Prisão de Lula "não vai ser aceita com normalidade", diz Gleisi Hoffmann

Dirigente negou que o PT esteja pressionando o Supremo Tribunal Federal

Gleisi reforçou que o PT irá até

Gleisi reforçou que o PT irá até "as últimas consequências" para defender Lula | Foto: Agatha Gameiro / FRAMEPHOTO / ESTADÃO CONTEÚDO / CP

Admitindo a possibilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser preso, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que uma eventual prisão de Lula "não vai ser aceita com normalidade" pelo partidos e movimentos sociais ligados à legenda e que os responsáveis por uma detenção do petista "vão pagar o preço". Em discurso durante evento do PT e da Fundação Perseu Abramo na capital paulista, Gleisi admitiu que "querem prender o Lula e é para isso que está caminhando". Ela reforçou que o partido irá até "as últimas consequências" para defendê-lo. "A prisão do Lula não vai ser aceita com normalidade por nós", disse a presidente do partido.

"Não é que nós vamos fazer insurreição, grandes mobilizações, mas não vamos aceitar calmamente. Nós vamos resistir." No discurso, a senadora disse que Lula pode ser derrotado, mas que "eles vão pagar o preço na sociedade brasileira e na sociedade internacional."

Partidos

Gleisi aproveitou o discurso para mandar um recado para partidos de esquerda que já lançaram pré-candidaturas ao Planalto. Ela disse que são legítimas as aspirações de Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D'Ávila (PCdoB) e Ciro Gomes (PDT), mas que esses partidos têm de entender que as eleições de 2018 não serão uma disputa "com normalidade". Defender o direito de Lula ser candidato é defender a democracia, alegou. "Deixar prender Lula é aprisionar o povo brasileiro."

Gleisi repetiu que a esperança do PT está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF). O partido cobra que a corte julgue as ações sobre condenação em segunda instância e possa rever o atual entendimento, que permite prisão após condenação em segundo grau.

A dirigente negou que o partido esteja pressionando o Supremo. "Eu nunca me senti pressionada quando recebemos juízes, desembargadores e ministros de cortes superiores no Congresso", devolveu. Ela rechaçou a discussão sobre outra candidatura no PT além de Lula. "Falar em qualquer outra possibilidade é jogar Lula para os leões", comentou.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Enoturismo em Portugal, por Lúcio Machado Borges*

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Em localidades portuguesa como Bucelas, Carcavelos e Solares, regiões próximas de Lisboa, estão investindo bastante no enoturismo. Há passeios por locais onde há parreirais e a pessoa pode provar as uvas, os vinhos, azeitonas, azeites de oliva e peixes. Há visitas em adegas e restaurantes de ponta no país. Portugal sempre produziu vinhos e azeite de oliva de excelente qualidade.

O enoturismo não é uma coisa nova na Europa. Eu me lembro que há alguns dez anos atrás, assisti um episódio na RAI do programa “Linea Verde”, que abordava exatamente isso. Segundo esta reportagem, a pessoa poderia entrar em uma tina e amassar uvas com os pés, como faziam os ancestrais italianos. A reportagem mostrou um evento desses nas margens do Mar Mediterrâneo, onde as pessoas podiam degustar os vinhos, peixes grelhados na hora e provar o azeite de oliva em cálices, da mesma forma que é feito em Portugal e na Grécia. Segundo este documentário da RAI na época, o enoturismo gerava um excelente retorno financeiro para as cidades interioranas, já que muitos turistas participavam desses eventos.

No final da reportagem, mostrou um antigo costume que vem do período do Império Romano, que era a vinotepapia (“vinhoterapia”). Confesso que eu não sabia disso, mas segundo a reportagem, os imperadores e os nobres da Roma antiga, mergulhavam numa banheira cheia de vinho, pois alegavam ser ótimo para a saúde e excelente para a pele. As banheiras nos dias de hoje ficam dentro de algumas adegas onde há a vinoterapia. Não me recordo o valor, mas esta “brincadeira” segundo a própria RAI tem um custo bem elevado.

