Senadores começam hoje a discutir relatório pela admissibilidade do impeachment

Brasília - Relator Antonio Anastasia lê o relatório na Comissão Especial do Impeachment no Senado sobre possível afastamento da presidenta Dilma Rousseff (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Brasília - Relator Antonio Anastasia lê seu parecer na Comissão Especial do Impeachment no Senado  Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A Comissão Especial do Impeachmente no Senado se reúne hoje (5), a partir das 10h, para discutir o relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG), apresentado ontem.

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A defesa da presidenta Dilma Rousseff deve começar os trabalhos, fazendo suas considerações finais sobre a admissibilidade do processo. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, terá uma hora para fazer a última defesa de Dilma antes da votação que pode determinar o afastamento dela por até 180 dias.

Em seguida, o presidente da comissão deverá abrir a lista de inscritos para discutir o parecer de Anastasia. Senadores governistas já informaram que vão questionar o fato de Anastasia ter considerado em seu relatório práticas contábeis realizadas pela presidenta em 2013 e 2014, anteriores ao atual mandato.

Os petistas estudam apresentar um voto em separado contra a admissibilidade do processo, ou até acionar o Supremo Tribunal Federal questionando o relatório de Anastasia. O tema deve gerar polêmica com os oposicionistas, que comemoraram ontem o parecer, considerado técnico.

A discussão deve se estender ao longo de todo o dia. Amanhã, somente os líderes partidários poderão falar para encaminhar a votação, não está prevista nova discussão do texto do relator. O encontro para a votação deverá ocorrer na sala da Comissão de Constituição e Justiça, onde há painel eletrônico.

 

 

Agência Brasil

 

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O Caminho do Pódio - Robert Scheidt quer deixar vela olímpica após Rio 2016

 

Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil

Robert Scheidt

Aos 43 anos, o velejador Robert Scheidt é o atleta brasileiro com mais medalhas olímpicas  Fred Hoffmann/Divulgação

A vela não está entre os esportes mais populares do Brasil, mas o nome de Robert Scheidt está. Quando o assunto é Olimpíada, poucos brasileiros têm tanta intimidade com o pódio. Foram cinco medalhas em cinco edições de Jogos Olímpicos disputadas – ouro em Atlanta (1996) e Atenas (2004), prata em Sidney (2000) e Pequim (2008) e bronze em Londres (2012). O desportista nunca foi a uma Olimpíada sem voltar com uma medalha na bagagem.

Nenhum atleta brasileiro tem mais medalhas olímpicas do que ele. Apenas Torben Grael, também velejador, tem o mesmo número de pódios.

O reconhecimento veio com a escolha do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para que o velejador paulistano levasse a bandeira brasileira na Cerimônia de Abertura dos Jogos de Pequim, em 2008. Scheidt chegou à China com a bandeira nas mãos e saiu de lá com uma prata no peito.

Em agosto, nas olimpíadas do Rio, Scheidt pode se tornar o maior medalhista brasileiro da história.

“Tracei como objetivo deixar a vela olímpica após os Jogos do Rio de Janeiro e continuar velejando em classes de barco que exijam menos do corpo e mais da cabeça. Mas não estou pensando em aposentadoria agora”, disse o atleta de 43 anos à Agência Brasil.

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O Caminho do Pódio é uma série de entrevistas com nove medalhistas olímpicos brasileiros que a Agência Brasil publicará até o dia 10 de maio.

Agência Brasil: Qual é a sensação de subir em um pódio olímpico?
Robert Scheidt: É sempre uma emoção enorme e tive vários momentos que me marcaram muito. Acho que o mais emocionante foi a conquista da segunda medalha de ouro, na Olimpíada de Atenas, em 2004, porque era uma medalha que estava "engasgada", por assim dizer, desde Sydney, em 2000. Também foi emocionante ter sido escolhido porta-bandeira na Olimpíada de Pequim, em 2008. Ali foi uma emoção diferente, de representar o país mesmo.

Agência Brasil: O significa ser medalhista olímpico no Brasil, um país onde os atletas, principalmente no começo, ainda têm muita dificuldade para viver só treinando e competindo?
Scheidt: Sinto-me muito honrado e feliz, principalmente por estar representando bem o Brasil. A vela representa o meu esporte, a minha profissão e o meu prazer, porque ainda gosto muito do que faço.

