As Forças Armadas da Venezuela receberam neste sábado (6) 5.600 novos soldados, em resposta às movimentações militares dos Estados Unidos, que em agosto enviaram uma frota ao Caribe, incluindo o maior porta-aviões do mundo.
O presidente Nicolás Maduro convocou reforço no alistamento e pediu união contra o que chama de “imperialismo”. Durante a cerimônia, realizada no Forte Tiuna, em Caracas, oficiais destacaram que os novos integrantes são “combatentes revolucionários, socialistas e profundamente chavistas”, treinados sob o método de resistência revolucionária.
🔹 Declarações oficiais
Maduro afirmou que as Forças Armadas são a “espinha dorsal da estabilidade, da paz, da segurança e do futuro” da Venezuela.
“A Venezuela tem uma Força Armada, junto com o povo, unida, preparada, treinada, moralizada; sob nenhuma circunstância permitiremos a invasão de um império”, disse o coronel Gabriel Alejandro Rendón Vílchez.
Segundo o general Javier José Marcano Tábata, o envio de tropas americanas ao Caribe aumentou os pedidos de alistamento.
“Nestes momentos em que o imperialismo ameaça nossa pátria, os jovens acorrem aos milhares para integrar a Força Armada Nacional Bolivariana”, afirmou.
🔹 Acusações e resposta
Washington acusa Maduro de liderar o suposto Cartel de los Soles e afirma que suas forças já eliminaram 87 suspeitos de narcotráfico no Caribe e no Pacífico oriental desde setembro. Maduro nega as acusações e sustenta que o objetivo dos EUA é derrubá-lo para se apropriar das reservas de petróleo venezuelanas.
O presidente também convocou militares e policiais a manterem um “plano de ofensiva permanente” contra o que chama de agressão imperialista.
🔹 Estrutura militar
De acordo com dados oficiais, as Forças Armadas da Venezuela contam com cerca de 200 mil soldados ativos e 200 mil policiais, além de aproximadamente oito milhões de reservistas da Milícia Nacional Bolivariana.
Fonte: Correio do Povo

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