Dias Toffoli e Augusto Arruda Botelho viajam juntos em jatinho para final da Libertadores no Peru

 


O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o advogado Augusto Arruda Botelho, ex-secretário nacional de Justiça, estiveram no mesmo voo privado rumo a Lima, no Peru, para assistir à final da Libertadores entre Palmeiras e Flamengo. Ambos palmeirenses, viajaram no jatinho do empresário Luiz Oswaldo Pastore, amigo em comum.

Na aeronave estavam cerca de 15 passageiros, incluindo o ex-deputado Aldo Rebello. A viagem foi revelada por um dos presentes, sob anonimato.

🔹 Contexto judicial

Toffoli é o relator da investigação sobre suspeitas de fraudes financeiras envolvendo o Banco Master. Já Botelho atua como advogado de Luiz Antonio Bull, diretor de compliance do banco, que foi preso na Operação Compliance Zero e atualmente responde em liberdade provisória com tornozeleira eletrônica.

Na época da viagem, o processo ainda não havia sido distribuído ao gabinete de Toffoli — a escolha do relator ocorreu posteriormente, por sorteio entre os ministros do STF.

🔹 Processo em sigilo

O ministro determinou sigilo no caso após receber os autos da Justiça Federal, a pedido da defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. A medida foi tomada depois que a Polícia Federal encontrou, em um dos endereços do banqueiro, um envelope com o nome do deputado João Carlos Bacelar (PL-BA).

O STF é responsável por julgar parlamentares, e a defesa de Vorcaro buscava retirar o processo da primeira instância, onde havia sido decretada sua prisão preventiva. Bacelar alegou que participou da constituição de um fundo imobiliário em Trancoso (BA), mas que o negócio com Vorcaro não avançou.

🔹 Decisão e encaminhamentos

Investigadores da Polícia Federal afirmaram não haver indícios de irregularidades no empreendimento imobiliário, mas, ainda assim, Toffoli decidiu conduzir o processo no STF.

Com isso, a 10ª Vara Federal de Brasília suspendeu o andamento do inquérito e enviou todos os autos ao Supremo, incluindo quebras de sigilo e bloqueios de bens, para que o ministro avalie se devem tramitar na Corte.

📌 Procurados pela reportagem, Toffoli, Botelho e Aldo Rebello não comentaram a viagem.

Fonte: Correio do Povo

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