Circulação de trens segue suspensa por tempo indeterminado, diz Trensurb

 De acordo com o comunicado, além da sede alagada, a empresa registra outros danos como na via férrea e no sistema de sinalização

Com a chuva, os trilhos dos trens ficaram submersos 

A Trensurb informou que a circulação dos trens segue suspensa por tempo indeterminado. Em comunicado, a empresa esclareceu que apenas após o recuo das águas da enchente será possível realizar uma avaliação da extensão dos prejuízos causados e quais serão as intervenções necessárias à retomada da operação do metrô. No entanto, técnicos da estatal já trabalham no sentido de viabilizar a circulação segura dos trens quando possível.

No momento, a sede da empresa está alagada, impossibilitando atividades de controle operacional, manutenção e administrativas. Os trens também tiveram que ser recolhidos e estacionados ao longo de locais seguros da linha do metrô - que também tem pontos de alagamento. Há ainda danos na via férrea e nos sistemas de sinalização da via, cuja função é garantir a circulação segura das composições, que ainda terão que ser analisados e corrigidos. Os sistemas de tecnologia da informação da empresa também foram afetados, bem como as subestações de energia, que alimentam a tração dos trens e, no momento, estão alagadas. As águas da cheia impossibilitam ainda o acesso a algumas estações, cujos arredores estão inundados. Por fim, diversos empregados e estagiários da Trensurb e de empresas contratadas foram afetados pelas enchentes, tiveram prejuízos materiais ou precisaram deixar suas residências.

Correio do Povo

Vídeo mostra batida que matou jovem e adolescente perseguidos pela PM

 



Fonte: https://youtube.com/shorts/DXESvrVLg-w?si=4U8NUQhLRms5hdbx

Amália Barros: Magno Malta contraria médicos e vai a velório

 



Fonte: https://youtube.com/shorts/Yh1p5iEBB1k?si=p-NBOqgoC1a3MOnO

Os efeitos da enchente sobre o carro, o drama da enxurrada nas ruas

 Destruição da chuva torrencial surpreendeu e deixou motoristas ilhados no RS

Cheia ilhou automóveis 

Na rua de um bairro devastado pela enchente, ainda com algumas vias trafegáveis, o piloto de testes e jornalista de CM avistou, no sentido contrário, uma pessoa caminhando com água acima da cintura. Era um dos sobreviventes do bairro destruído. Ele relatou os momentos de medo e terror quando a água, com violência, invadiu o pátio de sua casa. Em 30 minutos, o sobrevivente buscava uma brecha no teto do sótão para acessar o telhado. Alguém gritou: "Quem está aí?". Era o socorro que chegava de jet-ski, retirando o morador da armadilha mortal com mais de 6 metros de profundidade.

Nas ruas ainda trafegáveis do bairro, picapes 4x4 com grandes pneus e suspensões elevadas passavam próximas, enfrentando os terrenos alagados. Essas picapes tracionavam barcos e jet-skis para serem utilizados em resgates de alto risco. O Kardian, guiado pelo bom senso, evitou as ruas alagadas. O problema, o drama, é que centenas de motoristas foram pegas de surpresa quando a corrente, com força de toneladas, tragou carros e passageiros. Os aluviões de lama despencaram das encostas e soterraram carros e pessoas. Estas perdas humanas só serão acessadas quando a enchente recuar, quando a tragédia se dissipar.

A água é inimiga de veículos motorizados e se torna destrutiva com a chuva torrencial, rios que transbordam, qualquer via fluvial que se transforma em corrente mortal. As consequências da inundação sobre o veículo são catastróficas. A água afeta vários componentes externos e internos. Segundo especialistas, os efeitos infligidos por inundações são de longo prazo e problemas futuros comprometerão a segurança e funcionalidade do veículo. Nunca se aventure em qualquer ponto inundado, que pode ser aquela rua do bairro inundado onde o Kardian recuou. A superfície coberta por lâmina de água não permite que o motorista visualize o que está embaixo. Pode ser o asfalto fraturado que tragará o veículo. O nível de água ao nível das janelas já causa danos irreparáveis ao veículo. A água penetra pelos encaixes das portas, do capô do motor, pelas frestas que existem na plataforma e instantaneamente atinge os componentes elétricos e eletrônicos. A água invasiva gera curtos-circuitos, mau funcionamento das luzes e a possibilidade de incêndio em curtos-circuitos. No motor, a água gera corrosão e mau funcionamento. Em casos graves, a água que cobre o motor causa perda total.

Outro terrível efeito é a total contaminação do interior do veículo, que pode ser infestado por bactérias e vírus que causam graves doenças. E mesmo que o carro passe pela limpeza total do habitáculo, colônias de bactérias permanecem, apresentando um risco permanente à saúde dos ocupantes. Há empresas especializadas na descontaminação, que gera um ambiente relativamente seguro. As seguradoras, em geral, dão perda total em carros invadidos pela água. Mesmo o uso sobre terrenos alagados, no limite da água que não ultrapasse o meio da roda, pode levar à perda total de eficiência dos freios e do câmbio, que terá sua eficiência reduzida.