*Editor do site RS Notícias

Joesley não pode falar com Wesley fora da cadeia

Medida é adotada corriqueiramente para alvos de um mesmo processo

Decisão que tirou Wesley da cadeia também alcançava Joesley (foto) | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP

Decisão que tirou Wesley da cadeia também alcançava Joesley (foto) | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP

Livres da cadeia, os irmãos Joesley e Wesley Batista terão de se adaptar a uma rotina diferente daquela que levavam na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em São Paulo. Por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), os empresários estão proibidos de se falar - a medida é adotada corriqueiramente para alvos de um mesmo processo, caso dos irmãos, acusados de insider trading - uso de informação privilegiada de suas próprias delações premiadas na Procuradoria-Geral da República para lucrar no mercado financeiro, em abril de 2017.

"Ficará proibido de se aproximar ou ter contato com outros réus e testemunhas", decretou o STJ, em fevereiro, quando mandou soltar Wesley. Joesley e Wesley passaram seis meses confinados na mesma área da Custódia da PF, sem que suas conversas fossem vedadas. Wesley deixou a prisão em 21 de fevereiro. Em audiência, naquele dia, o empresário disse ao juiz Diego Paes Moreira, da 6.ª Vara Federal, de São Paulo, que acataria as medidas cautelares com 'total rigor e disciplina'.

A decisão que tirou Wesley da cadeia também alcançava Joesley - este, no entanto, não deixou a carceragem da PF, na época, porque havia contra ele aquela outra ordem de prisão, expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta omissão de informações de sua delação premiada na Procuradoria-Geral da República. A ordem judicial que, nesta sexta-feira, 9, tirou Joesley da prisão foi decretada pela 12.ª Vara Federal do Distrito Federal.

A decisão do juiz Marcus Vinicius Reis Bastos que beneficiou o empresário também alcançou o executivo Ricardo Saud, da J&F. "Verifico que a sua prisão temporária foi decretada em 8 de setembro de 2017 e convertida em prisão preventiva em 14 de setembro de 2017, estando o requerido (Joesley) encarcerado preventivamente há exatos seis meses, prazo muito superior aos 120 dias previstos para a conclusão de toda a instrução criminal e flagrantemente aviltante ao princípio da razoável duração do processo (Lei nº 12.850, de 02.08.2013, artigo 22, § único)", afirmou o magistrado. "In casu, sequer foi instaurada a instância penal, estando o feito na fase da investigação criminal."

O advogado André Callegari, que defende o empresário Joesley Batista, afirmou que a decisão da 12.ª Vara Federal de Brasília se deu em um pedido bem fundamentado da defesa. "Foi um trabalho duro, mas bem construído", disse. "Os motivos (da prisão) não mais subsistiam."


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Idosa é presa por tráfico de drogas na zona leste de Porto Alegre

Mulher foi autuada em flagrante no bairro Lomba do Pinheiro

Mulher foi autuada em flagrante no bairro Lomba do Pinheiro | Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP

Mulher foi autuada em flagrante no bairro Lomba do Pinheiro | Foto: Polícia Civil / Divulgação / CP

A Polícia Civil prendeu uma idosa de 64 anos por tráfico de drogas no bairro Lomba do Pinheiro, na zona leste de Porto Alegre. A mulher foi autuada em flagrante com ecstasy, maconha, cocaína e acessórios para o consumo de drogas.

Segundo o delegado Maurício Barison, a ação foi desencadeada a partir de uma denúncia anônima que levou os policiais civis até o imóvel da idosa. “No local foram encontrados 30 comprimidos de ecstasy, 300 gramas de maconha e uma porção de cocaína, além de acessórios que eram vendidos aos usuários para o consumo das drogas”, contou Barison.


Correio do Povo

Chefe do DeepMind admite que inteligência artificial traz riscos

Foto: Deep Mind / Divulgação / CP

A inteligência artificial traz grandes benefícios à ciência mas também representa riscos, dependendo de como seja utilizada, admitiu nesta sexta-feira, diretor da empresa britânica DeepMind,  Demis Hassabis. “Há uma série de perguntas filosóficas interessantes e difíceis”, disse o executivo da filial do Google especializada em inteligência artificial. “Vamos ter que responder sobre como controlar estes sistemas, que valores queremos que tenham, como queremos situá-los e usá-los”.

