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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Relatório de CPI recomenda que Marchezan seja indiciado por seis infrações

Votação ocorre na manhã de segunda-feira, na Câmara de Porto Alegre

Relatório deve indiciar Marchezan por seis crimes

O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a gestão do prefeito Nelson Marchezan Jr., desde o fim do ano passado, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, recomenda que ele seja indiciado pelos delitos de advocacia administrativa, tráfico de influência, improbidade administrativa, dispensa de licitação, corrupção passiva e tráfico de interesses. As conclusões do relator da CPI, vereador Wambert di Lorenzo (PTB), foram divulgados na noite desta quinta-feira. A votação do parecer, na CPI, ocorre na manhã de segunda-feira. O inquérito não guarda relação com o processo de impeachment movido contra o prefeito, que teve a admissibilidade aprovada no início do mês.
No início da semana, integrantes do colegiado se reuniram, em sessão virtual presidida pelo vereador Roberto Robaina (PSol). Durante o encontro, os parlamentares votaram pela continuidade das atividades da CPI, interrompidas em função da pandemia de coronavírus, e aprovaram a revogação das oitivas pendentes, marcando para 31 de agosto a sessão para leitura e votação do relatório.
A investigação teve como alvos o chamado Banco de Talentos da prefeitura, o aluguel do prédio onde funciona a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) e as relações do prefeito com Michel Costa, então diretor da Procempa no início do mandato. Di Lorenzo não encontrou indícios que responsabilizem o prefeito pelo aluguel do prédio mas, em relação aos outros dois itens que pautaram a CPI, entendeu que Marchezan precisa ser responsabilizado judicialmente.
Sobre o Banco de Talentos, o relator entendeu que o prefeito “utilizou o meio para camuflar contratações políticas que implicaram em demissões arbitrárias posteriormente”, entre outras conclusões. Di Lorenzo também considera que a relação entre Marchezan e Michel Costa levou o prefeito a “obter vantagens indevidas” e o ex-secretário a tentar “beneficiar empresas privadas” por meio da influência e das informações privilegiadas que tinha ao exercer a direção da estatal de processamento de dados da prefeitura.
Além de Marchezan, o vereador recomenda que sejam indiciados o ex-secretário de Relações Institucionais, Christian Lemos, por falso testemunho, e o empresário Michel Costa, por tráfico de influência.
Fazem parte da CPI, além de Robaina e Di Lorenzo, os vereadores Clàudio Janta (SD), vice-presidente; Adeli Sell (PT), Luciano Marcantônio (PTB), Mauro Pinheiro (PL), Felipe Camozzato (Novo), Márcio Bins Ely (PDT), Lourdes Sprenger (MDB), Mônica Leal (PP), Ramiro Rosário (PSDB), e Mendes Ribeiro (DEM).

Rádio Guaíba e Correio do Povo

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