A água transformada em enchente exige medidas preventivas. Nunca deixe o veículo estacionado em áreas de risco. Preste atenção nos avisos que devem ser respeitados. Não deixe o carro na garagem da residência diante dos avisos de enchente iminente. Estacione o veículo em áreas elevadas da cidade, mesmo nas ruas. E não esqueça de documentar tudo, porque um município que deixa diques romperem e comportas vazarem pode ser corresponsável pelos danos ao veículo. Em geral, sólidas companhias de seguro não negarão indenização. Mas, após constatado o dano com o carro já na superfície, deixe a avaliação dos danos para os especialistas que indicarão o reparo possível do veículo ou perda total. Com um profissional ao lado, será evitado o estresse excessivo. Mas é muito triste perder um veículo para a enchente.

Correio do Povo

Grêmio: Arena ainda tem entre 80 a 100cm de água em seu interior

 Estádio chegou a abrigar cerca de 500 pessoas nos primeiros dias das inundações



A Arena do Grêmio ainda tem entre 80 e 100cm de água em seu interior. A informação foi passada pela assessoria do estádio no início da noite desta segunda-feira. A administradora ainda aguarda a água baixar para saber o que pode ser feito no local.

O estádio chegou a abrigar cerca de 500 pessoas nos primeiros dias das inundações. Porém, após ficar sem energia e água, a Arena precisou ser avacuada, com os desabrigados sendo encaminhado para locais que oferecem infraestrutura adequada.

Já no Beira-Rio, estádio colorado, as águas do Guaíba deram uma trégua no gramado nesta segunda. Entretanto, assim como na Arena, não é possível saber quando o local vai poder voltar a receber jogos de futebol.

Correio do Povo

O Estado atrapalha a vida das pessoas

 


Voluntário no RS, médico capixaba é encontrado morto em São Leopoldo

 A principal suspeita é a de que o cardiologista tenha sofrido um infarto

Leandro Medice veio ao RS para auxiliar as vítimas das enchentes 

Leandro Medice, médico cardiologista de 41 anos, foi encontrado morto, na manhã desta segunda-feira, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Medice morava em Vila Velha, no Espírito Santo, e estava no Estado como voluntário auxiliando as vítimas das enchentes. A principal suspeita é a de que o médico tenha sofrido um infarto.

Ele estava há um dia no Rio Grande do Sul, participando de uma missão humanitária. Em vídeo publicado no seu perfil no Instagram, o médico relata sobre a sua saída do Espírito Santo, em um jato particular, com outros três médicos, para auxiliar no Sul. “Conto com vocês para a gente ajudar o máximo de vidas que conseguir”, disse.

A formação inicial de Leandro Medice é de fisioterapeuta. Posteriormente, se formou em Odontologia, cursou Medicina e se especializou em Cardiologia. Nos últimos anos, se dedicou na especialidade de estética capilar.

A prefeitura de São Leopoldo se manifestou em nota oficia, sobre ter tomado conhecimento da morte. “A prefeitura lamenta o falecimento do voluntário e se solidariza profundamente com a família, colegas e amigos nessa hora tão difícil.”

Correio do Povo

Ministério da Saúde libera R$ 861 milhões para RS

 Criação de novos quatro hospitais de campanha e compra de medicamentos estão entre as medidas anunciadas


No começa da tarde desta segunda-feira a Força Tarefa Nacional do SUS no Rio Grande do Sul concedeu uma coletiva de imprensa sobre as ações do Governo Federal através do Ministério da Saúde para lidar com a crise das enchentes no Rio Grande do Sul.

Entre os principais anúncios, está a implementação de quatro novos hospitais de campanha, apenas um dos hospitais já tem local confirmando, que será montado na UPA Moacyr Scliar do Grupo Hospitalar Conceição (GHC). Felipe Lourenço, secretário da Força Tarefa, afirmou ainda a possibilidade de um dos hospitais ser montado em São Leopoldo. Ao todo o Governo Federal conta até o momento com 10 hospitais de campanha, dentre as estruturas do Exército e Ministério da Saúde, tendo com maior procura registrada em Canoas. Governo do Estado até o momento não conta com hospitais de campanha.

A Farmácia Popular também adotou medidas na facilitação de acesso a medicamentos controlados que são entregues gratuitamente pelo SUS, como medicamentos para asma, hipertensão e diabetes. Para esses remédios a liberação ocorre apenas com uma declaração simples e assinatura de um termo na farmácia

Outra medida é a disponibilização de 100 kits de emergência para a atuação em pontos de necessidade diretamente nos munícipios. Cada kit conta pesa 250 quilos, com 48 itens entre medicamentos e insumos médicos, podendo Minisatender até 3 mil pessoas por 15 dias.

