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sábado, 6 de maio de 2023

Caso de briga entre torcedores do Inter e Nacional gera desentendimento entre delegada e PM

 Vídeo nas redes sociais mostra discussão na última quarta-feira

Uma discussão sobre quem estava atendendo a ocorrência de briga entre torcedores do Inter e do Nacional (URU), na última quarta-feira, deixou a Polícia Civil e a Brigada Militar em lados opostos. O desentendimento ocorreu entre a delegada de Polícia Patrícia Sanchotene, titular da Delegacia do Turista no Aeroporto Salgado Filho, e um sargento, de sobrenome Pilar, do 1º BPM.

Patrícia, que vestia uma camiseta do Inter, afirma que o brigadiano teria lhe desautorizado. “A ocorrência que já estava com a Civil, o senhor me desautorizou”, afirma Patrícia ao sargento Pilar, do 1º BPM. “Eu desautorizei?”, questiona o policial militar. “Se eu falasse metade do que a senhora disse para os detidos, seria tortura”, afirma o sargento. “Não é tortura, são bandidos, não são colorados”, responde Patrícia, repetindo outra vez que “são bandidos, não colorados”. O sargento responde: “É opinião sua. Não é nossa.”

A delegada afirma que o PM já havia apresentado a ocorrência. Pilar nega. Patrícia diz que o policial militar “não sabe nada de polícia judiciária” e recebe como resposta que ela “não sabe na da de polícia”. Patrícia diz que irá falar com o superior dele. Pouco depois,  fala com o coronel Douglas da Rosa Soares, subcomandante-gral da BM: “Oi, coronel Douglas, a ocorrência vai ficar comigo, tá? A gente tem que identificar as vítimas. Já estou mandando para o consulado (do Uruguai)”, diz Patrícia. Em seguida, a delegada faz queixa para o coronel: “É o sargento Pilar que está me desrespeitando sem parar”. O PM responde que está tudo filmado. A delegada diz que não tem problema. “Repito mais uma vez, eles não são colorados, são bandidos. Retirei as camisetas do Inter que eles usavam e não vou restituir”. Neste momento, é interrompida pelo PM: “Deixou eles sem roupa enquanto estavam sob nossa custódia”. Patrícia diz que Pilar continua “lhe ofendendo”. Pouco depois a discussão termina. 
 

Polícia Civil apura internamente o caso

A Polícia Civil disse que uma apuração interna foi aberta para elucidar o caso, assim que soube do fato envolvendo a delegada. A apuração está sendo realizada conforme o processo legal pelo Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) e pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol).

O Correio do Povo tentou contato com a delegada, mas não teve retorno da ligação. A Brigada Militar não irá se manifestar oficialmente, mas esclarece que "de acordo com o que foi apurado preliminarmente a atuação dos policiais militares foi realizada dentro da técnica policial desde o momento da prisão até a apresentação dos autores".

Correio do Povo

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