Diretoria da Abras toma posse em Brasília

 Presidente João Galassi foi reconduzido ao cargo e defendeu pautas como a venda de medicamentos sem receita nos supermercados

Entidade foi homenageada na Câmara dos Deputados em Brasília | Foto: Karina Reif Especial CP


O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, foi reconduzido ao cargo nesta terça-feira, em Brasília, junto com a sua diretoria, incluindo o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, como vice-presidente para o triênio de 2025 a 2027. Em sessão solene para homenagear a entidade na Câmara dos Deputados, Galassi destacou as principais pautas da atual gestão.

Entre elas está a imediata desoneração da cesta básica nacional. "Defendemos a segurança alimentar e lutamos pela isenção de impostos sobre a cesta básica brasileira (durante as negociações para a reforma tributária)", destacou em seu discurso. A comercialização de remédios sem receita nos supermercados é outra reivindicação do setor. Segundo Galassi, na década de 1990, quando os empreendimentos tinham autorização para vender alguns tipos de remédios, os preços ao consumidor caíram até 35%. "Nos colocamos à disposição do governo para, desde já, introduzir as farmácias populares nas nossas lojas."

Galassi também falou da possibilidade de adoção do conceito "best before" para reduzir desperdícios. A Abras defende o modelo já utilizado nos Estados Unidos e em países da Europa, em que o rótulo indica o prazo mínimo em que um produto mantém suas características e que, mesmo depois da data indicada, é próprio para o consumo.

Na agenda, também está a revisão dos custos do programa de alimentação ao trabalhador e outros pleitos. O presidente destacou ainda a representatividade do segmento. "A Abras representa um setor do tamanho do Brasil, com mais de 414 mil lojas, 9 milhões de colaboradores e 30 milhões de consumidores atendidos diariamente. Não há economia forte, sem varejo forte."

Longo, que participou da solenidade, comentou as medidas do governo federal para tentar reduzir a inflação dos alimentos. O setor se manifestou favorável ao que foi anunciado na semana passada, incluindo a retirada de tributação de importação para alguns produtos. Ele ponderou, contudo, que a composição dos preços depende de muitos fatores. "Não é só o imposto, tem situações de safra, ou crise, por exemplo", explicou.

No Rio Grande do Sul, a Agas apoiou a isenção tributária de produtos como frutas, legumes, leite e ovos, além da base reduzida de 12% para 7% da cesta básica. "Esse foi o nosso pleito", explicou.

Correio do Povo

Confira o resultado do sorteio das loterias da Caixa desta terça-feira, dia 11 de março

 Foram sorteados os prêmios da Lotofácil, Quina, Mega Sena, Timemania e Dia de Sorte



A Caixa Econômica Federal realizou nesta terça-feira, 11 de março, os sorteios de número 3.339 da Lotofácil, 6.677 da Quina, 2.838 da Mega Sena, 2.216 da Timemania e 1.037 da Dia de Sorte. Os resultados foram divulgados por volta das 20h no Espaço Caixa Loterias, no novo Espaço da Sorte, na Avenida Paulista, em São Paulo.

Lotofácil

O concurso 3.339 da Lotofácil com prêmio estimado em R$ 1.700.000,00 teve os seguintes números sorteados:

03 - 04 - 05 - 09 - 10 - 11 - 12 - 13 - 14 - 16 - 17 - 19 - 21 - 24 - 25

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.

Sorteio das loterias do dia 11/03/2025 Sorteio das loterias do dia 11/03/2025 | Foto: Reprodução/CP

Quina

O concurso 6.677 da Quina com prêmio estimado em R$ 1.500.000,00 teve os seguintes números sorteados:

17 - 52 - 69 - 72 - 75

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.

Sorteio das loterias do dia 11/03/2025 Sorteio das loterias do dia 11/03/2025 | Foto: Reprodução/CP

Mega Sena

O concurso 2.838 da Mega Sena com prêmio estimado em R$ 12.000.000,00 teve os seguintes números sorteados:

04 - 07 - 29 - 32 - 36 - 53

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.

Sorteio das loterias do dia 11/03/2025 Sorteio das loterias do dia 11/03/2025 | Foto: Reprodução/CP

Timemania

O concurso 2.216 da Timemania com prêmio estimado em R$ 5.500.000,00 teve os seguintes números sorteados:

01 - 05 - 14 - 15 - 30 - 36 - 74

Time do coração: Internacional/RS

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.