Governo Federal através de uma medida provisória mobiliza um total de R$ 861 milhões através de diferentes medidas para ações de saúde primaria e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais e hospitais de campanha.

  • R$ 534 milhões em emendas individuais para congressistas do Rio Grande do Sul auxiliarem diretamente os munícipios;
  • R$ 115 milhões destinados ao GHC, para ampliação de leitos clínicos, incluindo UTI pediátrica;
  • R$ 63,1 em repasse do Fundo Nacional de Saúde para a Secretária Estadual de Saúde e Fundos Municipais;
  • R$ 40 milhões para compra de medicamentos


Correio do Povo

Infográfico exibe motivos da enchente devastadora em Porto Alegre e região metropolitana

 Combinação de fatores faz agravar a cheia na Capital, quebrando recordes históricos

Alagamento na avenida Souza Reis, zona norte de Porto Alegre, na manhã desta segunda-feira 

Nesta segunda-feira, pela segunda vez a enchente em Porto Alegre superou a marca da inundação de 1941. Até o evento de 2024, esta havia sido a maior registrada na Capital. Com a chaga da água ainda em aberto e o evento trágico em andamento, possíveis reflexões do que está acontecendo, e principalmente eventuais mudanças, devem se basear em planos de longo prazo, avalia o professor Fernando Dornelles, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

O órgão tem sido um dos que está na linha de frente do monitoramento da atual cheia. "Inicialmente, é necessário reconhecer que não há nada mágico que melhore esta situação de uma hora para outra. Precisamos ter uma gestão e projetos mais bem pensados para o futuro, levando todo o aprendizado com os problemas reais que estamos vendo”, aponta Dornelles. Com os recursos tecnológicos à disposição, algo que não havia há 83 anos, é possível agora acompanhar praticamente em tempo real o comportamento dos rios afluentes do Guaíba e do próprio curso d’água porto-alegrense, baseando, assim, tomadas de decisões que afetam a população.

Há certo consenso de que a cheia é causada pela chuva excessiva e falhas no Sistema de Proteção Contra Cheias, com seus diques, casas de bombas e comportas, e que, em tese, deveria ser capaz de frear o avanço das águas na direção do Centro Histórico e zona norte, conforme infográfico elaborado pelo Correio do Povo (veja abaixo). Ele mostra como cada ente contribuiu para a elevação do nível dentro de Porto Alegre. Neste começo de semana, o agravante do vento Sul, conhecido na região do Arquipélago como “rebojo”, e sempre temido pelos moradores, deve acelerar a inundação e quebrar novamente o recorde da altura da água.

Para o professor, de modo infeliz, somente após tragédias e catástrofes mudanças são efetivamente realizadas, a exemplo das chuvas fortes na região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, que causaram 918 mortes e são, até hoje, consideradas a maior catástrofe climática do Brasil. “No ano seguinte, houve diversas alterações nas esferas estadual e federal no enfrentamento de desastres, inclusive com a fundação do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e publicado uma nova Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (Cobrade)”, comenta ele.

Confira o infográfico





Correio do Povo

Prefeitura de Porto Alegre busca consultoria de empresa privada para recuperação das cheias do rio Guaíba

 Administradora Alvarez & Marsal é especialista em recuperações financeiras e judiciais



Com atuação internacional, a empresa de consultoria Alvarez & Marsal irá a prestar serviços para a prefeitura de Porto Alegre para ajudar na recuperação da Capital. Em coletiva de imprensa, o prefeito Sebastião Melo (MDB) informou que 20 funcionários da companhia estão chegando nesta segunda-feira e ficarão instalados na secretaria de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade comandada por Germano Bremm. Nos primeiros 60 dias de atuação, trabalharão pró-bono, ou seja: de graça.

Segundo o prefeito, a proporção dos estragos causados pelas cheias na cidade ainda não pode ser mensurada, mas só para limpeza serão necessários mais de R$ 100 milhões. Logo, diante de um "desastre desse tamanho, a prefeitura precisa estar acompanhada do maior corpo técnico possível". O prefeito garantiu que após os 60 dias de trabalho valores serão discutidos, mas não estimou números.

Um dos sócios da companhia é gaúcho e porto-alegrense, afirmou o prefeito, e procurou a prefeitura para oferecer os serviços da multinacional. Ao citar a atuação da Alvarez & Marsal em crises semelhantes a enfrentada por Porto Alegre, Melo destacou o rompimento de barragem de Brumadinho, em Minas Gerais; e o Furacão Katrina, nos Estados Unidos.

No Rio Grande do Sul, a empresa foi uma das consultoras contratadas para a proposta de privatização da Corsan. A companhia tem fama na sua atuação em recuperações financeiras e judiciais, e já prestou trabalho para multinacionais como as Lojas Americanas e a TokStok. Em 2022, ganhou os holofotes pela sua relação com o agora senador, ex-juiz Sergio Moro (União Brasil).

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