O consumidor brasileiro inadimplente deve, em média, R$ 21.676, já incluindo as multas e taxas cobradas pelo atraso. O valor representa 768% da renda familiar mensal dos entrevistados nesta situação, que é R$ 2.822, de acordo com pesquisa encomendada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), feita em 27 capitais entre 1º e 8 de fevereiro.
O levantamento mostra que o brasileiro inadimplente está com o nome sujo há cerca de dois anos. Ele deve, em média, para 3,7 empresas, e contraiu as dívidas por meio de cartão de crédito e de lojas. O valor atual das dívidas é, em média, 70% maior que o seu valor inicial, que era R$ 12.776 (453% da renda familiar).
"Por isso, o consumidor inadimplente deve negociar e pagar o que deve o mais rápido possível para que a dívida não se transforme em uma bola de neve", explica a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
A falta de planejamento no orçamento pessoal foi apontada por 48% dos entrevistados, entre consumidores inadimplentes e ex-inadimplentes, como a principal causa do não pagamento das contas. Somente depois aparecem perda do emprego (28%), diminuição da renda (21%) e atraso no pagamento de salário (17%).
Segundo 61% dos consumidores inadimplentes, o não pagamento da fatura do cartão de crédito foi a razão para ficarem com o nome sujo. Em seguida aparecem os atrasos nas parcelas de cartões de loja (51%), no pagamento de empréstimos (31%) e de boletos bancários (37%), além de cheques sem fundo (20%) e deixar de pagar o cheque especial (18%).
De acordo com o levantamento, a tendência do consumidor no momento de cortar gastos, para pagar as dívidas, é reduzir as despesas com roupas e calçados (39%), lazer (38%), alimentação fora de casa (34%), salão de beleza (21%) e telefonia celular (21%). O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizaro, considera dois anos muito tempo para o brasileiro inadimplente quitar sua dívida. "Negociar a dívida rapidamente é muito mais vantajoso do que deixar os juros rolarem. A taxa média de desconto para negociação é 22% e chega a 69% para quem propõe pagamento à vista".
PRF: rodovias federais não registram bloqueios
Da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
Caminhoneiros bloquearam estradas em todo país durante quase duas semanas Antônio Cruz/ABr
Não há mais pontos de bloqueio nas rodovias federais causados por caminhoneiros, informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF). A última interdição, na Rodovia BR-277, nas proximidades da cidade de Ibema, oeste paranaense, acabou às 19h30 de ontem (3). A PRF registrou, às 11h de hoje (4), manifestações de caminhoneiros fora das rodovias em quatro cidades do Rio Grande do Sul (Soledade, Santa Maria, Santa Rosa e Cachoeira do Sul), todas já encerradas.
Saiba Mais
- Lei dos Caminhoneiros começa a valer em 17 de abril
- Protesto de caminhoneiros gerou prejuízos na produção de aves e suínos
Os caminhoneiros vinham bloqueando estradas em todo país há quase duas semanas. Os bloqueios começaram no dia 18 de fevereiro no Paraná e em Santa Catarina e foram se espalhando. Eles reivindicavam a redução do preço do combustível, o aumento do valor do frete e pediam que a Lei dos Caminhoneiros fosse sancionada. A PRF e a Força Nacional de Segurança Pública, que deu apoio à polícia durante os protestos, dizem que continuam de prontidão e monitoram a situação nas rodovias.
As manifestações dos caminhoneiros, que tiveram reflexo em mais de dez estados, provocaram desabastecimento de combustível e alimentos em algumas cidades. No dia 25, em negociação com representantes dos caminhoneiros, o governo prometeu prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro, além de criar, por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, uma tabela referencial de frete.
Após as negociações, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que os caminhoneiros que continuassem obstruindo as estradas seriam multados com valores entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por hora. Também como parte do acordo, a Lei dos Caminhoneiros, foi sancionada na segunda-feira (2) pela presidenta Dilma Rousseff, e publicada ontem (3) no Diário Oficial da União.
A lei começará a valer no dia 17 de abril. Segundo o Ministério dos Transportes, essa data vale para todos os artigos da lei, incluindo a isenção do pagamento de pedágio sobre o eixo suspenso de caminhões que circulam vazios, o aumento da tolerância máxima na pesagem de veículos de transporte de cargas e passageiros e a conversão das penas de multa por excesso de peso em penas de advertência. O texto também dá a possibilidade do motorista trabalhar 12 horas seguidas, sendo quatro extraordinárias, desde que haja esta previsão em acordo coletivo entre a empresa e os funcionários.