Sorteio das loterias do dia 11/03/2025 Sorteio das loterias do dia 11/03/2025 | Foto: Reprodução/CP

Dia de Sorte

O concurso 1.037 da Dia de Sorte com prêmio estimado em R$ 150.000,00 teve os seguintes números sorteados:

02 - 05 - 12 - 19 - 25 - 28 - 30

Mês da sorte: Março

A quantidade de vencedores e o rateio do prêmio pode ser conferido aqui.

Sorteio das loterias do dia 11/03/2025 Sorteio das loterias do dia 11/03/2025 | Foto: Reprodução/CP

O sorteio foi transmitido ao vivo pelo canal da Caixa no Youtube:

Correio do Povo

3 EM 1 - 12/03/25

 

Nos bastidores, Inter avalia reação ao adiamento do julgamento de Quinteros

 Clube também solicitou vídeos do VAR do Gre-Nal, pois considera que foi pênalti de Volpi em Vitinho logo no início da partida

Jogadores colorados comemoram a vitória no Gre-Nal disputado na Arena, sábado passado | Foto: Fabiano do Amaral


O Inter venceu o primeiro Gre-Nal em campo, no sábado, mas o duelo segue nos bastidores. Nesta terça-feira, os dirigentes colorados tomaram algumas iniciativas junto à Federação Gaúcha de Futebol e na esfera jurídica, visando à preservação do que julgam ser os interesses do clube.

A primeira foi solicitar os vídeos do VAR do clássico, principalmente do lance entre o goleiro Volpi e o atacante Vitinho, ainda no primeiro tempo. De acordo com a percepção dos colorados, foi pênalti no atacante colorado, mas a jogada sequer foi revisada no vídeo pelo árbitro Ramon Abatti Abel.

Além disso, o clube reagirá contra o adiamento do julgamento, que seria realizado na tarde desta terça-feira, do técnico Gustavo Quinteros pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS). A decisão ocorreu após pedido da direção gremista. De acordo com um dirigente colorado, o adiamento é uma "vergonha".

O julgamento poderia tirar o técnico da final. Ele será julgado por ter agredido, com um soco, um jogador do Juventude na semifinal. O zagueiro Jemerson, além de dirigentes do Inter e do Grêmio, também seria julgado. O novo julgamento não tem data para ocorrer, mas não deverá ser realizado antes do segundo Gre-Nal da decisão, marcado para este domingo, no Beira-Rio.

Os advogados do Inter estão analisando o contexto jurídico e devem apelar ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva para anular o adiamento. Marcelo Azambuja, que decidiu pela transferência do julgamento, além de ser presidente da Comissão do Tribunal de Justiça Desportiva, é conselheiro do Grêmio.

Correio do Povo

'R$ 6 bilhões podem mudar Porto Alegre', afirma vice-prefeita

 Betina Worm detalhou o uso dos recursos adquiridos pela prefeitura para reconstrução da Capital

Vice-prefeita Betina Worm foi a convidada do primeiro MENUPOA do ano | Foto: Mauro Schaefer

Responsável pelo comando de Porto Alegre enquanto o prefeito Sebastião Melo (MDB) está em Brasília, a vice-prefeita Betina Worm (PL) detalhou onde serão empregados os R$ 6 bilhões de recursos que a prefeitura obteve, por meio de empréstimos em bancos nacionais e internacionais, governo federal e contrapartidas, para a reconstrução da Capital após as enchentes de 2024.

Primeira convidada do MenuPOA deste ano, a vice-prefeita fez um relato sobre o que já foi feito e onde serão alocados esses recursos.

O financiamento de R$ 1 bilhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por exemplo, deverá ser empenhado em três setores: educação, saúde e assistência social. A previsão é de que os recursos sejam utilizados para reforma e ampliação do Hospital de Pronto Socorro (HPS) e do Hospital Materno Infantil Getúlio Vargas; na construção de três espaços comunitários e esportivos; na construção de 23 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e 23 Centros de Referência de Assistência Social (CRAS); e na reforma de 18 escolas de educação infantil, além de outras ações.

