Boko Haram conquista mais uma cidade na Nigéria
Combatentes islamitas se disfarçaram de comerciantes para entrar na cidade
Boko Haram conquista mais uma cidade no nordeste da Nigéria | Foto: Boko Haram / AFP / CP
O grupo islamita Boko Haram conquistou nessa segunda-feira o controle de Damasak, uma cidade do nordeste da Nigéria, na fronteira com Níger, o que provocou a fuga de centenas de habitantes, informaram nesta terça-feira fontes políticas e judiciais. O ataque provocou várias mortes, de acordo com fontes municipais, que não revelaram detalhes.
Os soldados nigerianos fugiram com parte da população e se refugiaram em Níger, afirmou o senador Maina Ma'aji, representante do estado de Borno, epicentro da insurreição do Boko Haram. Os combatentes islamitas se disfarçaram de comerciantes para entrar na cidade, que fica a uma centena de quilômetros da margem oeste do Lago Chade, segundo o senador. "Não resta um só homem em Damasak. O Boko Haram controla a cidade porque todos os homens e os soldados fugiram", disse o senador por telefone.
Desde o início do ano, a milícia islamita assumiu o controle de 20 cidades nos estados de Borno, Adamawa e Yobe, onde afirma ter instaurado um "califado islâmico". Na segunda-feira, o sultão de Sokoto, líder dos muçulmanos da Nigéria, acusou o exército de fugir covardemente ante os ataques do Boko Haram na região nordeste do país.
Mais de 13 mil pessoas morreram desde o início da insurreição do Boko Haram em 2009, que deixou 1,5 milhão de deslocados.
AFP e Correio do Povo
Universidade gaúcha terá centro de pesquisa em petróleo e gás
Instituto da PUCRS entrará em operação nesta quarta
Equipe tem geólogos, geógrafos, biólogos, engenheiros, químicos e físicos | Foto: Bruno Todeschini / Divulgação / CP
Um centro de análises e pesquisas, estratégico para o desenvolvimento da cadeia industrial do petróleo e gás, localizado em Porto Alegre, entra em operação a partir desta quarta-feira. É o Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR), que também abre horizontes para a comunidade científica do Rio Grande do Sul. O IPR é uma parceria entre a PUCRS e a Petrobras. Tem 5 mil metros quadrados de área, sete andares, quatro conjuntos de laboratórios cada um terá até seis salas e sofisticados equipamentos) e um time de 50 especialistas com graduação, mestrado e doutorado, entre alunos, geólogos, geógrafos, biólogos, engenheiros, químicos e físicos. A estrutura está localizada na área do Tecnopuc e já recebeu R$ 60 milhões em investimentos da estatal, entre prédio, instalações e equipamentos. Nos próximos três anos a Petrobras ampliará em mais R$ 20 milhões os recursos destinados ao IPR, adianta o coordenador do Instituto, o professor e geólogo João Marcelo Ketzer.
Tudo começou em 2007 quando a universidade e a Petrobras criaram o Centro de Excelência em Pesquisa e Inovação em Petróleo, Recursos Minerais e Armazenamento de Carbono (Cepac). A convivência ampliou o relacionamento bilateral e, assim, a comunidade acadêmica e a reitoria da PUCRS viram possibilidades de serem protagonistas no atendimento às demandas da indústria do petróleo.
O corpo científico do Instituto pode receber até 120 profissionais. Em dois anos é previsto aumento dos atuais 50 especialistas para um total de 80. Um dos focos de atuação do IPR será a exploração do petróleo da camada do pré-sal. Em 2015 devem se iniciar os trabalhos de prospecção, provavelmente na área da Bacia de Pelotas, costa marítima entre Florianópolis (SC) até o Uruguai. Esses reservatórios de petróleo ficam situados a uma profundidade de até 7 mil metros e exigirão muita pesquisa, simulação e análises do IPR.
As demais áreas do Instituto atuarão sobre o hidrato de metano, o gás de folhelho e o sequestro de carbono geológico (injeção do CO2 emitido por termelétricas e refinarias em campos submersos de petróleo). Os quatro grandes laboratórios do IPR, estruturados com equipamentos de última geração são os Análises Geoquímicas (LAG), Geobiologia (Lageb), Modelagem Geoquímica (Lamog) e o de Sedimentologia e Petrologia (Lasepe).