Agência Brasil: Como foi o seu começo no esporte? Quais dificuldades você enfrentou até as primeiras vitórias?
Scheidt: Meu pai já praticou muitos esportes e fez questão de ensinar vários esportes aos filhos. Meu irmão já foi campeão mundial de pinguim [uma classe da vela] e minha irmã também velejou e pratica outros esportes. É um meio de as crianças se sentirem saudáveis. Comecei a velejar aos 9 anos, na [classe] Optimist. Tínhamos um grupo de crianças muito unido, com muitos amigos, começando juntos e eu ia velejar pela farra e não pela competição. Tinha um espírito de brincadeira e eu velejava para fazer uma atividade recreativa e aos poucos começamos a correr regatas.

Agência Brasil: Qual é a motivação de uma atleta tão vitorioso, que já subiu ao pódio em cinco Olimpíadas, sendo dois ouros, e já foi campeão mundial tantas vezes?
Scheidt: A motivação é fazer mais um ciclo olímpico em alto nível e tentar ganhar a minha sexta medalha olímpica. Tenho prazer em velejar e gosto de aprender a cada dia e tenho o objetivo de representar bem o Brasil

Agência Brasil: Esse ano você participa da sua sexta Olimpíada. Esta será a sua última, se depender de você?
Scheidt: Tracei como objetivo deixar a vela olímpica após os Jogos do Rio de Janeiro e continuar velejando em classes de barco que exijam menos do corpo e mais da cabeça. Mas não estou pensando em aposentadoria agora. Quando chegar a hora vou definir o que fazer. Esta será minha Olimpíada mais difícil, pelo momento que estou vivendo, e o equilíbrio na classe. Claro que vou brigar por mais um pódio, sei que ainda tenho muita lenha para queimar, e estou velejando de igual para igual com os principais adversários. Tenho boas chances de medalha, sim. Mas o meu foco, agora, está em me preparar o melhor possível e treinar de forma a alcançar o auge da minha forma física nos Jogos.

Agência Brasil: Velejar em uma Olimpíada no Brasil tem um sabor especial? Há uma ansiedade extra para colocar logo o seu barco na água?
Scheidt: Na verdade, esta é a primeira Olimpíada a que eu chego sem ser favorito. Isso tira um pouco o peso das minhas costas, joga a responsabilidade mais em cima de outros atletas. O fato de a competição ser disputada aqui no Brasil ainda trará uma emoção maior, com o calor da torcida, dos amigos. Além do mais, estou bem acostumado com as cobranças. Tento encarar a Olimpíada como mais um campeonato. O fundamental é se preparar o melhor possível e se manter focado para executar bem aquilo que você treinou.

Agência Brasil: O que você espera encontrar nos jogos do Rio em termos de organização e de torcida do povo brasileiro?
Scheidt: Apesar de muito poluída há vários anos, a Baía de Guanabara será um belo palco para as regatas olímpicas. Digo isso pois acredito que o lixo flutuante, que pode comprometer a performance dos barcos, será retirado pelos eco boats, como no evento-teste em agosto do ano passado. Além disso, a Olimpíada acontecerá no inverno, período de menos chuvas e, portanto, menos poluição nas águas da Baía. A vela é pouco divulgada porque o acesso do público é restrito, isso acaba fazendo com que se perca um pouco o interesse. As regatas normalmente são disputadas longe da costa. Normalmente, a gente entra em contato com fãs e torcedores antes e depois das regatas, quando recebemos o incentivo ou os parabéns. Na Olimpíada é diferente, a proximidade com o público é maior, e isso conta muito.

Agência Brasil: A vela é um esporte pouco popular no Brasil, mas isso não tirou você desse caminho. O que você pode falar para aqueles jovens que querem seguir uma carreira em esportes com pouco apoio no país?
Scheidt: Como foi comigo e com a grande maioria, sempre se começa como recreação, sem o propósito de virar competição. Não pode haver uma cobrança por resultados, até porque, às vezes, não alcançar o resultado leva à frustração, e a pessoa acaba desistindo. Acho que o segredo é muito treino e dedicação, além de foco e determinação para atingir os resultados. Eu acredito que a Olimpíada pode trazer uma visibilidade muito maior para a vela no Brasil, incentivando mais jovens atletas a praticar, além de aproximar o público do esporte.