Os valores contratados com o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) – que somam 162 milhões de euros – devem ser direcionados somente para a revitalização do Centro Histórico e Quarto Distrito. Os recursos serão empenhados em macro e microdrenagem, novas redes de escoamento, reformas em casas de bombas, qualificação do espaço urbano e revitalização do patrimônio histórico, novos projetos de transporte coletivo e novas praças de lazer.

Enquanto isso, os US$ 80 milhões conquistados junto do Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF) serão usados, entre outros, para a criação de três centros comunitários nas três regiões mais afetadas pelas enchentes: Ilhas, Humaitá e Sarandi. O padrão dos centros será o mesmo utilizado em Recife.

“Porto Alegre pode melhorar e pode ser uma outra Porto Alegre com R$ 6 bilhões”, afirmou a vice-prefeita Betina Worm.

“Escutei muito que não era mulher para lida”, diz vice-prefeita

Em uma breve manifestação em referência ao dia da mulher, tema do MenuPOA do mês, Betina relembrou sua trajetória no Exército. “Escutei muito que eu não era mulher para lida”, disse. “Eu era a única oficial e a única mulher entre 750 homens. Então, se tem alguém que sabe trabalhar em um ambiente com homens, acho que sou eu”.


Correio do Povo

Quarta-feira terá tempo encoberto com chuva em partes do Sul e do Norte do RS

 Tempo será parcialmente nublado na maior parte do território gaúcho



O sol aparece com nuvens na maior parte do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira, mas em várias regiões devem ocorrer momentos de maior nebulosidade com o céu encoberto e nublado. A frente fria traz chuva em pontos mais ao Sul do estado e da Campanha, entre a tarde e a noite.

No Norte do RS, chove em pontos do Médio e Alto Uruguai, Planalto Médio, Serra e Aparados pelo ar tropical quente e úmido. Isoladamente, a chuva pode ser forte e com risco de temporal bastante localizado.

Na Grande Porto Alegre, sol e nuvens em meio a momentos de maior nebulosidade e não se afasta chuva isolada. Na capital, as temperaturas variam entre os 20ºC e os 27ºC.

Um grande ciclone extratropical que atuava ontem sobre o Atlântico Sul associado a uma frente fria provocarão uma mudança do tempo entre a quarta e a quinta-feira. A frente alcança hoje com aumento de nebulosidade e chuva isolada em setores mais ao Sul do Rio Grande do Sul, enquanto no Norte do estado haverá chuva por instabilidade associada a ar quente. Na quinta-feira, a frente fria avança pelo estado, mas deve chegar na maioria das cidades sem chuva ou com baixos volumes de precipitação.

Mínimas e máximas pelo RS:

Caxias do Sul 17ºC / 24ºC

Passo Fundo 17ºC / 25ºC

Livramento 17ºC / 26ºC

Uruguaiana 20ºC / 30ºC



MetSul Meteorologia e Correio do Povo

Dólar cai 0,69% a R$ 5,81 em dia de recuperação de divisas emergentes

 Possível cessar-fogo na Ucrânia e recuo canadense em tarifas de energia pesaram

Moeda norte-americana encerrou a sessão desta terça-feira em queda firme | Foto: Yasin Akgul / AFP / CP


O dólar acentuou o ritmo de baixa ao longo da tarde, em sintonia com o comportamento da moeda norte-americana no exterior, e encerrou a sessão desta terça-feira, 11, em queda firme, no nível de R$ 5,81, após mínimas na casa de R$ 5,80.

A notícia de que a Ucrânia aceitou proposta norte-americana para um cessar-fogo na guerra contra a Rússia e o recuo temporário da província canadense de Ontário na aplicação de tarifas de 25% à energia elétrica exportada aos EUA foram bem recebidos pelos investidores.

Pela manhã, o presidente Donald Trump havia anunciado tarifa adicional de 25% sobre o aço e o alumínio canadense, elevando a tarifa total 50%, em contraofensiva a iniciativa de Ontário na segunda-feira. À tarde, Trump disse que poderia desistir da sobretaxa de 25% para os produtos canadenses a partir da quarta-feira, o que foi confirmado em seguida.

Divisas emergentes e de países exportadores já se valorizavam em relação ao dólar desde a abertura dos negócios, em movimento de correção parcial das pesadas perdas da segunda-feira, quando os temores de recessão nos EUA abalaram ativos de risco.

