horários específicos, mas isso não quer dizer que tenha que ter toda essa rigidez. Hoje o bem-estar do colaborador caminha junto com uma certa mudança de paradigma. É preciso que se cobre o resultado e não a jornada de oito horas diárias, cinco dias por semana. Por isso, há ainda muito o que ser feito em termos de RH nesse sentido”, complementa.


Correio do Povo

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