 

Agência Brasil

 

 

STF vai julgar hoje pedido de afastamento de Cunha

 

André Richter - Repórter da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou agora há pouco que vai julgar hoje (5) o pedido da Rede Sustentabilidade de afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. A ação foi protocolada ontem na Corte e está sob a relatoria do ministro Marco Aurélio.

O partido sustenta que Cunha não pode permanecer na presidência da Câmara por ser réu em uma ação penal que tramita no STF sobre o suposto recebimento de U$S 5 milhões de propina em contratos de navios-sonda da Petrobras. Para o partido, Cunha está na linha sucessória da Presidência da República, cargo que não admite, de acordo com a Constituição, ser exercido por um réu.

“Não é possível que ocupe um cargo que é constitucionalmente vocacionado à substituição do Presidente da República alguém que é réu em ação penal instaurada pelo STF, porque esse estado é incompatível com o exercício das funções de Chefe de Estado e de Governo. Consequentemente, enquanto pende o processo, o envolvido está impedido de exercer a Presidência da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, devendo, por isso, ser afastado destes cargos.”, argumenta o partido.
Ao fazer o anúncio do julgamento, o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, disse que a Corte deve resolver a questão amanhã, porque será a última sessão do STF antes da votação no plenário do Senado sobre o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Ela será afastada por 180 dias, em caso de aprovação. A votação está prevista para a próxima quarta-feira (11).
“Está caracterizada a urgência na medida em que amanhã será a última sessão [do STF] antes daquela quarta-feira, e que nós poderemos decidir a questão que será trazida pelo ministro Marco Aurélio”, disse o presidente.

Caso o Senado aprove a admissibilidade do impeachment e o afastamento de Dilma por 180 dias, Michel Temer, atual vice-presidente, assumiria o cargo e Cunha seria o primeiro na linha sucessória, exercendo na prática as atividades de vice.

A Constituição proíbe que um réu assuma uma cadeira no Palácio do Planalto, mesmo de forma interina, no caso de uma viagem de Temer para fora do país, por exemplo. A dúvida é saber se Eduardo Cunha poderá ocupar o cargo sendo réu em uma ação penal no STF, por suspeita de receber U$S 5 milhões em propina.

Ação Penal

No mês passado, o Supremo abriu ação penal contra Cunha e a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, pelos crimes de corrupção. Cunha passou a condição de primeiro réu nas investigações da Operação Lava Jato que tramitam no Supremo.

De acordo com os ministros, há indícios suficientes de que Eduardo Cunha pressionou, a partir de 2010, o ex-consultor da empresa Mitsui e um dos delatores da Lava Jato, Júlio Camargo, para que ele voltasse a pagar propina de US$ 5 milhões por um contrato de navios-sonda com a Petrobras, cuja negociação foi interrompida por problemas jurídicos.

Outro processo

Cunha é alvo de um segundo pedido de afastamento, feito no ano passado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O pedido é mais amplo e solicita que Cunha seja afastado do cargo, mas não deve julgado amanhã.

Para justificar o pedido, o procurador citou 11 fatos que comprovariam que Cunha usa o mandato de deputado e o cargo de presidente da Casa “para intimidar colegas, réus que assinaram acordos de delação premiada e advogados”.

 

Agência Brasil

 

Conselho de Ética tem até dia 19 para ouvir testemunhas de defesa de Cunha

 

Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil

O Conselho de Ética tem até o dia 19 para ouvir o depoimento das testemunhas de defesa do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no processo que pede a cassação do mandato do deputado, em análise no colegiado. Hoje (4), o advogado de Cunha, Marcelo Nobre, anunciou a redução de oito para quatro no número de testemunhas indicadas pela defesa. “[Diminuímos o número de testemunhas] para ajudar na celeridade do processo, porque precisamos concluir esse processo”, disse o advogado.

Brasília - Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, durante votação da Medida Provisória sobre renegociação de dívidas de produtores rurais e de caminhoneiros (Wilson Dias/Agência Brasil)

O advogado de Cunha disse que não pretende apresentar recursos para atrasar o processo no Conselho de ÉticaWilson Dias/Agência Brasil

Com a redução do número de testemunhas da defesa, o conselho deverá ouvir o advogado Reginaldo Oscar de Castro, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em substituição a Antônio Fernando de Souza, ex-procurador geral da República, possivelmente no dia 11; o advogado Tadeu Chiara; e os advogados suíços Didier Montmollin e Lucio Velo. Concluída a fase de depoimentos da defesa, o relator do processo, deputado Marcos Rogério (DEM-RO), terá até dez dias úteis para apresentar o seu parecer, que será lido e votado no Conselho de Ética.

