Os profissionais decidiram manter a paralisação durante a Assembleia Geral Extraordinária e convocam profissionais para o licenciamento ou descredenciamento
Uma das maiores mobilizações em defesa dos médicos credenciados ao Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS (IPE-Saúde) está ocorrendo e continua por tempo indeterminado. Os profissionais decidiram manter a paralisação durante a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada nesta terça-feira, no Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), no formato híbrido.
O presidente do Simers, Marcos Rovinski, ressaltou que os médicos decidiram manter o movimento devido à falta de medidas concretas para garantir a recomposição dos honorários médicos e hospitalares, que estão defasados há 12 anos.
Em relação ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 259/2023, enviado pelo governo à Assembleia Legislativa na semana passada, que tem como objetivo a reestruturação do IPE-Saúde, Rovinski destacou que não há informações claras sobre como será o reajuste.
Por esse motivo, as entidades médicas - Simers, Conselho Regional de Medicina (Cremers) e Associação Médica do RS (Amrigs) - convocam os profissionais a optarem pelo licenciamento temporário ou pelo descredenciamento.
O presidente também enfatizou que, apesar da necessidade dessas discussões, a convergência de interesses está desempenhando um papel fundamental para a categoria, resultando em uma grande união da classe médica e na construção de outras pautas. "As entidades têm atuado de forma unida e homogênea para garantir que o texto do PLC receba emendas favoráveis ao reajuste. Entre essas emendas estão a implementação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), a participação no Conselho de Administração da autarquia, a criação de câmaras técnicas para auxiliar na eficiência dos procedimentos e a elaboração de um novo modelo remuneratório que atenda à realidade dos profissionais e usuários.
Correio do Povo
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