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terça-feira, 8 de novembro de 2022

Produtores aguardam o fim dos dias frios para continuar semeadura da soja

 Semeadura é tardia em relação ao ano passado, mas mantém-se dentro do cronograma



A intensificação da semeadura da soja no Rio Grande do Sul deve ocorrer apenas após a sequência de dias frios que vem ocorrendo desde o início de novembro, segundo o boletim conjuntural da Emater-RS/Ascar publicado na última quinta-feira.

De acordo com o coordenador da Área de Culturas e de Defesa Sanitária Vegetal da Emater-RS/Ascar, Elder Dal Prá, plantio deste ano começou de forma tardia em relação à última safra não só devido a uma preocupação com o clima frio e possíveis geadas tardias, mas também devido à concentração dos agricultores na colheita do trigo, atrasada em relação ao ano passado, e ao calendário de semeadura do Ministério da Agricultura (Mapa), com determinação de início tardio no Rio Grande do Sul este ano, em 11 de outubro.

A semeadura tardia ocorre em todo o Brasil. Em 55,9% da área projetada até 4 de novembro, segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado, a percentagem é quase 10% menor em relação à mesma época do ano passado, com 64,6%, mas está acima da média dos últimos 5 anos, de 54,1%. Segundo Dal Prá, o Rio Grande do Sul está com 10% de sua área semeada, mas isso é esperado, uma vez que no Estado se planta mais tarde, devido ao clima.

Também segundo o vice-presidente da Aprosoja, Décio Teixeira, a semeadura da soja está em andamento normal - apenas mais atrasada este ano em função da colheita do trigo - e as terras que estavam disponíveis já foram plantadas. Teixeira descarta a possibilidade de o atraso estar relacionado a protestos pelo resultado das eleições, como foi especulado por alguns agentes do setor. 

Dal Prá também não considera essa possibilidade. “Talvez isso ocorra pontualmente, mas não de forma generalizada”, acredita. Ao mesmo tempo, ele diz que isso não deve afetar a produção. “Estamos dentro do período indicado, pequenos atrasos não implicam em grandes problemas, estamos dentro do zoneamento, então dentro do plantio”, afirma.

Correio do Povo

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