Após retirada da Rússia na última semana, moradores estão voltando para cidade da Ucrânia.
Ele também alertou os moradores da cidade sobre a presença de artefatos explosivos deixados pelas forças russas, os previnindo a "se moverem com cautela". De acordo com Klymenko, um policial foi ferido durante uma operação de desarmamento de minas em um prédio em Kherson.
Uma mulher e duas crianças também ficaram feridas em uma explosão perto de seu carro no vilarejo de Mylove, região de Kherson, de acordo com a polícia, que ainda relatou bombardeios russos no distrito de Berislav.
“No caminho certo”
"Somente juntos podemos prevalecer e expulsar a Rússia da Ucrânia. Estamos no caminho certo", declarou o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kouleba, no sábado, durante uma reunião com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, à margem de uma cúpula do sudeste asiático, em Phnom Penh, no Camboja.
A retirada russa de Kherson marca "um novo fracasso estratégico" por parte de Moscou, disse o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, em comunicado no sábado. Jake Sullivan, conselheiro de Segurança nacional do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou a tomada da cidade pelo exército de Kiev de "vitória extraordinária", "notável".
Esta retirada russa é a terceira em escala desde o início da invasão, em 24 de fevereiro. Recentemente, a Rússia teve que desistir da tomada de Kiev diante da feroz resistência dos ucranianos, antes de ser expulsa de quase todas as regiões de Kharkiv (nordeste) em setembro.
Na sexta-feira, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que havia concluído a "reinstalação" de suas unidades da margem direita (oeste) do rio Dnieper, onde Kherson está localizada, para a margem esquerda, garantindo que não sofreu nenhuma perda ou abandono de equipamento militar.
“Alvo número um”
De acordo com Moscou, "mais de 30 mil" soldados russos e "quase 5 mil unidades de armamentos e veículos militares foram removidos" da margem ocidental do Dnieper. Na noite de sábado, foi na margem leste do rio, no distrito de Kakhovka, que uma ordem de retirada foi emitida pelas autoridades locais pró-Rússia para seus funcionários, para que se deslocassem para a região russa de Krasnodar, perto da Crimeia.
"Hoje, o governo é o alvo número um dos ataques terroristas das Forças Armadas da Ucrânia. Por isso, por ordem do governo da região de Kherson, como órgão de poder, estamos nos retirando para um território mais seguro, de onde poderemos continuar a governar a região", escreveu no Telegram esta administração pró-Rússia, que também pede aos "residentes" que se retirem.
O Estado-maior do exército ucraniano avançou por sua vez na noite de sábado, quando as forças russas estavam no processo de "reforçar o equipamento de fortificação das linhas defensivas na margem esquerda do Dnieper".
A retirada carrega um tom de humilhação, depois que o presidente russo, Vladimir Putin, reivindicou no final de setembro a anexação de quatro regiões ucranianas, incluindo a de Kherson.
Ameaça nuclear
No sábado, ele conversou com seu colega iraniano, Ebrahim Raisi, em um momento em que Teerã parece ser um grande aliado de Moscou em sua intervenção na Ucrânia. Os dois líderes colocaram "ênfase na intensificação da cooperação nas esferas política, econômica e comercial", informou o Kremlin.
O ex-presidente russo Dmitry Medvedev, por sua vez, lançou uma ameaça de uso de armas nucleares. "Por motivos óbvios a todas as pessoas razoáveis, a Rússia ainda não fez uso de todo seu arsenal de possíveis meios de destruição", escreveu ele no Telegram, acrescentando: "Há um tempo para tudo".
RFI e G1
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