O conselho já tomou os depoimentos, da parte da acusação, do empresário Leonardo Meirelles e do lobista Fernando Soares, mais conhecido como Fernando Baiano. Outros nomes indicados não compareceram para depor.

Marcelo Nobre disse que não pretende apresentar recursos para atrasar o processo. “Se não houver nenhuma violação ao direito de defesa do deputado, da nossa parte não haverá recurso”. O advogado negou que a defesa seja culpada pela demora do processo. “Se o processo está longo, não é culpa da defesa, é porque atropelaram o regimento e violaram o direito de defesa”, disse.

Brasília O deputado José Carlos Araújo, presidente do Conselho de Ética da Câmara, coloca em discussão consultas sobre substituição e renúncia de titulares do colegiado (Wilson Dias /Agência Brasil)

O deputado José Carlos Araújo coloca em discussão consulta sobre substituição e renúncia de titulares do Conselho de ÉticaWilson Dias/Agência Brasil

O presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PR-BA), adiou para a próxima semana a decisão sobre uma consulta feita por três deputados sobre a regra adotada no colegiado nos casos de substituição e renúncia de membros titulares. Araújo disse que o adiamento seria porque um dos autores da consulta, o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), não estava presente na reunião de hoje.

Edição: Juliana Andrade

 

Agência Brasil

 

Veja a íntegra do parecer do relator Anastasia sobre impeachment de Dilma

 

Da Agência Brasil

O relator do processo de impeachment de Dilma no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresenta seu parecer, de 126 páginas, na comissão. No documento, Anastasia é favorável à admissibilidade do processo contra a presidenta Dilma Rousseff.

Leia aqui a íntegra do parecer

 

Agência Brasil

 

Onze escolas técnicas em São Paulo estão ocupadas

 

Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil

Onze Escolas Técnicas do Estado (ETECs) de São Paulo, administradas pelo Centro Paula Souza (CPS), estão ocupadas hoje (4), de acordo com os estudantes. Além das unidades, a sede da autarquia também foi ocupada por um grupo de alunos.

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As instituições atualmente ocupadas são: ETEC Santa Ifigênia (Luz), ETEC São Paulo (Luz), ETEC Paulistano (Jardim Paulistano), ETEC Basilides de Godoy (Vila Leopoldina), ETEC Jaraguá (Jaraguá), ETEC Pirituba (Pirituba), ETEC Embu das Artes (Embu das Artes), ETEC Zona Sul (Jardim Vergueiro), ETEC Mandaqui (Santana), ETEC Horácio Augusto Silveira (Vila Guilherme), ETEC Prof. Aprígio Gonzaga (Penha).

Os estudantes ocuparam as escolas em protesto contra cortes na merenda e denúncias de corrupção nos contratos de alimentação escolar. No domingo (1º), a Justiça paulista determinou a reintegração de posse do prédio do CPS, mas estudantes decidiram permanecer no local. Na segunda-feira (2), um batalhão da Polícia Militar entrou no local por volta de 11h30 e permaneceu lá durante toda a tarde, ação considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, já que o mandado de desocupação não havia sido expedido.

Uma audiência sobre a reintegração de posse da sede do CPS ocorre esta tarde no Fórum Hely Lopes Meirelles, no centro da capital paulista, e é acompanhada por estudantes e representantes da Defensoria Pública, do Ministério Público e da Procuradoria do Estado.

