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sábado, 10 de outubro de 2020

Candidatos à Prefeitura de Porto Alegre debatem sobre Educação

 Encontro foi promovido pelo Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente


Um novo debate foi realizado nesta sexta-feira entre os postulantes à prefeitura de Porto Alegre. De maneira virtual, 12 dos 13 candidatos ao Executivo - João Derly (Republicanos) não compareceu por imprevistos familiares - debateram sobre temas como Educação e Assistência Social em evento promovido pelo Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA).

Fernanda Melchionna (PSol), disse que, se eleita, fará uma gestão de diálogo com entidades como o fórum, assim como com os conselhos municipais, sindicatos e servidores. “É preciso colocar como prioridade absoluta as nossas crianças. Para isso precisamos de uma mudança estrutural, trabalhando junto com os conselhos da cidade e com o Fórum Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente."

Gustavo Paim (PP) também citou a importância do diálogo e criticou o prefeito Nelson Marchezan Júnior por, segundo ele, tomar decisões de forma individual. De acordo com ele, as falhas no ensino municipal durante a pandemia têm relação com esta falta de conversa. “Não havia nada que justificasse, de maneira abrupta, no meio de uma pandemia, suspender (as aulas) com efeitos retroativos, gerando instabilidade para as famílias, para as instituições e para os mais de quatro mil colaboradores.”

José Fortunati (PTB), além de também ter ressaltado a importância de dialogar com a comunidade, prometeu restabelecer o ensino em turno integral. “Garantiremos transversalidade no atendimento às crianças e adolescentes com educação, saúde e direitos humanos. Vamos trabalhar forte com os conselhos municipais, junto ao Fórum da Criança e do Adolescente. Vamos fazer isso através do diálogo e da horizontalidade”, disse o ex-prefeito.

Juliana Brizola (PDT) defendeu mais uma vez a importância do contraturno escolar e citou que diversas mães não têm com quem deixar seus filhos quando saem para trabalhar. Ainda falou sobre a importância de a prefeitura ter um sistema mais avançado, para que possa saber a necessidade de abrir vagas em creches antes de os pais precisarem procurar. “Essa conexão que a gente quer fazer é o que vai possibilitar com que tiremos as crianças da rua”, salientou.

Júlio Flores (PSTU) defendeu que é necessária uma saída estrutural para os problemas da Educação, com um cronograma de obras públicas que gere emprego e renda para as famílias e fortalecendo os conselhos municipais.

Luiz Delvair (PCO) disse que a infância e a juventude estão em má situação em todas as capitais, criticou o presidente Jair Bolsonaro, o governador Eduardo Leite e o prefeito Nelson Marchezan Júnior, e afirmou que seu partido defende educação pública de qualidade.

Manuela D’Ávila (PCdoB) afirmou que quer fazer Porto Alegre a capital das crianças. “Sei que viveremos no pós-pandemia uma real ainda mais dura, de fome e evasão escolar. E é por isso que no centro do nosso programa está o enfrentamento a estes dois temas, com uma política de assistência social que quero construir junto, mas que precisa ter claro que o próximo período será difícil e precisaremos tirar as nossas crianças das sinaleiras garantido que não sintam fome e estejam protegidas nas nossas escolas.”

Montserrat Martins (PV) afirmou que vê com bons olhos a possibilidade de ampliação dos recursos do Funcriança e disse que tem propostas para buscar investimentos em diversas áreas. “Tem uma série de projetos de formas de captação de recursos para projetos específicos que devemos buscar não só a nível federal como internacional”, destacou.

Nelson Marchezan Júnior (PSDB) afirmou que durante sua gestão nenhuma entidade ficou sem recursos para pagar despesas fixas ou de pessoal e disse defender um modelo de parceria com essas instituições. "Reconhecemos os serviços prestados pelas entidades da sociedade civil e por isso apostamos muito neste tipo de parceria para atender de forma vocacionada quem mais precisa”, ressaltou o prefeito.

Rodrigo Maroni (Pros) disse que nenhum dos candidatos possui uma solução pronta para a educação. “Acho que o grande problema das gestões é ter promessas simples, de eleição, e depois não escutar quem realmente entende, que são as pessoas que, independente da gestão, permanecem. Desde que vivo em Porto Alegre, a maioria dos gestores não escutaram os servidores públicos para priorizar qualquer tema.”

Sebastião Melo (MDB) disse defender a escola de turno inverso, principalmente para atividades de reforço do currículo, melhorando o aprendizado dos estudantes. Ainda comentou achar importante trabalhar o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. “As escolas municipais de Ensino Fundamental precisam abrir as portas para sua comunidade, precisa ter diálogo entre os gestores e os professores. Defendo que cada escola tenha um Ideb individual entre suas metas”, disse.

Valter Nagelstein (PSD) também se disse favorável ao contraturno escolar e ao modelo de parceria entre poder público e entidades. “Sou autor do projeto de lei que estabelece que cada escola afixe na sua entrada um cartaz com sua classificação no IDEB para que os pais e comunidade escolar possam ter acesso a essa informação”, afirmou.



Correio do Povo

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