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domingo, 14 de maio de 2023

Forte revés para a Rússia

 Seja como for, o fato é que o tiro dado com a ação na Ucrânia está saindo pela culatra.

Jurandir Soares

A Rússia, alegadamente, invadiu a Ucrânia porque o país estaria para entrar na Otan, o que significaria a instalação de bases militares da Aliança Atlântica junto à sua fronteira. Pois bem, com a deflagração da guerra dois vizinhos da Rússia, Suécia e Finlândia, aderiram à Otan. A Finlândia tem 1.350 milhas de fronteira com a Rússia e, nesta semana, recebeu a visita de militares norte-americanos para tratar da instalação de uma base dos Estados Unidos, o que significa Otan em território finlandês. De acordo com o jornal Helsingin Sanomat, citando o subchefe do Departamento Político do Ministério das Relações Exteriores, Mikael Antell, o acordo fortalecerá os recursos de dissuasão e defesa da Finlândia através da presença dos EUA e de suas armas. “O mais importante é que o acordo permite uma cooperação fluida com os EUA em todas as situações de segurança”, afirmou o representante do governo finlandês. O acordo não envolve a instalação de armas químicas.

Seja como for, o fato é que o tiro dado com a ação na Ucrânia está saindo pela culatra. A Otan está se fortalecendo muito mais no seu entorno e, ao mesmo tempo, traçando novas estratégias de atuação. Reunida em Bruxelas, nesta semana, uma organização começou a discutir um plano de 4.000 páginas apresentadas pelo secretário Jens Stoltenberg. Os líderes dos 31 países membros buscam unificar os planos nacionais de defesa com os planos regionais. É simbólico que esses temas serão finalizados na reunião da organização, marcada para julho em Vilnus, capital da Lituânia, país que tão logo ruiu a União Soviética tratou imediatamente, com seus vizinhos bálticos, Estônia e Letônia, de adesão à Aliança Atlântica. Buscaram de imediato se proteger para não voltarem ao jugo de Moscou, ao qual permaneceram submissos ao longo de décadas.

Além de ver essa mobilidade do Ocidente, a Rússia enfrenta os problemas decorrentes da ingestão de álcool, que impedem a chegada de muitos produtos ao país, inclusive os componentes eletrônicos, indispensáveis ​​para a indústria automobilística. Soma-se o gasto que está tendo com a operação militar, com perdas de soldados e de equipamentos militares. E no campo de batalha seu avanço é pífio. Estaria havendo até um retrocesso em Bakhmut, cidade que é palco de confrontos há mais de um mês. E este retrocesso estaria diretamente ligado à falta de apoio ao grupo de mercenários Wagner. De acordo com o noticiado pela EuroNews, o líder do grupo Wagner voltou a atacar os comandantes militares russos, acusando-os de não terem fornecido as munições necessárias para lutar por Bakhmut. Yevgeny Prigozhin afirmou que soldados do exército russo fugiram de posições cruciais na região e que Vladimir Putin “está sendo enganado”. Prigozhin já tinha responsabilizado o ministro da Defesa russo e o chefe do Estado Maior da Rússia pela falta das munições para garantir o sucesso no campo de batalha. Apesar de ter dado o prazo do dia 10 de maio para a retirada, o líder do grupo Wagner disse que suas tropas vão permanecer em Bakhmut nos próximos dias. É preciso ressaltar que o grupo Wagner é o que tem obtido os melhores resultados para a Rússia. o líder do grupo Wagner disse que suas tropas vão permanecer em Bakhmut nos próximos dias. É preciso ressaltar que o grupo Wagner é o que tem obtido os melhores resultados para a Rússia. o líder do grupo Wagner disse que suas tropas vão permanecer em Bakhmut nos próximos dias. É preciso ressaltar que o grupo Wagner é o que tem obtido os melhores resultados para a Rússia.

Enquanto isso, torna-se mais tensa a situação com a Polônia, que é o país por onde chegam as armas que são enviadas para a Ucrânia. Segundo o jornal El País, a tensão e a desconfiança tradicional entre a Polônia e a Rússia, intensificada pela guerra, se encontra em um ponto crítico, com a inclusão de vários incidentes. Tanto que Varsóvia convocou, na quarta-feira, o embaixador russo, para reclamar-se. De sua parte, a Rússia considera um ato de agressão o fato de a Polônia ter renomeado o enclave que a Rússia tem junto à sua fronteira. Passando de Kaliningrado para Królewiec, nome que tinha nos séculos XV e XVI quando estava sob domínio polonês.

E um detalhe para finalizar: na reunião de Vilnus, em julho, a Otan irá analisar o pedido de ingresso na organização feito pela Ucrânia. É muito difícil que venha a ser aceito, pelo menos neste momento, simplesmente, porque o artigo 5º do estatuto da organização estabelece que uma agressão a um país membro representa uma agressão a todos. O que significaria todos entrarem na guerra contra a Rússia, o que teria razões inimagináveis. Agora, o que é certo é o aumento de bases em países vizinhos da Rússia, como está relacionado com a Finlândia.


Correio do Povo

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