 

Agência Brasil

 

 

Curso de Java gratuito com certificado

Posted: 04 May 2016 05:41 AM PDT

Curso de Java para leigos, aprenda passo a passo em vídeo como programar em Java com esse curso gratuito. Desenvolvida por James Gosling na Sun Microsystems na década de 90, Java é uma linguagem de programação orientada a objeto. Devido a sua segurança, rapidez e  simplicidade, é atualmente a linguagem mais famosa do mundo. Além disso, tem execução com alto desempenho, portabilidade e os programas criados nela não são compilados em código nativo da plataforma. […]

 

 

Passagem da Tocha Olímpica movimenta ruas da cidade histórica de Pirenópolis

 

Marcelo Brandão - Enviado especial

Pirenopolis, GO, BRASIL, 04-05-2016, Conduzida por atletas e personagens marcantes da história local, a chama percorre pontos turísticos da cidade goiana (Marcello Casal Jr/Agência Brasil) (Foto: Marcello Casal Jr

Conduzida por atletas e personalidades da região, a Tocha Olímpica percorreu pontos turísticos da cidade goiana de PirenópolisMarcello Casal Jr/Agência Brasil

A manhã de hoje (4) na simpática Pirenópolis, no interior de Goiás, começou diferente. Mesmo prevista para chegar às 11h40, a Tocha Olímpica já era aguardada pela população horas antes nas ruas coloniais da cidade histórica. 

Às 11h, a rua em frente à Igreja Matriz já estava cheia de gente. Meninas vestidas como pastorinhas, típicas da Festa do Divino – manifestação religiosa da região – dançavam e posavam para fotos com moradores, jornalistas e turistas.

“Tenho visto todo mundo muito empolgado, feliz na cidade. É um momento histórico, não só para a cidade, é a primeira Olimpíada no nosso país. Tenho visto um orgulho muito grande da cidade em relação ao evento”, disse o músico Toni Ribeiro, 44 anos. “Espero que se cumpra o papel que o esporte tem na sociedade. Uma boa educação sem esporte e sem artes não é uma boa educação. E se promover o esporte no país, fazendo com que mais crianças tenham vontade de serem esportistas, já seria uma vitória gigante para o nosso país”, completou.

A atriz Ana Isabela Godinho, 22, nasceu em Pirenópolis, mas atualmente mora no Rio de Janeiro. “Estou de férias, vim para a Cavalhada e aproveitei para assistir a passagem da tocha. Estou super orgulhosa de poder ver esse momento”.

Por volta das 13h, a Chama Olímpica chegou à cidade, vinda de Corumbá. Cerca de meia hora depois, chegou à praça principal, acompanhada pelos Cavaleiros das Cavalhadas, outra tradição da cidade.

Personalidades

O ex-jogador de futebol Sandro Goiano foi o primeiro a carregar a tocha, sob aplausos da população que espremeu pelas ruas estreitas.

“Esse é um momento único. Fui jogador de futebol profissional por 20 anos e isso está sendo como conquistar um título. Espero que essa tocha simbolize alegria e paz no Brasil, simbolize mudança e que nessa Olimpíada no Rio de Janeiro a gente possa conquistar muitos ouros”, disse. O ex-atleta posou para os fotógrafos e seguiu seu caminho pelas ruas de pedra.

Pirenópolis(GO) - Conduzida por atletas e personagens marcantes da localidade, a Tocha Olímpica percorre pontos turísticos da cidade goiana (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Os músicos goianos Zezé Di Camargo e Luciano conduziram a Tocha Olímpica em Pirenópolis, acompanhados por moradores e fãs  Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Na passagem da Tocha Olímpica, o antigo e o moderno se misturaram em Pirenópolis: a paisagem interiorana e pacata, repleta de construções centenárias, foi cortada por ruidosos e chamativos caminhões, vans e carros abertos da organização dos Jogos e de patrocinadores.

Depois de uma volta pela cidade, a chama voltou à rua da Igreja Matriz nas mãos dos cantores Zezé Di Camargo e Luciano, nascidos na região. No trajeto, os músicos foram seguidos e muito assediados pelos moradores “Tenho duas lembranças muito fortes de Pirenópolis, uma delas é essa rua. Eu nunca imaginei que passaria um dia por essa, onde eu pisava quando tinha oito anos, com um dos maiores símbolos olímpicos do mundo”, disse um dos cantores.

A solenidade olímpica terminou pouco depois das 14h e a tocha partiu rumo à próxima cidade. Às 14h30, à exceção do pequeno palco montado para os discursos políticos da ocasião, já não havia qualquer traço de que um evento internacional passara por ali. Moradores caminhavam tranquilos em meio aos poucos carros que cruzavam as ruas e cachorros deitavam sob as sombras das árvores em uma tarde novamente tranquila em Pirenópolis.