Hassabis falou durante a projeção do documentário sobre o AlphaGo, o sistema de inteligência artificial desenvolvido pela DeepMind que deixou o mundo atônito em 2016 ao derrotar um humano em uma partida de Go, um jogo chinês de estratégia muito complexo.  Em debate realizado no University College London, Hassabis declarou que a inteligência artificial é uma “ferramenta incrível para acelerar descobertas científicas” e pode se tornar uma das tecnologias mais  “benéficas” que a humanidade já conheceu.

Mas como outras tecnologias muito poderosas, isto “representa riscos e depende de como nós, como sociedade, decidiremos usá-la”.

Fonte: AFP e Jornal com Tecnologia do Correio do Povo

Notícias falsas circulam 70% mais do que as verdadeiras na internet, aponta estudo

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Notícias consideradas falsas se espalham mais facilmente na internet do que textos verdadeiros. A conclusão foi de um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), instituição de ensino reconhecida mundialmente pela qualidade de cursos de ciências exatas e de áreas vinculadas à tecnologia.

Os pesquisadores Soroush Vosoughi, Deb Roy e Sinan Aral analisaram 126 mil mensagens (não apenas notícias jornalísticas) divulgadas na rede social Twitter entre 2006 e 2017. No total, 3 milhões de pessoas publicaram ou compartilharam essas histórias 4,5 milhões de vezes. O caráter verdadeiro ou falso dos conteúdos foi definido a partir de análises realizadas por seis instituições profissionais de checagem de fatos.

Os autores estimaram que uma mensagem falsa tem 70% mais chances de ser retransmitida (retuitada, no jargão da rede social) do que uma verdadeira. As principais mensagens falsas analisadas chegaram a ser disseminadas com profundidade oito vezes maior do que as verdadeiras. O conceito de profundidade foi usado pelos autores para medir a difusão por meio dos retuítes (quando um usuário compartilha aquela publicação em sua rede).

O alcance também é maior. Enquanto os conteúdos verdadeiros em geral chegam a 1.000 pessoas, as principais mensagens falsas são lidas por até 100.000 pessoas. Esse aspecto faz com que a própria dinâmica de “viralização” seja mais potente, uma vez que a difusão é “pessoa a pessoa”, e não por meio de menos fontes com mais seguidores (como matérias verdadeiras de contas de grandes veículos na Internet).

Motivos

Os pesquisadores investigaram o perfil dos usuários para saber se estaria aí o motivo do problema. Mas, para sua própria surpresa, descobriram que os promotores desses conteúdos não são aqueles com maior número de seguidores ou mais ativos. Ao contrário, em geral são pessoas com menos seguidores, que seguem menos pessoas, com pouca frequência no uso e com menos tempo na rede social.

Uma explicação apresentada no estudo seria a novidade das mensagens. As publicações falsas mais compartilhadas eram mais recentes do que as verdadeiras. Outra motivação destacada pelos autores foi a reação emocional provocada pelas mensagens. Analisando uma amostra de tuítes, perceberam que elas geravam mais sentimentos de surpresa e desgosto, enquanto os conteúdos verdadeiros inspiravam tristeza e confiança.

Política no centro

A pesquisa também examinou a disseminação por assunto. As mensagens sobre política circulam mais e mais rapidamente que as de outras temáticas. Esses tipos de conteúdos obtiveram um alto alcance (mais de 20 mil pessoas) três vezes mais rápido que as publicações de outros assuntos. Também ganharam visibilidade os tuítes sobre as chamadas “lendas urbanas” e sobre ciência.

“Conteúdos falsos circularam significantemente mais rapidamente, mais longe e mais profundamente do que os verdadeiros em todas as categorias de informação. E esses efeitos foram mais presentes nas notícias falsas sobre política do que naquelas sobre terrorismo, desastres naturais, lendas urbanas e finanças”, constaram os autores.

Robôs

Os autores também examinaram a participação de robôs (bots, no jargão utilizado por especialistas) na disseminação dessas notícias. Diferentemente de teses apresentadas em outros estudos, os robôs avaliados compartilharam mensagens falsas e verdadeiras com a mesma intensidade. “Notícias falsas se espalham mais do que as corretas porque humanos, e não robôs, são mais suscetíveis a divulgá-las”, sugere o artigo.

Fonte: Agência Brasil e Jornal com Tecnologia do Correio do Povo

Athletic Bilbao, por Lúcio Machado Borges*

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Segundo informações da ESPN Brasil, durante a partida entre Olimpique de Marselha e Athletic Bilbao (na Espanha o clube é conhecido como Athletic Club) disputada no dia 8 de março, na equipe espanhola só jogam os jogadores nascidos no país basco. Confesso que eu não sabia disso.