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Nível do Rio Acre continua subindo e cheia e prejudica 87 mil pessoas
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Três pontes foram interditadas e 53 bairros estão alagados em Rio BrancoSérgio Vale/Agência de Notícias do Acre
A prefeitura de Rio Branco, capital acriana, informou hoje (4) que chega a 87 mil o número de pessoas prejudicadas pela cheia histórica do Rio Acre. Conforme os dados da prefeitura, 53 bairros da cidade estão alagados, o equivalente a uma área de 5 mil hectares. Os abrigos disponíveis acolhem 8.509 pessoas. Com três pontes interditadas, a população sofre ainda com o desabastecimento de água e energia.
De acordo com medição feita pela Defesa Civil na manhã de hoje, o nível do rio continua subindo em Rio Branco. Nas 24 horas entre uma medição e outra, o nível subiu 24 centímetros, chegando a 18.34 metros.
Saiba Mais
Para diminuir o fluxo de pessoas no centro da cidade e mobilizar mais voluntários, o governo estadual e a prefeitura decretaram ponto facultativo nas repartições públicas até o fim desta semana. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros apelam para que proprietários de barcos e caminhões disponibilizem esses equipamentos para ajudar no socorro aos desabrigados.
Outra preocupação das autoridades locais é com as comunidades rurais, porque a enchente vem causando prejuízos a centenas de agricultores familiares. Segundo levantamento dos governos estadual e municipal, a enchente prejudica a produção agrícola de 32 áreas rurais em 4,5 mil hectares de área atingida. Os prejuízos para os produtores somam R$ 52 milhões.
Desde ontem (3), o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, está no Acre, onde visitou abrigos, sobrevoou áreas atingidas e manteve reuniões técnicas para enfrentamento da situação. Em nota, o ministério informou ter recebido do governo estadual uma lista de 3,2 mil famílias vivendo em áreas de risco.
Conforme a nota, a proposta é que essas famílias recebam moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida. Portaria do Ministério das Cidades prevê essa situação em casos de emergência e calamidade pública.
A estratégia foi discutida em reunião realizada ontem (3), em Rio Branco, entre representantes dos ministérios da Integração Nacional e das Cidades, do governo do Acre, do Banco do Brasil, da Prefeitura de Rio Branco e da Caixa Econômica Federal.
Amanhã (5), Occhi segue para o município de Eirunepé, no Amazonas, onde se encontrará com o governador do Amazonas, José Melo. Eirunepé é um dos sete municípios amazonenses atingidos por inudanções que tiveram reconhecimento de situação de emergência publicado ontem. Os demais são Boca do Acre, Carauari, Envira, Ipixuna, Itamarati e Tapauá.
Devolução de medida provisória não compromete ajuste fiscal, diz ministro
Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil Edição: Armando Cardoso
Miguel Rossetto: governo está confiante na aprovação das propostas do ajuste fiscal José Cruz/Agência Brasil
O secretário-geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, disse hoje (4) que a devolução ao Executivo da medida provisória que reduz a desoneração da folha de pagamento não compromete o ajuste fiscal do governo. A medida foi devolvida ontem (3) pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Em seguida, a presidenta Dilma Rousseff assinou projeto de lei, com urgência constitucional, com o mesmo conteúdo.
“São desafios fiscais. Não há nenhum comprometimento. O governo toma iniciativas através de projetos de lei. Vivemos desafios fiscais, que, em curto prazo, serão superados e vão colaborar para uma grande estratégia de crescimento econômico e geração de emprego no país”, disse o ministro a jornalistas, após participar de reunião plenária do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
O ministro informou que o Congresso Nacional tem papel importante para viabilizar as medidas necessárias ao ajuste fiscal e se disse confiante na aprovação das propostas encaminhadas pelo governo. “Várias das propostas serão analisadas pelos congressistas. O governo está muito confiante na aprovação dessas medidas, que são positivas para o Brasil prosseguir com a rota de crescimento, gerando emprego e renda e garantindo investimentos tão importantes para o Brasil.”
Ao discursar na plenária do Consea, o ministro explicou que o país não vive uma crise fiscal e não há descontrole inflacionário. “Temos desafio fiscal, e não uma crise fiscal. Os ajustes fiscais necessários estão sendo feitos e foram feitos ao longo dos últimos anos”, ressaltou.
“Não há nenhuma sinalização de descontrole inflacionário. Não teremos um processo recessivo no país. Pretendemos, no segundo semestre, iniciar uma retomada”, completou o ministro.
Sobre o aumento da tarifa de energia elétrica, Rossetto lembrou que a seca tem impacto direito na produção e no custo da energia. “O governo segurou o custo até o ano passado com sua receita, mas agora está ajustando. O ajuste é por conta dos limites fiscais que temos”, concluiu.
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