O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu hoje (4) elevar a taxa básica de juros (Selic) da economia, que passou de 12,25% para 12,75% ao ano. Com o aumento de 0,5 ponto percentual, a taxa retorna ao patamar de janeiro de 2009.
Em comunicado, o Copom reconheceu que decidiu intensificar o ajuste monetário para conter a inflação. “Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual para 12,75% ao ano, sem viés”.
A Selic serve de referência para as demais taxas de juros, e, no início da semana, a expectativa de analistas e investidores do mercado financeiro já era de elevação do índice para 12,75% ao ano. A expectativa do mercado foi divulgada pelo Banco Central segunda-feira (2), no boletim Focus.
O Banco Central tem na Selic um dos instrumentos para manter a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dentro da meta estabelecida pela equipe econômica. De acordo com o Conselho Monetário Nacional, o centro da meta de inflação corresponde a 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos percentuais para baixo (2,5% – piso da meta) e para cima (6,5% – teto da meta).
Embora a taxa básica ajude no controle dos preços, sua elevação também pode prejudicar o reaquecimento da economia, pois o crédito fica mais caro. De acordo com o boletim Focus desta semana, o mercado financeiro prevê, para 2015, PIB com retração de 0,58% e Selic em 13% ao ano.
Ex-presidiários de Guantánamo dão entrevista exclusiva à EBC
Da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto
Três ex-prisioneiros da base norte-americana de Guantánamo deram entrevista exclusiva a repórteres da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A matéria vai ao ar hoje (5) no Repórter Brasil, às 21h, e será publicada na Agência Brasil.
Construída em 2002, a prisão de Guantánamo, localizada em uma base naval em território cubano, reúne cinco prédios e várias denúncias de violação de direitos humanos. Há acusações de humilhação e tortura praticadas por militares contra os detentos. Muitos presos são muçulmanos, que também sofrem restrições à cultura religiosa. O fechamento do presídio é promessa do presidente norte-americano, Barack Obama, desde 2011.
Entre os entrevistados está Abdul Ourgui que, segundo documento do Departamento de Defesa americano, é o mais perigoso entre os seis prisioneiros de Guantánamo acolhidos como refugiados pelo Uruguai. Segundo o governo dos Estados Unidos, ele é perito em explosivos e sabia dos planos de Osama Bin Laden de explodir as torres gêmeas em Nova York.
Aos enviados especiais da EBC, Mônica Yanakiew e Gabriel Casal, Abdul disse que não é bem assim. Ele falou do passado e de seu sonho de encontrar um emprego e se casar.
O sírio Abdal Hadi também contou um pouco da sua nova vida no Uruguai, onde está aprendendo a falar espanhol com um programa de computador. O ex-presidiário, que já tem página no Facebook, disse que 90 dias de liberdade são muito pouco para voltar à normalidade, depois de passar um terço da vida isolado em Guantánamo.
Quadrilha arromba caixas eletrônicos em Picada Café
Ataque danificou terminais do Sicredi e do Banrisul
Chuva
Idosa de 106 anos é retirada de casa alagada em Esteio
RS terá mais um dia de tempo instável
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Loterias
Aposta de Canoas ganha mais de R$ 600 mil na Lotofácil
Dólar atinge mais alta cotação em dez anos
Danilo Macedo – Repórter da Agência Brasil Edição: Nádia Franco
Moeda americana fechou cotada em R$ 2,98 e teve valorização também em relação ao euroArquivo/Agência Brasil
Após chegar a R$ 3 no meio do dia, o dólar recuou um pouco e fechou a quarta-feira (4) em R$ 2,98, maior cotação desde 19 de agosto de 2004, quando a moeda foi a R$ 2,987. A moeda norte-americana teve nesta quarta-feira alta de 1,8% em relação à terça-feira (3), R$ 2,928. Foi o terceiro dia seguido de elevação.
O dólar também subiu em relação a outras moedas, como o euro, depois da divulgação de dados que mostram a recuperação da economia dos Estados Unidos. Hoje a moeda norte-americana valorizou-se em relação ao euro, na véspera de uma reunião política do Banco Central Europeu, chegando, na máxima do dia, à maior cotação em dez anos.
Em janeiro, as encomendas de bens duráveis (como automóveis e eletrodomésticos) subiram naquele país, interrompendo uma sequência de quatro meses de queda. Além disso, alguns analistas avaliam que a discordância entre o Executivo e o Legislativo brasileiro em relação à medida provisória que trata das desonerações tributárias influenciaram na subida mais acentuada do dia.
O aumento do consumo nos Estados Unidos reforça as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), em breve, pode aumentar os juros da maior economia do planeta. Juros mais altos nos países desenvolvidos reduzem o fluxo de capital para países emergentes como o Brasil, pressionando o dólar para cima.
No início da tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial, diferença entre entrada e saída de dólares do país, encerrou fevereiro negativo em US$ 1,142 bilhões. Com isso, o saldo acumulado nos dois primeiros meses de 2015 também ficou negativo em US$ 246 milhões. Quando o fluxo cambial fica negativo, significa que, no período, a saída de dólares do Brasil superou a entrada.
Produção industrial interrompe sequência de queda e fecha janeiro em alta de 2%
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
Apesar da recuperação em janeiro, a taxa acumulada nos últimos 12 mesesMarcelo Camargo/Agência Brasil
Saiba Mais
- Bens de capital registram crescimento mais intenso desde julho de 2014
- Indústria registra terceiro mês seguido de queda no faturamento, diz CNI
A produção industrial brasileira cresceu 2% em janeiro deste ano na comparação com dezembro de 2014. O avanço interrompeu a sequência de dois meses consecutivos de queda no resultado: -3,2% em dezembro e -1,1% em novembro, na série livre de influência sazonal.
Os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) foram divulgados hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e, apesar da recuperação em janeiro, a taxa acumulada nos últimos 12 meses (indicador anualizado) continua negativa (-3,5%), mantendo a trajetória de queda iniciada em março de 2014 (-2%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-4,8%).
A queda acumulada de novembro a dezembro de 2014 ficou em 4,3% e ainda encontra-se 8,9% abaixo do nível recorde alcançado em junho de 2013. Na série sem ajuste sazonal, na comparação com janeiro do ano passado, a produção industrial apontou redução de 5,2% em janeiro de 2015, a 11ª taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação.
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