*Editor do site RS Notícias

Cármen Lúcia deixa habeas corpus de Lula fora da pauta de abril

Divulgação do calendário de votações do mês seguinte tão cedo não é usual na Corte

Interlocutores de Cármen Lúcia têm dito que qualquer ministro pode levar um habeas corpus diretamente à mesa do plenário | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP

Interlocutores de Cármen Lúcia têm dito que qualquer ministro pode levar um habeas corpus diretamente à mesa do plenário | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, não incluiu na pauta das sessões da Corte para o mês de abril o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de recorrer em liberdade mesmo após a manutenção da sua condenação em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4). Cármen também não inclui outras ações que poderiam levar a revisão da regra que determina o início do cumprimento da pena após decisão colegiada.

A divulgação do calendário de votações do mês seguinte tão cedo não é usual na Corte. A antecipação foi recebida internamente no Supremo como um recado, diante da pressão para que o caso do ex-presidente seja pautado no plenário.

O pedido da defesa de Lula ao STF, liderada pelo ex-ministro do Supremo Sepúlveda Pertence, é para que a Corte autorize o ex-presidente da República a recorrer em liberdade até que as Cortes superiores analisem os recursos. Esse pedido vai no sentido contrário à atual jurisprudência do tribunal. O STF permitiu, em julgamento em 2016, que juízes determinem a execução da pena de prisão após a condenação em segunda instância.

No Supremo correm duas ações declaratórias de constitucionalidade (ADC) que poderiam levar a discussão sobre a prisão após a segunda instância. No entanto, nenhuma delas foi pautada. Elas foram apresentadas pela OAB e pelo Partido Ecológico Nacional (PEN), que pretendiam que o Supremo afirmasse a presunção da inocência e só autorizasse a prisão após o esgotamento de recursos em todas as instâncias.

O relator, Marco Aurélio Mello, pediu inclusão em pauta no fim do ano passado. Saída. Ainda há uma possibilidade de o tema ser discutido no plenário sem necessidade de aprovação de Cármen Lúcia, mas no momento os ministros não estão dispostos a lançar mão dela, conforme mostrou o Estado ontem. Seria colocar "em mesa" um habeas corpus de condenado em segunda instância. Esse termo jurídico significaria levar diretamente à discussão no meio de uma sessão do plenário sem aval prévio da presidente.

Interlocutores de Cármen Lúcia têm dito que qualquer ministro pode levar um habeas corpus diretamente à mesa do plenário. A reportagem apurou que o ministro Edson Fachin, relator do Habeas Corpus de Lula, não fará isso. Uma decisão como essa, de acordo com o regimento do tribunal, provocaria a rediscussão da jurisprudência estabelecida em 2016. Na época, a decisão sobre o tema foi apertada, por 6 a 5, e nem todos os ministros a têm seguido. Recurso. Entre os petistas, a decisão tomada pelo presidente da Corte foi vista como "previsível".

A pressão para que o Supremo firme um entendimento único sobre a possibilidade de prisão em segunda instância aumentou. O tribunal em Porto Alegre tem sessões de julgamento marcadas para os dias 14, 21 e 26 de março. Ainda não há previsão se os embargos de declarações entregues em fevereiro pelo advogado do petista entrarão na pauta. Após a análise, aumenta a possibilidade de Lula ser preso.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Yeda descarta apoio à reeleição de Sartori

"Candidatura de Leite é muito forte, e outros partidos querem vir com a gente", afirma deputada tucana

Yeda: Aliança com PP é desejada | Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados / CP

Yeda: Aliança com PP é desejada | Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados / CP

Única representante do PSDB gaúcho no Congresso, a deputada federal Yeda Crusius reforçou ontem o discurso de que o presidente estadual do partido, Eduardo Leite, será candidato ao governo do Estado, independentemente das coligações que forem fechadas. Yeda disse que o partido deseja muito firmar uma aliança com o PP, por acreditar que isso praticamente definiria o quadro eleitoral. Mas ressalvou que, caso o PP decida apresentar candidatura própria no primeiro turno, Leite buscará outros aliados e disputará o Piratini na cabeça de chapa. “A candidatura do Eduardo é muito forte, e outros partidos querem vir com a gente. Estamos muito próximos também do PTB.”