Com mínima a R$ 5,8037, o dólar à vista terminou a sessão em queda de 0,69%, a R$ 5,8117. Com isso, a divisa passa a acumular desvalorização de 1,77% nos cinco primeiros pregões de março, após alta de 1,37% em fevereiro. No ano, o dólar recua 5,96%.

"Temos hoje um movimento global de desvalorização do dólar, que ainda está forte. Com a perspectiva de taxa de juros menor e economia desacelerando, os Estados Unidos vão atrair menos fluxo, o que favorece divisas emergentes", afirma o head da Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt.

Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY caía cerca de 0,60% no fim da tarde e operava ao redor dos 103,370 pontos, após mínima aos 103,221 pontos, graças sobretudo às perdas do euro.

Divulgado no fim da manhã, relatório Jolts mostrou que a abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos subiu para 7,74 milhões em janeiro, resultado praticamente em linha com a expectativa de analistas.

Investidores aguardam a divulgação na quarta-feira do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA em fevereiro para calibrar as apostas em relação aos próximos passos do Federal Reserve, o banco central norte-americano.

Por ora, as apostas majoritárias se inclinam para uma redução total de 75 pontos-base neste ano, com o primeiro corte em maio ou junho. À tarde, Trump disse que está "muito otimista" com as perspectivas para a economia dos EUA, que "vai bombar".

Lembrando que a taxa de câmbio oscilou entre R$ 5,70 e R$ 5,90 nos dois primeiros meses de 2025, após um "overshooting" que levou o dólar a R$ 6,30 em dezembro, a equipe de econômica da XP traça três cenários para o comportamento da moeda norte-americana.

No cenário base, haveria uma leve depreciação do real, com o dólar indo a R$ 5,90. Isso leva em conta a perspectiva de menor crescimento econômico com a guerra comercial, maior aversão ao risco e postura mais rígida do Fed, sem cortes de juros neste ano. Outros pontos seriam estabilidade dos preços de commodities e ausência de piora do risco-país brasileiro.

Já no quadro mais otimista traçado pela XP, sem aumentos significativos nas tarifas de importação por Trump e cortes de juros pelo Fed neste ano, o dólar escorrega para R$ 5,40. Esse cenário leva em conta também nova rodada de medidas de ajustes fiscal pelo governo Lula.

Na outra ponta, mais pessimista, o dólar vai a R$ 6,45. Tal cenário teria como premissa a manutenção da guerra comercial ao longo do ano e mais pressão inflacionária nos EUA, o que levaria a debates sobre alta de juros pelo Fed, além de deterioração fiscal maior no Brasil.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Presidenciáveis reagem a pedido para estados zerarem ICMS da cesta básica

 A solicitação ocorreu durante anúncio da isenção de alíquota de importação para itens como carne, café e óleo de girassol, visando reduzir a inflação dos alimentos

As primeiras reações foram protagonizadas por governadores que figuram no cenário como pré-candidatos ao Planalto | Foto: Gustavo Mansur/Secom


O pedido do governo federal para que os estados zerem o ICMS de produtos da cesta básica deflagrou reações entre governadores. A solicitação, sem combinação prévia, ocorreu sexta-feira, durante o anúncio da isenção de alíquota de importação para itens como carne, café e óleo de girassol, visando reduzir a inflação dos alimentos.

As primeiras reações foram protagonizadas por governadores que figuram no cenário como pré-candidatos ao PlanaltoEntre eles, Eduardo Leite (PSDB). Nas redes sociais, Leite destacou que no Rio Grande do Sul já está em prática o programa “Devolve ICMS”, em que famílias de baixa renda recebem de volta os valores do imposto, e que produtos como ovos, leite, hortifrutigranjeiros e pães já têm alíquota zero.

Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, usou as redes para alfinetar o Planalto. “Aqui, estamos fazendo o dever de casa desde o início da gestão, quando o assunto é comida mais barata na mesa. Não é de hoje que o ICMS no estado é zero para itens do dia a dia, como arroz, feijão, ovos, farinhas, legumes e verduras”, disse Tarcísio, a cada dia mais cotado para a disputa presidencial.

Outro governador que veio à público comentar - e ironizar - o movimento do Planalto, foi Ratinho Júnior (PSD). “Só agora? No Paraná tem cesta básica sem impostos há muito tempo!”, dizia um letreiro, em postagem dele, sob vídeo de um trecho do anúncio de Geraldo Alckmin.