 

Agência Brasil

 

 

Renan: votação de cassação de Delcídio será dia 10 e do impeachment no dia 11

 

Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comunicou que a votação da cassação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), deve ser marcada para a próxima terça-feira (10) no plenário do Senado. A análise do parecer favorável à perda do mandato do senador na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa deveria ter ocorrido hoje (4), mas foi adiada para amanhã (5).

“A decisão da CCJ é meramente formal, com relação ao rito, ao processo. Em decidindo amanhã, nós deveremos marcar para a próxima semana, certamente para a próxima terça-feira”, disse o presidente.

O parecer favorável à cassação do senador foi aprovado no Conselho de Ética do Senado ontem (3) e encaminhado para a CCJ. O relator da matéria na comissão é o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que já anunciou que irá decidir pela constitucionalidade da matéria e enviar o relatório para o plenário da Casa amanhã.

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Impeachment

Sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, Renan Calheiros disse que fará uma reunião na próxima sexta-feira com o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, a Polícia Legislativa e a direção do Senado para definir detalhes da votação prevista para o plenário da Casa.

Renan disse que conversou com o governador hoje, mas optou por anunciar os detalhes na próxima sexta para não se antecipar à votação do relatório do senador Antonio Anastasia – favorável ao prosseguimento do processo de afastamento da presidenta – que foi lido hoje na Comissão Especial do Impeachment e será votado na sexta.

“Para não dizerem que nós estamos precipitando fatos e consolidando a partir de uma discussão que poderia não existir. Então na sexta-feira, se for o caso, nós vamos reunir todo mundo. Hoje eu conversei com o governador do Distrito Federal, para anunciar as medidas que o Senado vai tomar com relação à votação que ocorrerá na próxima semana. Havendo uma decisão na sexta-feira, nós vamos fazer a leitura da decisão na segunda-feira [9] e vamos marcar no prazo de 48 horas, portanto, para quarta-feira [11], a votação no plenário do Senado Federal”, disse.

Segundo Renan, as reuniões servirão para tratar de todas “as providências necessárias para que nós tenhamos um processo transparente, ágil, rápido, sem conturbação”. Hoje, durante a leitura do relatório de Anastasia, uma pequena manifestação de pessoas contrárias ao impeachmentocorreu próxima à entrada da sala onde era feita a reunião da comissão.

 

Agência Brasil

 

Kasich deixa disputa e Trump é o único pré-candidato do Partido Republicano

 

José Romildo - Correspondente da Agência Brasil

O governador de Ohio, John Kasich, suspendeu hoje (4) sua campanha de pré-candidato do Partido Republicano às eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para novembro. Com isso, o empresário Donald Trump tornou-se o único pré-candidato republicano.

Para disputar a eleição, Trump ainda precisa obter a adesão de 1.237 delegados republicanos para garantir a formalização de sua candidatura. O empresário só deverá atingir esse número de delegados nas primárias do estado da Califórnia, previstas para o início do próximo mês. A convenção nacional do Partido Republicano, marcada para julho, deverá homologar a candidatura de Trump.

O anúncio de Kasich foi feito no estado de Ohio, em entrevista à imprensa. A renúncia ocorreu um dia após o senador Ted Cruz também anunciar a suspensão de sua campanha para ser o indicado do Partido Republicano para as eleições presidenciais.

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“Suspendo a minha campanha hoje, com uma fé renovada e profunda que o Senhor vai me mostrar o caminho a seguir e cumprir o propósito da minha vida”, disse Kasich durante o anúncio.

Diferenças internas

Sem adversários na disputa, resta agora a Donald Trump realizar a difícil tarefa de unir os republicanos e iniciar a escolha do candidato a vice-presidente.

Os constantes ataques feitos por Trump a seus ex-oponentes deixaram muitos partidários republicanos arredios. Além disso, as propostas do empresário também racharam o partido: muitos não concordam com os comentários de Trump sobre as mulheres nem com sua intenção de construir um muro na fronteira com o México.

Os críticos de Trump no Partido Republicano consideram um exagero sua sugestão de deportar 11 milhões de imigrantes ilegais. Na avaliação desse grupo, em um eventual confronto com a provável candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, os votos dos imigrantes fariam a diferença em favor dos democratas.

Diante da desistência do rival, Trump disse em entrevistas à TVs que acredita na união dos republicanos. “Estou confiante de que posso unir grande parte do partido”.

 

Agência Brasil

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