Na quinta-feira, após se tornarem públicos vários movimentos do PMDB no sentido de tirá-lo da disputa, Leite declarou que tem apoio total do governador de São Paulo e presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, e que sua candidatura é prioridade do diretório nacional. A primazia dada à candidatura própria tucana no RS é reforçada pelos indicativos de que, entre os maiores colégios eleitorais, será aqui e em São Paulo que o partido terá candidatos competitivos ao governo. Há dúvidas em Minas Gerais, onde o senador Antonio Anastasia reluta em concorrer. Na Bahia, o partido está inclinado a apoiar o prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto. Está sem candidato no Rio de Janeiro. E tudo indica que não apresentará candidatura própria no Paraná, onde hoje tem o governo.

Parte das lideranças peemedebistas do RS espera trocar seu apoio à candidatura presidencial de Alckmin pelo dos tucanos à reeleição do governador José Ivo Sartori. Mas, segundo Yeda, isso está fora de questão. “Nós até compreendemos que o PMDB queira jogar essa e outras cartas na candidatura presidencial, mas no Rio Grande do Sul já estamos decididos. Isso foi resolvido ainda no ano passado.”

"Marchezan tem que governar com a Câmara"

As conversas de peemedebistas com o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), sobre uma provável vinculação entre a eleição estadual e o possível apoio do PMDB à atual administração são apontadas como outro movimento de articuladores do governador José Ivo Sartori para minar a candidatura tucana ao Piratini. De acordo com a deputada federal tucana Yeda Crusius, caso ocorra, a aproximação na Capital não terá qualquer influência na corrida estadual. “O PSDB estadual vai entrar em uma eleição. A prefeitura já teve a eleição. Agora tem que governar com a Câmara de Vereadores. O que o prefeito achar que é bom para ele, faz. Mas não negocia em nome do estadual. Isso não existe. O estadual tem um novo presidente, uma nova executiva e um novo diretório. São eles que decidem. E suas conversas são com o PSDB nacional.”


Correio do Povo

Piratini fará intensivo para aprovação da adesão ao Plano de Recuperação Fiscal

Texto final do projeto ainda precisa de aval antes de ser encaminhado à sanção

Governador José Ivo Sartori e integrantes do primeiro escalão do Executivo e da bancada gaúcha serão recebidos pelo presidente Michel Temer na terça | Foto: Leandro Osório / Especial Palácio Piratini / CP

Governador José Ivo Sartori e integrantes do primeiro escalão do Executivo e da bancada gaúcha serão recebidos pelo presidente Michel Temer na terça | Foto: Leandro Osório / Especial Palácio Piratini / CP

O governo gaúcho fará um intensivo nesta semana visando ao avanço da adesão ao Plano de Recuperação Fiscal. O texto final do projeto, aprovado pelo plenário da Assembleia em fevereiro, ainda precisa de aval antes de ser encaminhado à sanção.

A expectativa do líder do governo, Gabriel Souza, é o de viabilizar a votação na próxima terça-feira. Antes, no entanto, ainda precisam ser vencidos mais dois projetos relativos a alterações no Instituto de Previdência do Estado que trancam a pauta. Paralelamente às articulações na Assembleia, as negociações estão focadas em Brasília.

Também na terça-feira, o governador José Ivo Sartori e integrantes do primeiro escalão do Executivo e da bancada gaúcha serão recebidos pelo presidente Michel Temer. A adesão do Estado ao Plano é a pauta exclusiva do encontro, marcado para ter início às 15h. Parte da comitiva gaúcha não retornará ao Rio Grande do Sul, permanecendo na Capital Federal para dar continuidade às reuniões técnicas que têm ocorrido quase que semanalmente. São os casos do secretário da Fazenda, Giovani Feltes, e do procurador-geral do Estado, Euzébio Ruschel.

Já está marcada, para quarta-feira, audiência na Secretaria do Tesouro Nacional (STN). As reuniões técnicas com a STN para ajustar a nova proposta de adesão que será apresentada pelo Rio Grande do Sul estão ocorrendo de duas a três vezes por semana, inclusive com a participação da secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi. O documento está praticamente concluído.


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