Miriam
Leitão , no artigo RECUAR JAMAIS, publicado no Jornal
O GLOBO , de 25 de outubro 2015, manifesta sua conhecida repulsa ao
estamento militar. Nele, critica o General ANTÔNIO HAMILTON
MARTINS MOURÃO, atual Comandante Militar do Sul, por ter
proferido palestra/aula para os jovens do CPOR/Porto Alegre/RS e
feito comentários sob os descaminhos éticos e políticos da
corrupção brasileira. Afirma, professoralmente e sem rodeios: “O
Brasil avançou muito nos últimos trinta anos....................
Primeiro, escolhemos a democracia e a volta dos militares aos
quartéis. Definitivamente”.
Ela quer
chefes militares fracos , como freiras enclausuradas no castro,
alienados dos aspectos políticos, esquecendo-se da lapidar frase do
Marechal Osório :” A farda não abafa no peito o cidadão”.
Deseja chefes eunucos , desprovidos de indignação e
honra, que continuem bovinamente assistindo o país despencar
ladeira abaixo , na senda da roubalheira descarada , conduzida por
políticos desprezíveis e bandidos que frequentam o esgoto da
política, sem qualquer manifestação de inconformidade. Generais
são líderes e têm responsabilidades e a história pátria está
cheia de exemplos.
A
jornalista, que desfruta de espaços generosos da mídia,
propositadamente esquece o importante papel dos Chefes das Forças
Armadas Brasileiras, na formação da nossa nacionalidade em fatos
relevantes que os compêndios de história registram.
Não
tenho procuração do GENERAL MOURÃO e nem ele precisa de mim para
defendê-lo. Tenho, sim, orgulho de ser seu subordinado, por
testemunhar sua eficaz e oportuna ação de comando, quando esclarece
seus comandados sobre os desvios ( morais, éticos, financeiros,
etc...) divulgados diariamente pela imprensa, que aviltam os
brasileiros honrados.
Com a
responsabilidade do alto cargo que ocupa e com a experiência
acumulada ao longo de sua brilhante carreira, não só tem o dever,
mas a obrigação de alertar seus comandados , como fez recentemente
no CPOR de Porto Alegre.
O que
incomoda a jornalista e sua grei política é ver surgir, para
alegria da nação, uma nova liderança nas Forças Armadas ,
embasada em alicerces e princípios morais e éticos inatacáveis. O
Brasil anseia por governantes com esse perfil e com essa coragem.
Tenho a
certeza que parcela expressiva da humilde e necessitada população
brasileira aspira por mudanças e acalenta o sonho de voltar a ser
conduzida por homens honrados. Não aceitam mais corruptos e
políticos medíocres que, usando as chicanas da esperteza, só
buscam benefício próprio.
A palestra/aula proferida pelo General MOURÃO veio em boa hora e
sugere o nascimento de uma nova liderança militar. A salutar
decisão do Marechal CASTELO BRANCO de limitar o tempo de permanência
dos generais no serviço ativo, retirou dos quarteis as nefastas
discussões político- partidárias e terminou de vez com caudilhos
militares; deixou , entretanto, uma séria lacuna: o desaparecimento
de Lideranças Militares autênticas e competentes, tão necessárias
nos desastrosos e trágicos dias vividos pelo país.
General
Reformado CARLOS AUGUSTO FERNANDES DOS SANTOS
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