Técnicos apontam melhora dos pontos de análise de monitoramento
Quase uma semana após as primeiras reclamações sobre cheiro e gosto ruim da água na em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) dobrou a dosagem de dióxido de cloro, agente pré-oxidante, para melhorar a qualidade da água que sai das torneiras. Além de reforçar a aplicação do produto, o diretor-geral do Dmae, Maurício Loss, explica que as codições climáticas também contribuíram no processo e ajudaram a estabilizar as águas do Guaíba.
Mesmo com as medidas adotadas pela prefeitura, moradores de bairros como Sarandi, Menino Deus e Centro Histórico relatam que a água permanece com gosto e cheiro. “Tivemos apenas uma reclamação na quinta-feira. As pessoas podem fazer reclamação pelo número 156 e relatar o problema, mas os técnicos apontam melhora dos pontos de análise de monitoramento e diminuição do gosto e cheiro ruim”, observa. Conforme Loss, a população também pode acionar o Dmae pelo aplicativo 156+POA.
A expectativa é que o fornecimento de água se normalize até o fim de semana. “É um processo normal, a gente vem monitorando outras ações. Caso o problema persista, a gente pode utilizar outras medidas para amenizar isso, como carvão ativado, o que aumenta o custo. Mas essa medida está no nosso radar”, afirma. De acordo com Loss, municípios da Região Metropolitana abastecidos pela ompanhia Riograndense de Saneamento (Corsan) também relataram mudança no cheiro e gosto da água.
“Depois de um longo período de estiagem de dezembro até abril, houve redução nos níveis do rio Gravataí, Sinos e Jacuí, com maior acúmulo de material orgânico, de microorganismos. E as chuvas acabaram carregando bastante essa material”, explica.
Ouça "Entenda os fatores que interferem no cheiro e gosto da água de Porto Alegre" no Spreaker.Correio do Povo
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