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Brizoletas, com crédito entre os gaúchos

Embora seja mais conhecido como ícone da política, estadista e paladino da educação, Leonel de Moura Brizola também escreveu um capítulo ímpar na história econômica brasileira.
Enquanto inquilino do Palácio Piratini, entre 1959 e 1963, o ex-governador gaúcho criou um título com valor de moeda batizado de brizoleta, usado para pagamento de funcionários, obras públicas e outros gastos.
O lançamento de letras do Tesouro em 1961 foi um recurso para contornar a escassez de dinheiro no Rio Grande do Sul, com o enxugamento da liquidez dos bancos federais durante a campanha da Legalidade e após a posse de Jango. Até onde se sabe, foi a única iniciativa do gênero como endosso federal.
Com formato de uma cédula, as brizoletas tinham vencimento de curto prazo e eram aceitas para pagamento de impostos, taxas e dívidas fiscais com o Estado.
Exibindo diferentes valores de face (1 mil ou 500 cruzeiros), as letras eram amplamente aceitas no comércio e negociadas com deságio, conforme a data de vencimento.
Também foram usadas para o pagamento de obras públicas, como as pencas de escolinhas que Brizola fez procriar pelo Pampa na época. E que também acabaram chamadas de brizoletas.


Fonte: Coluna Informe Econômico, com Lurdete Ertel no jornal Zero Hora, página 30 de 25 de junho de 2004.