A investida do governo Lula para fazer frente à inflação dos alimentos, considerada por lideranças petistas como um dos principais motivos para o tombo em sua popularidade, guarda semelhanças com a iniciativa de Jair Bolsonaro (PL), que em 2022 reduziu o ICMS com o objetivo de baixar o preço dos combustíveis, em ano eleitoral, gerando impacto para os estados, que tiveram apenas parte das perdas ressarcidas.

Correio do Povo

Governador anuncia R$ 46,7 milhões para recuperação de municípios na Expodireto 2025

 Fundo destina R$ 250 mil para localidades de até 20 mil habitantes em situação de emergência e calamidade em razão da estiagem

O presidente da Cotrijal, Nei Manica (em pé, com o microfone) convidou o público presente a homenagear o governador Eduardo Leite pelo aniversário | Foto: Camila Cunha


25ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, teve início com parabéns gaúcho para o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, em Não-Me-Toque, nesta segunda-feira, dia 10. Na ocasião, que coincidiu com seu aniversário de 40 anos, o dirigente destacou que nos últimos 20 anos pelo menos em sete ocorreram estiagens severas e anunciou o Fundo a Fundo da Defesa Civil com R$ 46,7 milhões em recursos para respostas a restabelecimentos dos municípios em situação de emergência e calamidade pela estiagem.

“Os ciclos do clima adversos não fragilizam o nosso Estado, deve fortalecer o gaúcho”, afirmou o governador.

De acordo com o governador, uma portaria da Defesa Civil do Estado está sendo emitida nesta segunda-feira, contemplando com R$ 250 mil municípios com até 20 mil habitantes, R$ 300 mil com até 50 mil habitantes e R$ 350 mil para as cidades com número superior de habitantes.

“Essa é a parte emergencial. Sabemos que não resolve, mas queremos dar suporte ao municípios para as suas ações em relação à estiagem”, declarou Leite na feira agropecuária, acrescentando que é sem burocracia o acesso a esses recursos disponibilizados pelo governo do Estado.

“O município não precisa apresentar um plano de trabalho depois ele presta contas. Se é emergência, o dinheiro tem que ir na frente”, pontuou Eduardo Leite.

Leite também destacou que um novo decreto de outorga de uso da água está sendo assinado nesta segunda-feira, para ampliar a desburocratização do recurso hídrico, com prazo 99% menor para açudes e barragens de até 3 milhões de metros cúbicos e prazo 75% menor para barragens de mais de 3 milhões de metros cúbicos e açudes de mais de 5 milhões de metros cúbicos.

“A superação da estiagem se dará através da proteção das nossas lavouras com irrigação”, afirmou Leite.

O governador adiantou também que um programa está sendo formulado voltado à recuperação de solo e poderá atingir nos próximos dois anos até R$ 800 milhões.

Na abertura, o presidente da Cotrijal, Nei César Manica, destacou a importância da securitização.

“Temos que estar unidos em prol de uma solução, esquecendo divergências e buscando soluções para o Rio Grande do Sul. Os bancos estão contribuindo? Sim. Estão postergando débitos, mas a capacidade do produtor não é mais possível. Precisamos de um alongamento. O Rio Grande do Sul precisa de um olhar diferente do restante do Brasil”, disse Nei Manica.

Correio do Povo

Cenário internacional e tecnologia dominam os debates do 16° Fórum do Milho na Expodireto 2025

 Pelo menos cinco empresas demonstraram suas tecnologias de ponta que estão sendo comercializadas na feira



16ª edição do Fórum do Milho teve seus debates centrados nas tecnologias de ponta trazidas por empresas do setor, assim como os desafios e oportunidades para o agricultor gaúcho. O encontro ocorreu nesta segunda-feira, 10, durante a 25ª Expodireto CotrijalA feira é realizada em Não-Me-Toque, e se estende a próxima sexta-feira, 14.

O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, abriu o fórum em nome do presidente, Nei Manica, destacando a importância do milho tanto para o consumo quanto para a rotação de culturas no Estado do Rio Grande do Sul. Enio expressou, no entanto, sua inquietação quanto ao cenário atual da cultura.

“Tínhamos cerca de 30% do volume da Cotrijal com milho e esta cultura está diminuindo cada vez mais. Isso é muito preocupante", afirmou Schroeder.

Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo, destacou que o milho é essencial para o Rio Grande do Sul, inclusive para reduzir o risco de quebra de safra do Estado.

“O milho é fundamental para a competitividade da economia do estado do Rio Grande do Sul”, resumiu Lemainski.

 Clair Kuhn, secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), abordou a resiliência da agricultura do Estado.

Da esquerda para a direita, Clair Kuhn, Secretário da SEAPI, Enio Schroeder, Vice-presidente da Cotrijal e Jorge Lemainski, Chefe-Geral da Embrapa Trigo no 16º Fórum do Milho Da esquerda para a direita, Clair Kuhn, Secretário da SEAPI, Enio Schroeder, Vice-presidente da Cotrijal e Jorge Lemainski, Chefe-Geral da Embrapa Trigo no 16º Fórum do Milho | Foto: Camila Cunha / CP

Clair também apresentou informações sobre o “Programa de Irrigação” do governo estadual. Previsto para ser encerrado em abril de 2025, o projeto será prorrogado. De acordo com Kuhn, o programa receberá flexibilizações ou dispensa de outorga do departamento de Gestão de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS), da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).

Exposição de tecnologias de ponta

Os debates do Fórum foram divididos em dois painéis. O primeiro com cinco participantes de empresas que demonstrariam suas tecnologias para o produtor. O segundo, com uma perspectiva de mercado apresentada por uma consultoria parceira da Cotrijal.

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Frederico Durães, afirmou que o milho é um grão que tem grande importância para o momento de transição energética que vivemos, já que conta com grande potencial calorífico, já que conta com muito carboidrato.

“Há um espaço enorme para o milho de segunda safra no Rio Grande do Sul", disse Durães, afirmando que pode haver maior parcela deste tipo de milho no Estado, já que o milho colhido na primeira safra tem compreende praticamente 18% de toda a produção da região sul. Por fim, destacou o produto trazido pela Embrapa ao mercado, em parceria com Helix, o BT Max. Segundo Durães, é uma cultivar que tem grande resistência a lagarta-do-cartucho.

Na sequência, Rafael Azevedo, gerente de marketing da Bayer, comentou sobre o “smart corn system”, é um novo conceito de milho mais baixo, que sofre menos risco de tombamento, mas com boa produtividade por hectare. depois, Gabriel Fachin da Syngenta, Falou od Tymirium uma tecnologia que suplementa o manejo químico de sementes para evitar doenças foliares. Por fim, José Carlos Casarotto Madaloz, da Corteva, falou da tecnologia Powercore Ultra Enlist, que está sendo lançada na feira, assim como o milho p30001 pwe, que promete ser eficiente para Buva e outras folhas largas.

Carinho com o grão

Já o segundo painel, comandado por Silvia Bampi, consultora de gerenciamento de Riscos da StoneX Brasil, destacou as possibilidades do mercado internacional para o milho brasilei. Segundo Bampi, a principal mudança recente são as promessas de taxação de economias parceiras pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para Bampi, essa animosidade entre as nações pode abrir espaço para a importação de milho brasileiro no mercado mexicano, neste momento o maior importador deste grão no mundo.

Esta situação acontece em um momento de redução das importações de milho brasileiro pela China. “O mercado de milho no mundo vive um momento totalmente oposto ao mercado de soja”, resumiu Bampi, afirmando que, enquanto a soja está em momento de acomodação, o milho vislumbra novas oportunidades.

Silvia Bampi, consultora de Gerenciamento de Riscos da StoneX Brasil no 16º Fórum do Milho Silvia Bampi, consultora de Gerenciamento de Riscos da StoneX Brasil no 16º Fórum do Milho | Foto: Camila Cunha / CP

Mesmo que a “fivela esteja apertada” para o produtos, o consumo mundial de milho deve ser maior que a produção vislumbrada para a safra seguinte. “O que será produzido de milho no mundo não será suficiente para o consumo”, resume.

“Nós, gaúchos, precisamos voltar a olhar com carinho para o milho”. Segundo Bampi, o Estado viu uma redução de área de cerca de 23% entre 2024 e 2025. Mesmo assim, segue sendo o maior produtor de milho safra verão, mas que não produz em quantidade na segunda safra.

“O RS ainda não é autossuficiente em milho para suas produções”, destacou, por fim, em relação à indústria de proteína animal por aqui. “A necessidade de milho no estado é nítida”, finalizou.

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